Ameaçada de despejo, a Comunidade Terapêutica Olaria de Cristo pediu ajuda ao Legislativo nesta quarta-feira (6/9). Em espaço cedido por acordo de líderes de bancada, um voluntário ocupou a tribuna para expor a situação e mostrar o trabalho voluntário realizado pela entidade a dependentes químicos.

A explanação foi do psicólogo Carlos Alberto Kern, um dos fundadores da instituição, mantida por doações na Rua Travessão São Virgílio, São Martinho. Desde 16 de novembro de 2013, a Comunidade acolhe 40 pessoas do sexo masculino, entre 18 e 59 anos, para tratá-las, recuperá-las de substâncias psicoativas e oferecer ressocialização.

Conforme Carlos Alberto, a instituição filantrópica ocupa um terreno de três hectares alugado por R$ 500 ao mês, cujo proprietário prometeu contrato por 10 anos prorrogável por mais 10. Segundo o psicólogo, a Comunidade investiu R$ 800 mil em infraestrutura na área, adequando-a para tratamento dos internos. No entanto, o dono das terras agora às exige de volta.

No parlamento, o voluntário solicitou apoio para que a entidade não seja despejada da área. O ato encerraria o trabalho, prejudicando, segundo ele, um apoio que ela presta inclusive à Fundação de Assistência Social (FAS).