O vereador Rafael Bueno/PDT participou da audiência pública na noite de quinta-feira (18/10) na Câmara Municipal que tratou da situação das escolas de educação infantil do município. Atualmente, três entidades administram 45 escolinhas por contrato de gestão compartilhada. A audiência ocorreu por que o Sindicato dos Empregados em Entidades, Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional de Caxias do Sul (Senalba) tem denunciado diversas irregularidades, algumas constatadas pelo próprio vereador, que integra a Comissão de Educação do Legislativo.

Bueno destacou em sua fala que em todas as visitas realizadas às escolinhas neste ano constatou uma série de problemas, como redes de esgotos a céu aberto, parquinhos abandonados ou em más condições de uso, azulejos despencando, superlotação em salas de aula e reclamações de professores sobre condições de trabalho.

"O trabalho das educadoras e demais funcionárias está sendo precarizados a cada dia, elas estão sendo assediadas moralmente. Um absurdo o que estão fazendo... Tiraram o prêmio assiduidade, de R$ 200, mesmo que a funcionária precise ir ao médico ou atender um filho doente. Mesmo que se atrase por alguns minutos apenas. Que incentivo estão dando às profissionais em uma área como a educação infantil? Quem prometeu um mundo colorido, inclusive com escolas verticais no município foi o prefeito Daniel Guerra", ponderou.

Bueno também questionou a indiferença da Secretaria Municipal da Educação (Smed), já que a titular da pasta, Marina Matiello, não estava presente na audiência e mandou uma representante, que se limitou a ler uma carta.

"Esse é o tipo de debate que se propõe a Smed, com algo pronto, sem conseguir argumentar nem responder a questionamentos, enquanto dezenas de pessoas estão aqui preocupadas com essa situação", criticou.

Ao final da audiência, o vereador pediu a elaboração de uma carta-compromisso pelas entidades presentes, garantindo que a categoria não terá redução salarial, já que essa situação específica vem sendo uma prática como, segundo denunciaram professoras ao Senalba.