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Adiló Didomenico alerta para estimado prejuízo de R$ 10,9 milhões nas contas da Codeca

O vereador também apontou tendência de sucateamento de equipamentos e veículos


Um estimado prejuízo nas contas da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), na ordem de R$ 10,9 milhões, foi motivo de alerta, no discurso do vereador Adiló Didomenico/PTB. Na sessão ordinária desta quarta-feira (06/09), o parlamentar, que presidiu o órgão de 1º de janeiro de 2005 a 31 de março de 2012, apontou tendência de sucateamento de equipamentos e veículos. A instituição cuida da gestão do lixo, da coleta mecanizada e de intervenções asfálticas, entre outros serviços, como empresa de economia mista da Administração Municipal.

O petebista contou ter recebido do Executivo, como resposta a um pedido de informações de sua autoria, o quadro interno de resultados administrativos da companhia. Consta dele um prejuízo de R$ 1,7 milhão só em julho de 2017, com um passivo acumulado do ano em R$ 7,2 milhões. Segundo o parlamentar, a situação coloca em risco, inclusive, a quitação da folha de pagamento e do 13º dos funcionários.

Conforme Adiló, desde 2015, o órgão vinha com resultados econômicos positivos. Explicou que, no caso de 2016, o balanço negativo se deveu à separação de R$ 1,491 milhão, como previsão para quitação de despesas com ações judiciais. “Pelo que se desenrolou nos primeiros meses de 2017, verificou-se que o valor foi superestimado, já que pouco desse montante se tornou necessário para pagamentos trabalhistas”, observou.

Adiló lamentou a queda de investimentos, na empresa. Considerou que, pelo alto desgaste da frota de veículos, a não renovação planejada levará à degradação da infraestrutura de trabalho. Como consequência, adiantou que a Codeca deverá enfrentar elevados custos de manutenção e riscos de descontinuidade, sobretudo na coleta de resíduos domiciliares. “O parque de máquinas levou anos para ser razoavelmente atualizado e compatível com o desempenho esperado. Sem investimentos, o setor de obras também fica prejudicado”, lastimou.

De acordo com o vereador, entre as cidades brasileiras com mais de dez mil habitantes, Caxias do Sul é a única que detém o controle absoluto sobre a própria cadeia do lixo. “Sabemos que a cúpula do PRB, partido do prefeito Daniel Guerra, teria ligação com empresas do setor. Poderia haver uma tentativa de enfraquecer a Codeca, no sentido de abrir espaço para atores da iniciativa privada assumirem o serviço”, ponderou. Adiló disse acreditar que o suposto impacto de R$ 8 milhões de economia, neste ano, a partir do corte de cargos em comissões (CC) na Prefeitura, já teria sido absorvido pelo déficit na companhia.

O líder do governo municipal na Casa, vereador Chico Guerra/PRB, procurou minimizar o panorama traçado por Adiló. “Toda empresa tem um ciclo de vida, geralmente pelo período de quatro anos, no qual oscila entre resultados positivos e negativos. No caso da Codeca, esse prejuízo, de R$ 7,2 milhões, não decorre só de medidas deste ano, mas dos efeitos dos outros anos do ciclo. Portanto, em 2018, é provável que as ações desenvolvidas desde janeiro passado levem a uma retomada virtuosa”, rebateu o republicano.

06/09/2017 - 15:34
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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