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Câmara Municipal lamenta morte do Cidadão Caxiense Padre Roque Grazziotin

O religioso faleceu neste domingo, aos 73 anos


A Câmara Municipal de Caxias do Sul, com pesar, lamenta a morte do Cidadão Caxiense Padre Roque Maria Grazziotin. Ele faleceu neste domingo (22/09), aos 73 anos, após lutar contra as consequências de um Acidente Vascular Cerebral, sofrido em 2016. Presidente do Legislativo caxiense, vereador Flavio Cassina/PTB destaca a contribuição social de padre Roque à comunidade caxiense e no Estado como religioso, professor universitário, presidente da Fundação Universidade Caxias do Sul (Fucs), deputado estadual, entre outras importantes funções que exerceu.

“É um líder que fará muita falta entre nós. Como reconhecimento de seu trabalho, recebeu da Câmara o título de Cidadão Caxiense. A atuação comunitária e política, voltada à transformação social, e seu apoio espiritual ajudaram muita gente e, por isso, ficará como um forte legado para Caxias do Sul e região”, afirma Cassina.

Roque Grazziotin nasceu em Antônio Prado, em 7 de maio de 1946, e estudou no seminário de Nossa Senhora Aparecida, de Caxias do Sul. Iniciou o Curso de Filosofia em 1964, no Seminário Maior de Viamão, e formou-se como Licenciado em Filosofia, em 1969, pela Faculdade Católica, de Filosofia, Ciências e Letras de Bagé.

Desde fevereiro de 1973, quando foi ordenado padre, atuava em diversas comunidades de Caxias do Sul. Em 1979 e 1980, ajudou a organizar o Setor Norte de Pastoral da cidade de Caxias do Sul, compreendido pelos bairros Fátima, Pioneiro e Santa Fé.

Nas eleições de 1998, foi eleito deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, com 29.113 votos. Ao longo de seu mandato, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, de 1999 a 2003, sempre atuou na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, da qual foi presidente de 2000 a 2003.

Em 2011, o religioso foi agraciado com o título de Cidadão Caxiense, a partir de uma proposta da vereadora Denise Pessôa/PT. Na ocasião, afirmou que sempre se indignou com as injustiças sociais. Em 2014, recebeu a medalha Mérito Farroupilha, da Assembleia Gaúcha. Desta vez, recordou o tempo em que foi designado para percorrer os países que viviam regimes militares na América Latina, entre eles, Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai.

Nesta missão, o padre tinha a tarefa de ajudar a localizar desaparecidos, presos políticos, dar ânimo e esperança aos desiludidos e ajudar no processo de organização dos trabalhadores. Na ditadura vivida no Brasil, enfrentou censura, perseguição e prisão, mas nada disso o fez desistir. Roque afirmou ainda que nessa época percebeu que eram necessárias novas práticas e metodologias. Surgiam aí as comunidades de base, as associações de moradores, os encontros de formação e conscientização.

O velório ocorre no Memorial São José a partir das 7h30 desta segunda-feira. Às 15h, o féretro seguirá até a igreja Santa Catarina. Às 15h30 haverá missa de corpo presente. Após, cerimônia de despedida no crematório, em Caxias do Sul.

23/09/2019 - 10:12
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Maiara Zanatta Gallon

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