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Líderes debatem a prisão do ex-presidente Lula

O espaço destinado às lideranças teve quatro vereadores inscritos nesta quarta


A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva/PT, ocorrida no último sábado (07/04), norteou as manifestações dos líderes de bancada, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (11/04). No ano passado, Lula foi condenado por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo um tríplex no Guarujá (SP). O imóvel teria sido propina da construtora OAS em troca de favores na Petrobras. 

Confira, abaixo, o resumo dos discursos dos parlamentares no espaço destinado aos líderes:

Rodrigo Beltrão/PT:
repercutiu as colocações do vereador Ricardo Daneluz/PDT, que defendeu a prisão de Lula e que todos os cidadãos que cometam crimes sejam devidamente punidos. Beltrão disse ter lido a sentença três vezes e não ter encontrado nada que justifique a condenação do ex-presidente. Relatou que o momento é de acirramento político e que não há neutralidade. Mencionou a prisão de Paulo Preto, apontado como operador de propinas do PSDB, que teria desviado R$ 113 milhões em obras no Estado de São Paulo. “Nós temos, no mérito da sentença, uma aberração jurídica, uma politização do Judiciário”, criticou. A vereadora Denise Pessôa/PT questionou, em aparte, a atuação do juiz Sérgio Moro. De acordo com ela, Moro não teria reunido as provas concretas e suficientes contrárias a Lula.

Rafael Bueno/PDT: afirmou que a lei é para todos e criticou o deputado Pepe Vargas/PT que, ontem, mudou seu nome parlamentar para Pepe de Lula Vargas. O pedetista disse que Pepe deveria ocupar a tribuna do Congresso para buscar recursos ao Hospital Geral, que corre o risco de fechar 50 leitos. Bueno também enumerou os diversos benefícios concedidos aos magistrados e que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve debater o fim das “regalias” aos juízes.  Em aparte, o vereador Ricardo Daneluz/PDT reiterou que todos os culpados merecem punição e que reconhece as boas ações das gestões petistas. Adiló Didomenico/PTB pontuou que Lula responde a outros processos na Justiça. O petebista lamentou que a biografia do ex-presidente tenha sido manchada por ele ter feito alianças com “políticos da pior espécie”. Beltrão citou que Lula apenas viu o imóvel no Guarujá e que não há materialidade de provas.

Renato Nunes/PR: afirmou que, se alguns políticos podem trocar de nome, ele pode ser chamado de Renato Guerra Bolsonaro Nunes, em referência ao prefeito Daniel Guerra/PRB e ao pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro/PSL-RJ. O republicano criticou o fanatismo político e declarou que os petistas teriam lido uma cartilha de defesa ao Lula, a quem chamou de estrela. Em resposta ao colega, Beltrão salientou que quem se acha mais do que os outros, com sensação de estar acima da lei, é o chefe do Executivo e não o ex-chefe de Estado.

Renato Oliveira/PCdoB: discordou da reverência a Bolsonaro feita por Nunes. Discorreu sobre o posicionamento do PCdoB quanto ao terceiro pedido de impeachment do chefe do Executivo caxiense, que entende que a cassação de Guerra não é o ideal. Pontuou que a detenção de Lula ocorreu sem provas. Em aparte ao comunista, a vereadora Paula Ioris/PSDB lastimou a polarização política e defendeu que os corruptos sejam devidamente punidos, independentemente do partido em que são filiados. Felipe Gremelmaier/PMDB ressaltou que a análise deve ir além da prisão de Lula e da idolatria de Bolsonaro. Ponderou que não consegue vislumbrar a renovação do Congresso Nacional para a aprovação de reformas necessárias para o país.

 

11/04/2018 - 16:11
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Matheus Teodoro

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