VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Bom dia, então. Eu gostaria de apresentar... Nós apresentamos nesta Casa um voto de pesar aos familiares pelo passamento da professora Heloisa Délia Eberle Bergamaschi. A Heloisa faleceu, nos deixou no último dia 31, segunda-feira, aos 77 anos de idade. Natural de Caxias do Sul, a Heloisa Bergamaschi escreveu alguns livros, foi professora do curso de Licenciatura Plena em História na Universidade de Caxias do Sul, foi minha professora, foi minha amiga e fomos colegas no momento em que eu tive a oportunidade de ser professora no mesmo curso de História da UCS. Fomos colegas, trocamos algumas conversas sobre, especialmente, a história de Caxias. Acredito que a Heloisa hoje estará trocando essas conversas com a nossa também querida amiga e colega Loraine Giron. A Heloisa era uma pessoa doce, alegre e muito inteligente. Fará-nos muita falta. A palavra. Quem me pediu a palavra? O aparte? Era isso então, senhor presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, presidente Dambrós. Bom dia, presidente, vereadoras, vereadores, pessoas que nos acompanham pelas redes. Vereadora Rose, quero me somar ao voto de pesar da professora Heloisa. Foi minha professora também. Querida Heloisa Bergamaschi. Lembro-me de boas aulas de História Moderna.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Peço a palavra.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): À época, ela lecionava as disciplinas de História Moderna. Mas eu utilizo esse espaço, meu querido presidente Dambrós, para lembrar que hoje é um dia muito especial aos africanistas e aos católicos também. Hoje, dia 2 de janeiro, Dia de Iemanjá, a senhora dos mares, que cuida das... Dois de fevereiro. Obrigado, vereadora Gladis. Dois de fevereiro, Dia de Iemanjá, a senhora que cuida dos mares, das cabeças, dos pensamentos. A mãe de muitos orixás.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Peço a palavra.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): E dia de Nossa Senhora dos Navegantes também, que é uma santa católica muito importante no Estado do Rio Grande do Sul. Hoje, uma grande caminhada, uma grande manifestação religiosa na cidade de Porto Alegre. Nossa Senhora dos Navegantes protegei-nos e Iemanjá, odoyá! Obrigado, presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Bom dia senhor presidente, senhoras e senhores vereadores. Hoje, eu gostaria de aqui me manifestar para dar as boas-vindas para nosso colega Lucas Diel. Parabéns, vereador, pela vinda a Casa. O senhor hoje... Eu considero que o suplente, quando ele toma posse, ele vira um titular. Então eu gostaria aqui de parabenizar o senhor de vir para a Casa para poder ajudar. Parabenizar os seus eleitores, que colocaram o senhor aqui como representante deles.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): E também pela liderança de governo. Eu tive a mesma situação quando fui líder do governo Cassina, eu era suplente do MDB. Aceitei o convite e tenho certeza absoluta que a liderança de governo traz coisas boas e positivas para o vereador. Tenho certeza que o senhor terá um crescimento muito grande na sua vinda até a Câmara de Vereadores, onde o prefeito Cassina me oportunizou e, com certeza, foi, vamos dizer, um chute inicial, onde eu pude virar titular desta Casa. Então conte com este vereador. Tenho certeza absoluta que o senhor vai fazer um ótimo trabalho. E eu estarei aqui justamente também para ajudar, porque ajudando a gente ajuda não o vereador, mas a comunidade caxiense que tanto precisa. Seu aparte, vereador Cadore.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Vereador Bressan, também quero me somar ao desejo de boas-vindas ao vereador Lucas Diel. Tenho certeza, fará um grande trabalho como todos nós vereadores estamos fazendo, e tentando fazer sempre melhor. Então desejo boas-vindas e que tenha o sucesso que nós temos certeza que o senhor terá. Meu grande abraço.