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Pequenos açougues e supermercados ameaçados de extinção

Vereador também denuncia falta de respeito de diretor da Guarda


O vereador Adiló Didomênico, do PTB, foi o único orador do espaço destinado aos líderes na sessão ordinária desta terça-feira (05). Avaliou os resultados da audiência pública sobre o papel da Guarda Municipal promovida pela Casa na noite anterior, referindo a desastrosa manifestação do diretor da corporação que faltou de respeito para com os parlamentares.

O petebista lamentou a posição do secretário municipal da Segurança Pública e Proteção Social, José Francisco Mallmann, que projeta contratar 400 guardas, investir em viaturas e armas, ao invés de integrar a Guarda aos órgãos de segurança da União e do Estado. Para ele, a decisão de Mallmann é própria de um general de Exército, deixando um gigantesco passivo para a Administração.

O parlamentar petebista recordou ainda o alerta dos últimos gestores de Caxias, que o município, por si só, não conseguiria dar conta de tantas demandas. Para isso seria fundamental a participação do movimento comunitário, política atualmente abandonada pela Prefeitura, conforme as últimas decisões, penalizando Associações de Moradores e a estrutura que eles conseguiram montar ao longo de décadas.

Adiló falou de sua inconformidade com a onda que tomou conta do Rio Grande do Sul com o objetivo claro de acabar com pequenos açougues e minimercados, iniciativa que só se mantém no nosso Estado. Pela experiência adquirida como supermercadista, vendedor de gêneros alimentícios há 37 anos, manifestou revolta com a perseguição ao segmento dos pequenos varejistas  e percebe claramente que o contribuinte vai pagar a conta.

Historiou que este movimento surgiu antes da operação Carne Fraca e que encontrou respaldo em alguns técnicos, contaminando áreas de fiscalização da vigilância sanitária, incluindo Caxias do Sul. Adiló surpreendeu-se com a notícia recente da existência de uma bactéria abortiva, que teria sido identificado no comércio, acusação feita sem qualquer base científica. Isso só comprova, na opinião do vereador, o propósito de provocar pânico na população, como se produto embalado tivesse garantia de 100%.

Ao final, o vereador denunciou a clara percepção de que o RS é refém de técnicos que incorporaram a ideia absurda de que pequenos açougues e pequenos varejos são os vilões da saúde pública. Salientou  que o Governo do Estado conseguiu prorrogação de um ano para avaliar melhor as exigências, mas sem a compreensão dos técnicos. Para o parlamentar falta bom senso e responsabilidade de alguns técnicos, alertando que o município perdeu e recorre à instâncias superiores por ter jogado centenas de queijos em perfeitas condições de consumo no aterro sanitário, devendo ressarcir perto de um milhão de reais.

 

05/09/2017 - 11:00
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Clever Moreira - 8697

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