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Gestão do RS, telefonia no interior e revitalização do Centro são debatidas

Visita da Comissão de Saúde à UPA Zona Norte também entrou em pauta na sessão ordinária


A vereadora Ana Corso/PT abriu o espaço das declarações de líder desta quinta-feira (19/10) contestando a exposição feita em plenário pelo vereador Paulo Périco/PMDB sobre a situação econômica do RS.

Foi uma resposta às declarações atribuindo a culpa da grave crise que atravessa o Estado ao ex-governador Tarso Genro. A petista criticou o relatório oferecido em meio ao caos que domina o governo Sartori em diferentes setores.

A parlamentar referiu a receita adotada historicamente pelo PMDB, tanto em nível nacional quanto estadual, de privatizar, aumentar impostos e massacrar o funcionalismo, ao contrário das gestões petistas.

Para a vereadora, a atual situação teve origens no governo Antônio Britto e considera lamentável a estratégia de colocar nas costas do funcionalismo e suas representações a responsabilidade pelo que está acontecendo. A fala teve apartes de Rodrigo Beltrão/PT e Rafael Bueno/PDT.  

Pelo PSB, Édio Elói Frizzo fez um apelo à racionalidade das partes quando estiver em debate o Estado, pois a paixão ideológica inviabiliza a busca de soluções unificadas para o futuro da sociedade gaúcha.

Discorreu sobre erros e acertos dos governos anteriores e apontou como razões para o momento difícil que o RS: a ruindade da representação política do Estado em todas as esferas; o direito adquirido, que na prática é um privilégio como afirmava Tarso Genro; e a Lei Kandir.

Para justificar a avaliação que faz sobre a representação política enfraquecida do RS, Frizzo compara os resultados da política de atuação conjunta dos nordestinos em favor de seus estados, acima das questões partidárias, em contrapartida ao comportamento desarticulado dos gaúchos.

O socialista citou como exemplo a distribuição dos minguados recursos do governo federal para o Estado em 2018. Por isso entende que é inócuo qualquer debate sobre o futuro do Rio Grande do Sul sem um pacto racional.

O líder do PP, Arlindo Bandeira, manifestou sua inconformidade com o descaso das operadoras de telefonia e a Anatel para com a população do interior de Caxias do Sul. Prestou contas dos esforços que ele, como presidente da Comissão que trata do assunto desde 2009, junto com seus pares, vem fazendo para instalação de torres de telecomunicações na zona rural, onde nem os serviços de telefonia fixa nem móvel são oferecidos.

Bandeira criticou a falta de sensibilidade do governo federal para com essa realidade e valorizou a primeira e efetiva reunião de autoridades de Caxias com o Ministério Público para equacionar questões de segurança pública no interior.

O acesso à telefonia é fundamental para atividades como as desenvolvidas da Brigada Militar e pela população que procura as UBS por saúde e não consegue se comunicar. O aparte de Ricardo Daneluz/PDT foi de reconhecimento ao trabalho de Bandeira, prometendo manter a parceria na luta pela telefonia do interior.

Por entender que a proposta original foi desvirtuada nas falas feitas na Casa, o vereador Rafael Bueno informou ter voltado atrás no seu apoio à moção de repúdio à iniciativa de um banco que aproveitou a Lei Rouanet para promover a exposição “Queermuseu - Cartografias da Diversidade na Arte Brasileira”. Apresentada pelo vereador Edson da Rosa/PMDB e apoiada pela Comissão de Educação, a moção é contra as obras e performances da exposição.

Bueno entende que a censura não se justifica na medida em que manifestações artísticas com figuras trans e LGBT vêm desde o início da civilização. O parlamentar está preocupado com a impunidade que protege as pessoas homofóbicas. Recordou projeto que defendeu ainda em 2012 sobre políticas para evitar exclusão de estudantes por sua orientação sexual.

O líder do PCdoB, Renato Oliveira, defendeu a necessidade de mobilização política na garantia recursos financeiros junto à União. E deu como exemplo o trabalho que testemunhou do ex-prefeito Alceu Barbosa Velho e do secretário Carlos Burigo.

Graças à persistência e articulações com líderes em Brasília, como o deputado Assis Mello, os dois políticos conseguiram resgatar para Caxias R$ 40 milhões com os quais já não se contava. O dinheiro, que veio a fundo perdido, viabilizou a construção do Residencial Rota Nova, que hoje abriga 420 famílias.

O vereador percebe, hoje um clima de preocupação, o resultado do que se vendeu quando do golpe que retirou Dilma, e que seria a solução para a grave crise nacional, o que não se verificou. Tanto em nível nacional quanto no RS foram reduzidos os repasses de verbas para educação, segurança, levando a greves etc.

O comunista considera que, diante das circunstâncias, a saída para conseguir dinheiro da União é através de emendas parlamentares. Graças a elas, os hospitais Geral e Pompéia não reduziram seus leitos SUS.

Em aparte, Édio Elói Frizzo alertou que considerando o PIB de Caxias, que é de R$ 23 bilhões e uma arrecadação expressiva, o retorno em recursos da União é uma miséria.

O líder do PR, Renato Nunes, cobrou da Comissão de Saúde da Câmara uma posição sobre a visita parlamentar efetuada a UPA Zona Norte na segunda-feira (16). Ponderou ter faltado humildade para reconhecer que, embora operando há menos de um mês, a unidade está funcionando bem, mesmo que ainda necessite de ajustes. Os índices de aprovação da qualidade dos serviços na UPA ultrapassa 80%.

O vereador anunciou que, diante da falta de consciência da população, vai encaminhar ao Executivo indicação propondo uma campanha de esclarecimento à comunidade explicando que UPA e Postão priorizam casos de urgência e emergência. Informou que 60% dos usuários que ficam aguardando nas unidades estão atrás de consultas com especialistas e medicamentos, o que deve ser feito na UBS.

Em aparte, o vereador Rodrigo Beltrão/PT disse que as pessoas estão recorrendo ao Postão e à UPA atrás de consultas porque não encontram médicos nas UBS.

O líder do PRB, Chico Guerra, defendeu a revitalização do centro da cidade, que fica abandonado depois das 21hs. Para isso, manteve contato com o Secretário de Trânsito, Cristiano de Abreu Soares, sugerindo a liberação para estacionamento entre 21hs e 6hs da manhã nas ruas Sinimbu, Pinheiro Machado, durante a semana e também no domingo. O objetivo é beneficiar o comércio e os moradores da região central, além de promover o turismo.  

Os apartes dos vereadores Neri/SD, Édio Elói Frizzo, Edson da Rosa e Arlindo Bandeira/PP foram de aplauso à ideia de Chico Guerra, com sugestões de locais em que a mesma medida poderia ser adotada. O assunto já fora ventilado na Câmara de Vereadores em legislaturas anteriores.

19/10/2017 - 16:02
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Clever Moreira - 8697
Redator(a): Paulo Cancian - MTE 3.507

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