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Era isso, senhor presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Bom dia, presidente. Bom dia, demais colegas. Bom dia às pessoas que estão nos ouvindo ou assistindo através da TV Câmara. Muito bom dia. Também vou nesse ritmo, quero cumprimentar esse novo colega que hoje está aqui na Casa, o Sr. Lucas Diel. Seja bem-vindo à nossa Casa. Tenho certeza, eu conheço o seu coração, a pessoa que o senhor é, tenho certeza que vai somar muito para a comunidade de Caxias do Sul. Conte com este vereador. O meu voto de congratulações vai para Farroupilha. A Prefeitura Municipal de Farroupilha, juntamente com a comissão organizadora da feira de artesanato, convidaram este vereador, este humilde vereador foi convidado para ir a Farroupilha ajudar a organizar uma feira de artesanato, onde a Daiane, que é presidente da comissão, conseguimos fazer uma feira de artesanato muito linda no Parque dos Pinheiros agora dia 22 de janeiro. A prefeitura apoiou, a prefeitura colocou luz, banheiros públicos já tinham lá, colocou tomadas e abriu as portas para a feira de artesanato, onde nós convidamos diversos feirantes aqui de Caxias do Sul, convidamos feirantes de outras cidades e fizemos uma superfeira de artesanato na cidade de Farroupilha. Parabéns ao prefeito municipal, parabéns ao pessoal do Turismo, que também nos ajudou, e assim nós conseguimos fazer uma superfeira. Estão surgindo mais ideias agora. Agora a gente já recebeu apoio da associação dos músicos aqui do Rio Grande do Sul, onde vamos conversar e traçar uma meta para nós fazermos uma superfeira regional, que vai acontecer logo, logo com o apoio das prefeituras municipais aqui do entorno de Caxias do Sul. Obrigado, presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Senhor presidente, nobres colegas vereadores e vereadoras. Eu gostaria de dar boas-vindas, então, ao nosso novo colega Lucas Diel. Queria também aqui cumprimentar o diretor Henrique, da Semma, uma pessoa que está sempre nos ajudando muito. Mas também gostaria de fazer um convite a todos, porque hoje, dia 2 de fevereiro, como disse o vereador Lucas Caregnato, é comemorado o Dia da Nossa Senhora dos Navegantes, e lá no Desvio Rizzo nós temos, na lagoa, já há muitos anos essa missa festiva em honra à Nossa Senhora dos Navegantes. Então convido todos os senhores e senhoras, e também quem está nos assistindo através das redes sociais. Era isso. Muito obrigada.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Este ano, com 25 anos de universidade, encerrei minha carreira como professor. Peço a primeira imagem. (Explanação com auxílio de material visual.) Esse foi maior orgulho da minha vida: 25 anos entregando diplomas. Tive a grata satisfação de ser o professor mais laureado do curso de Economia da UCS. Isso não é para jogar confete em mim, não é nada disso, mas porque tudo, tudo o que fiz e faço na vida é com muita paixão, com muita dedicação e vejo como um desafio. A minha área é Economia e os senhores e senhoras, pessoal, nós vamos entender que tudo gira em torno da economia. Por que jogadores de futebol saem do Brasil e vão para a Europa? Por que jovem saem do Brasil e vão para os Estados Unidos? Por que o Felipão foi treinar um time no Uzbequistão? O capital não tem Pátria. Não esqueçam disso: o capital não tem Pátria. As pessoas têm o direito e a liberdade econômica de buscar o melhor para si. Por mais brasileiro que seja, por mais venezuelano que seja, por mais cubano que seja, as pessoas vão buscar a sua melhor posição econômica. Se temos problemas na saúde, na educação, na segurança, são problemas que são originados na economia ou na falta de uma boa gestão econômica. Eu fiz questão de mostrar alguns troféus e algumas placas só pelo orgulho que tenho dessa trajetória de 25 anos. Junto com isso, temos uma outra imagem onde eu procurei treinar funcionários de empresas. Eu vi muito funcionário de empresa não sabendo lidar com o dinheiro. Os empresários me diziam: “Professor Zanchin, o trabalhador endividado não rende.” Um torneiro, um prenseiro, um matrizeiro, qualquer funcionário que não sabe lidar com finanças e está endividado, ele trabalha preocupado. Notando isso, quantas e quantas empresas que eu ofereci esses cursos – aqui eu trouxe uma foto, nas minhas redes sociais vocês podem ver toneladas de empresas aqui de Caxias do Sul, da Serra Gaúcha e de Santa Catarina –, que eu vi funcionários sem saberem lidar com cheque especial, uma conta caucionada vinculada descontada, entrando em agiotas, e aí na empresa não produziam. Isso é ser construtivo. É