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Banco de Alimentos presta contas e convida a comunidade a participar das políticas públicas

A gerente da unidade, Cristina Fabian Gregoletto, detalhou algumas iniciativas em funcionamento


Os programas do Banco de Alimentos de Caxias do Sul chegaram à tribuna do Legislativo caxiense, na plenária desta quarta-feira (25/04), por meio da gerente da unidade, a servidora pública Cristina Fabian Gregoletto. Também nutricionista de formação, ela fez um histórico da política de segurança alimentar desenvolvida no município e no Brasil, salientando que o propósito é atender instituições e pessoas que precisam de alimentos e os recebem de forma equilibrada do ponto de vista nutricional.

Cristina ressaltou que Caxias do Sul, em 2003, foi pioneira nas políticas municipais voltadas a essa área. Destacou que, em 2004, foi implantada a horta comunitária na cidade e, em 2005, inaugurado o Banco de Alimentos, instituído por lei e que funciona nas dependências da Ceasa Caxias, estando ligado à Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS). No país, em 2006, foi criado o Sistema Nacional da Segurança Alimentar, pelo governo federal, potencializando iniciativas nesse segmento.

Uma das ações nacionais que ajudam a garantir o objetivo do Banco de Alimentos, de acordo com Cristina, é um programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar. A gestora lamenta que, nos últimos anos, as verbas vindas dessa medida reduziram sensivelmente, tendo em vista que, somente em 2017, foram responsáveis por metade dos 725 mil quilos de comida que a unidade caxiense arrecadou e movimentou no município. Esse programa também contribui com os produtores rurais, sendo 563 atualmente cadastrados.

A outra metade vem de doações da comunidade e de programas de aproveitamento de excedentes que o Banco executa junto a diferentes instâncias, como a própria Ceasa, os agricultores e a feira do Ponto de Safra, que funciona às sextas-feiras, em três vias da área central. Essa coleta no Ponto de Safra é recente e já resultou em 1,3 mil quilos, que vão beneficiar muita gente.

A gerente lamenta que, nos últimos anos, no âmbito de todo o Brasil, foi reduzida a verba para a segurança alimentar. Cristina defende políticas permanentes que injetem recursos nessa área e não apenas que se voltem a ações paliativas. Um dos desafios locais, conforme a nutricionista, seria a criação de uma Câmara Intersetorial, formada por secretarias do município.

Ela também informa que um grupo técnico estudou e verificou que a área da segurança alimentar estaria mais alinhada à atribuição da Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa). Diante disso, em breve, deverá chegar à Câmara um projeto do Executivo sugerindo que o Banco de Alimentos esteja sob a responsabilidade da Smapa em vez de seguir na SMSPPS. Cristina pede o apoio dos vereadores para que o aprovem.

Entre outras medidas locais do Banco, Cristina cita o Recanto Solidário, a Horta Comunitária, o Restaurante Popular, as Ações Educativas e o Sábado Solidário, que dispõe da ajuda de 100 voluntários, além do amparo dos colaboradores da instituição.

“Convidamos a comunidade a participar das ações do Banco de Alimentos e a conhecer de perto como os programas funcionam. A gente conta com a solidariedade de cada um. O que executamos é graças também a uma equipe guerreira, que recebe por isso, mas que faz muito com o coração”, sublinhou a gerente, em tom de agradecimento.

Ao final da manifestação de Cristina, diversos parlamentares elogiaram o trabalho e quem atua no Banco de Alimentos. Utilizaram a palavra nesse sentido os vereadores Adiló Didomenico/PTB, Arlindo Bandeira/PP, Chico Guerra/PRB, Kiko Girardi/PSD, Neri, O Carteiro/SD, Paula Ioris/PSDB, Paulo Périco/PMDB, Renato Oliveira/PCdoB e Velocino Uez/PDT.

 

25/04/2018 - 10:41
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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