Líder do governo no Legislativo, o vereador Chico Guerra/PRB ocupou seu espaço no grande expediente desta quarta-feira (30/8) em defesa ao prefeito Daniel Guerra/PRB. O parlamentar avaliou que o pedido de impeachment contra o mandatário é um estupro à democracia, fruto de quem tenta denegrir a administração municipal, por ela implantar uma nova forma de governar.

Chico Guerra iniciou seu discurso apresentando o conceito de democracia, regime político fundamentado em valores de igualdade e liberdade de escolha do povo. Destacou que Daniel Guerra foi eleito com 148.501 votos, sendo escolhido por 62,79% dos votos válidos, portanto, de forma democrática.

O vereador discorreu sobre os oito meses do governo municipal. Avaliou que, apesar das dificuldades financeiras, mentiras e trapaças, muito já foi realizado. Apesar disso, na opinião de Chico Guerra, há diversas linhas tentando denegrir “uma administração limpa e escolhida democraticamente”.

O parlamentar citou o decreto lei 201/67, em seu artigo 4º, que elenca infrações políticas administrativas e atribuições a que o prefeito fica sujeito a julgamento pelo Legislativo e, caso responsabilizado, perca o mandato. O líder do governo declarou que Daniel Guerra vem cumprindo a legislação, sem desperdiçar dinheiro público, o que provoca raiva e retaliações de opositores.

Afirmou que o mandatário nunca teve apontamentos do Tribunal de Contas do Estado, nem como secretário municipal, vereador ou prefeito, ao contrário do prefeito anterior. Chico Guerra disse que a atual administração não tem o que esconder e por isso sempre respondeu aos pedidos de informações do Legislativo. Sobre o pedido de impeachment, o parlamentar afirmou estranhar ser de autoria de um bacharel em Direito e não da própria oposição ao governo. Acredita que alguém esteja por trás do autor.

Em aparte, o vereador Gustavo Toigo/PDT disse que respeita o direito de Chico Guerra de antecipar a defesa do governo, mas estranha ele não ter feito em outras situações. O pedetista lembrou que Daniel Guerra, quando vereador, foi autor de moção de apoio ao impeachment de Dilma Rousseff defendendo como instrumento democrático e legítimo. Assim, considerou incoerente Chico Guerra repudiar a ação contra o prefeito. O pedetista também ressaltou que qualquer pessoa, inclusive um bacharel em Direito, tem direito de pedir impeachment.

Também em aparte, Renato Nunes/PR criticou a postura do vereador Rafael Bueno/PDT a quem denunciou à Comissão de Constituição e Ética do Legislativo por ter sido chamado de 171 e acusado de falsificar currículo. Para Nunes, é estranho Rafael Bueno não ter levado adiante a investigação.

No grande expediente, Chico Guerra acusou de crime contra a honra, injúria e difamação o comunitarista Paulo Sausen. Conforme o parlamentar, as vítimas seriam mulheres atacadas durante manifestação popular.