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Câmara repudia fechamento de escola pela CNEC

Documento foi apresentado por Adiló Didomenico com apoio de outros vereadores


O plenário da Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, na sessão da Comissão Representativa desta terça-feira (17/01), moção de repúdio ao ato da direção nacional da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC) de fechamento do Instituto Cenecista Santo Antônio em Caxias do Sul. Autor da proposição, com apoio de demais vereadores, Adiló Didomenico/PTB definiu a decisão como um desrespeito à comunidade, onde a escola se instalou em 1962.

O petebista destacou que as autoridades públicas, em todos os seus níveis, e a sociedade precisam saber que a CNEC vende a imagem de entidade filantrópica para assegurar benefícios fiscais, mas age de forma diferente. “A decisão deixou 300 alunos fora da sala de aula e mais 60 pessoas desempregadas”, observou. Também alertou que caminho semelhante pode ser dado ao instituto que a CNEC ainda mantém em Forqueta.

O vereador Rafael Bueno/PDT expôs que a situação dos alunos é ainda mais grave, porque já terminou o período de inscrição na rede pública e ainda não sabem onde irão continuar os estudos. Disse que o Sinpro, sindicato dos professores, já está em tratativas para defender os interesses dos demitidos. Ainda sugeriu diálogo da Prefeitura com a Congregação dos Capuchinhos, proprietária do prédio onde a escola funcionava, visando sua utilização para educação infantil.

Paula Ioris/PSDB definiu como grave o fechamento de escolas e propôs debate com a comunidade do Bairro Rio Branco para encontrar soluções. Alberto Meneguzzi/PSB destacou que o Instituto Santo Antônio atendia muitos alunos do interior e criticou as entidades sindicais dos professores que sabiam das dificuldades, mas não se anteciparam ao problema. “Foi uma atitude igual ao que ocorreu com a Robertshaw (metalúrgica que fechou a unidade em Caxias do Sul em 2016). Todos tinham conhecimento que a empresa fecharia, mas só foram se mobilizar no dia em que ela já estava desativada”, cobrou.

Segundo Adiló, os problemas do Instituto se iniciaram ainda no fim da década e foram se agravando ao longo dos anos em razão de distorções salariais, resultando em problemas financeiros. “O Instituto Santo Antônio pagava o dobro da média das demais escolas. Era, portanto, necessário negociar em busca de novo valor e garantir a continuidade da escola”, informou. Elói Frizzo/PSB disse não acreditar, mas alertou para a possibilidade de a escola retornar com outro nome e salários mais baixos para os funcionários. Kiko Girardi/PSD condenou o fato de a direção ter feito a rematrícula dos alunos e depois fechado a escola.

 

Moção 1/2017 (votação)

Vereador Partido Voto

ADILÓ DIDOMENICO PTB Não Votou

ALBERTO MENEGUZZI PSB Sim

ALCEU THOMÉ PTB Sim

ARLINDO BANDEIRA PP Sim

CLAIR DE LIMA GIRARDI PSD Sim

DENISE DA SILVA PESSÔA PT Ausente

EDI CARLOS PEREIRA DE SOUZA PSB Não Votou

EDIO ELÓI FRIZZO PSB Sim

EDSON DA ROSA PMDB Ausente

ELISANDRO FIUZA PRB Não Votou

FELIPE GREMELMAIER PMDB Presente

FLÁVIO GUIDO CASSINA PTB Não Votou

FRANCISCO ANTÔNIO GUERRA PRB Sim

GLADIS FRIZZO PMDB Ausente

GUSTAVO LUIS TOIGO PDT Sim

NERI ANDRADE PEREIRA JUNIOR SD Sim

PAULA IORIS PSDB Sim

PAULO FERNANDO PERICO PMDB Ausente

RAFAEL BUENO PDT Não Votou

RENATO JOSÉ FERREIRA DE OLIVEIRA PCdoB Sim

RICARDO DANELUZ PDT Não Votou

RODRIGO MOREIRA BELTRÃO PT Sim

VELOCINO JOÃO UEZ PDT Sim

17/01/2017 - 16:48
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): João Roberto Hunoff - MTE 5.247

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