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Funcionários defendem continuidade da Fepagro

Extinção do organismo faz parte do pacote do governo de enxugamento da estrutura estatal


O diretor da unidade da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) na Serra do Nordeste, André Strassburger, criticou durante a sessão da Câmara Municipal desta quinta-feira (08/12) a decisão do governo de extinguir a instituição que, há mais de duas décadas, realiza pesquisas técnicas para a qualificação da agricultura. De acordo com o diretor, a medida tornará o Rio Grande do Sul o único estado agrícola sem um organismo de pesquisa oficial para a área.

Strassburger salientou que, enquanto o Rio Grande do Sul investe R$ 20 milhões por ano em pesquisas agrícolas, Santa Catarina soma mais de R$ 120 milhões. Afirmou que uma das consequências desta diferença é que o estado do Paraná já ultrapassou o Rio Grande do Sul em termos de representatividade na atividade agrícola. “A agropecuária tem participação de 40% na composição do PIB gaúcho”, salientou.

De acordo com Strassburger, a extinção da Fepagro não resultará em economia para o Estado, pois 85% da sua despesa anual, na ordem de R$ 20 milhões, estão vinculados com o quadro de pessoal, que por ser estatutário em sua maioria, não poderá ser demitido. O restante é destinado ao custeio operacional. Uma consequência imediata da extinção será a necessidade de o Estado devolver R$ 25 milhões por convênios que não serão cumpridos.

O diretor da Fepagro citou que a unidade local já capacitou mais de 7 mil pessoas que trabalham no campo e captou, no ano passado, mais de R$ 120 mil em projetos de pesquisa voltados ao setor na região. Em projetos de produção gerou mais de R$ 50 mil em receita para o Estado neste ano e tem expectativa de R$ 120 mil para 2017. “Pedimos apoio desta Câmara para evitar uma tragédia histórica”, assinalou.

A estrutura da Fepagro ocupa 63 hectares em Caxias do Sul, no distrito de Fazenda Souza, onde funciona o Centro de Treinamento de Agricultores. O espaço está dividido em 45 hectares de mata nativa, cinco de parreirais, cinco de áreas cultiváveis, três de banhado, dois de edificações e dois de estradas. Os equipamentos instalados estão avaliados em mais de R$ 1 milhão.

08/12/2016 - 18:33
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): João Roberto Hunoff - MTE 5.247

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