isso que nós precisamos ser. Depois disso, próxima, se tivermos a próxima. Isso é uma reunião em uma empresa ajudando os executivos a entenderem o que é gestão. Gestão é foco nos resultados. Vejam comigo aqui: alongar, cortar, diminuir. Esse é o mantra que eu levo para as empresas. No setor privado, vereador Scalco, a gente sabe que o bicho pega e lá a gente tem que alongar, cortar, diminuir. Não podemos fazer leis que aumentem os dispêndios de quem já luta desde 2020, desde 2020 com lojas fechadas, músicos que não podiam se apresentar, profissionais liberais que não tinham situação de trabalho. O reflexo está vindo agora. Me perdoem, um pouquinho de economia eu entendo. O reflexo não foi em 20, 21. Agora está começando o reflexo. Todos estão lutando. Essa foi a minha carreira, foi e é ainda ajudar, melhorar. Se viemos para o mundo só para criticar, está errado. Volta de novo, volta de novo. Temos que ser construtivos. Por fim, eu fui visitar uma cidade falida, Detroit. Detroit faliu. Uma cidade americana. Todos os anos eu viajo para o exterior por motivos profissionais e pessoais, já conheci mais de uma dúzia de cidades americanas e não poderia deixar, antes de ser vereador, de estudar, me preparar. Essa cidade, Detroit, faliu. Empresas quebram e pessoas morrem, mas uma cidade falir, como é isso? E lá nessa visita, conversei, troquei ideias, aprendi, visitei universidades e fui entender o que aconteceu com Detroit. Detroit é muito parecida com Caxias. Claro, lá tem a Ford e a GM, aqui nós temos duas grandes empresas, uma montadora e uma encarroçadora. Polo metalmecânico, metalúrgicos, muito parecido. Só que a cidade faliu. E cidades nos EUA vão a falência, pedem concordata. Então a gestão dos gastos públicos deve ser muito bem estudada. Quinze bilhões de dólares de déficit. Ontem, na sessão de ontem, eu fiquei surpreso, foi meu primeiro dia. Eu estive aqui o ano passado substituindo o nobre vereador Scalco, e me surpreendendo, como eu estou vindo de fora. Fora que eu digo, setor privado. Eu vi um uma quantidade de apresentações da parte da Prefeitura e um antagonismo aqui desta Casa quanto ao que está errado, o que não está funcionando. Digo, “mas espera aí!”. Então está errado. De um lado, mostram-se números bons e, de outro, mostram-se os problemas. E foi mostrado, vereador Fiuza. O senhor mostrou um lixão, foi mostrado e apresentado 20 câmeras de monitoramento público pifadas. Vinte! Não 500, vereador Scalco, não mil. A segunda maior cidade do estado tem quantas câmeras funcionando? Vinte. E sabe o que eu aprendi nesta visita numa cidade falida, que não é mais. Detroit não é mais falida, ela se recuperou. Uma coisa que precisamos aprender em economia é a não dar, mas atrair, a atração. Quem quer vir para Caxias? Quem quer instalar uma empresa aqui? O que o setor público precisa fazer é atrair investimentos, senhor presidente; não é dar, somente dar, dar, dar, dar. Sim, precisamos proteger os desprovidos, mas precisamos atrair, como faz Camboriú. Quanta gente não quer ir morar em Camboriú hoje. Como faz Joinville, do prefeito do NOVO. Quem não quer ir para Joinville hoje? Tem cidades vizinhas nossas aqui bem pertinho que estão levando empresas caxienses. Sei disso. E, se lá tem empresa, lá tem o quê? Emprego, trabalho, impostos, arrecadação. Os senhores estão entendendo por que um americano não quer morar na Venezuela? Vocês já viram um cidadão americano louco para ir para a Venezuela, para Cuba? Eu estive em Miami agora recente. O que eu vi de cubano, o que eu vi de venezuelano, e agora, pasmem, sabe o que eu estou vendo demais lá? Brasileiros, vereador Scalco. Brasileiros desesperados trocando por uma melhora. O que é? Economia. Então, se nós não pensarmos em alongar, cortar, diminuir... O meu sonho é um dia ter uma prefeitura e uma Câmara de Vereadores totalmente digital. Nós tudo fora. Vamos fazer outra coisa. (Esgotado o tempo regimental.)
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Declaração de Líder para a bancada do NOVO. Segue o professor Zanchin.
PRESIDENTE ZÉ DAMBRÓS (PSB): Segue Zanchin na tribuna.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Eu queria a prefeitura aqui e a Câmara de Vereadores aqui. Nos anos 80, meu primeiro emprego, e eu queria fazer uma homenagem pessoal aqui, mas não foi possível, foi na Casa das Armas, do Seu Cassina, 15 anos. E lá eu vendia bala, chumbo, pólvora, espoleta, revólver. Não entendia nada. Mas eu precisava de emprego e ele me deu a primeira oportunidade e fica registrado aqui o meu agradecimento ao Seu Flávio Cassina. Mas, depois, o meu sonho era usar gravata, que é o que uso até hoje, e eu fui trabalhar no banco, e com 19 anos de idade, eu me tornei gerente do Banco Nacional. Lembram o banco da Ayrton Senna? Aquela que ganhava as corridas no domingo e mostrava a bandeira do Brasil. Que saudade daquele patriotismo. E, na segunda-feira, eu cansava de abrir contas. Os outros bancos eram fichinha, porque eu levava, presidente, na mão, duas coisas: o balanço do banco e o boné do Ayrton Senna. E dizia para o meu futuro cliente: “está vendo esse balanço aqui? Olha que balanço! Isso aqui é um baita balanço. Inclusive, te trouxe um boné do Ayrton Senna”. Aí era covardia. Pois bem. O banco faliu e o piloto morreu; acabou a minha história. Não, justamente ali é que começou. Por que empresas quebram? Por que o Banco Nacional com aquele baita balanço se foi? Agora, as Americanas? Por que empresas quebram? Por que pessoas morrem? Por que cidades vão à falência, presidente? Gastos, gastos, gastos. Não se fala alongar, cortar, diminuir. Desde lá, 1988, que eu comecei a estudar economia e finança, até hoje. Então eu quero dizer a esta Casa, quero dizer à Prefeitura de Caxias do Sul, o que precisar de questões econômicas, financeiras, questões de orçamento, é o que eu faço há 30 anos. Essa será a minha ideia principal. Temos que melhorar a economia. E não esqueçam, peço, por favor, dessa palavra: atração. Hoje em dia, os municípios precisam atrair e reter pessoas aqui dentro. Final de semana, existe uma situação em que muitos caxienses pensam em sair. “Para onde que eu vou?”. E nós temos que reter isso – e isso, que eu digo, são essas pessoas. Por isso, quando eu estive aqui, vereador Scalco, no ano passado, lhe substituindo, eu falei e volto a falar: eu não admito Caxias do Sul sem mercado público. Não admito. Mercado público é um barato. Mercado público é um barato. Porto Alegre tem; Milão tem; Curitiba tem, todas as cidades transadas, legais. No sábado, tu vais comer um pastel, ou seis, ou sete, depende de cada um, um chopezinho. No meu caso, pode ser um pouco mais. Mas as pessoas querem ficar na sua cidade e não pegar o carro e sair para lá, sair para cá. Eu vejo o movimento no final de semana. “Eu vou sair de Caxias”. E o pessoal do turismo lutando, lutando para reter os cidadãos aqui. Então uma cidade com mercado público... O jovem, hoje, quer uma cidade transada, descolada. Detroit tem patins elétricos. Eu consegui andar em um também. Eu achei superlegal.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Um aparte, se possível, vereador.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Sim, patins elétricos.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Miami tem uma bike lá que tu alugas. Também consegui andar, andei na bike. Nós temos que ter atrativos. De minha parte, a última vez que eu vi um mercado público foi na mão do meu pai, quando eu era criança.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Declaração de Líder do Progressista.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Depois nunca mais ouvi falar de mercado público. Eu sei que estamos tratando, eu sei que esta Casa está trabalhando nisso, eu sei, mas há quantos anos não temos um mercado público, vereador Scalco, em Caxias do Sul? Quanto? Eu tenho 55 anos. Vou fazer 56. E eu tinha oito quando eu pegava na mão do meu pai, no sábado, e nós íamos lá ao mercado público comer sete ou oito pastéis, tomar um refri. Que alegria! Não tem. Não admito mais isso. Não admito. Nesses dois anos que eu estiver aqui, sempre que eu vier à tribuna, sempre que eu conversar com alguém, eu vou dizer: esta cidade, segunda maior do estado, não pode ter um mercado público? Sendo assim, pessoal, a minha palavra-chave é essa: atrair. O que é esta Casa, senhor presidente, precisar de mim... Eu aprendi, nas minhas reuniões executivas, existe uma expressão lá na colônia que é o porta schiti. Porta schiti, do dialeto italiano, me permitam, pessoal, é: lá na colônia tem o guri sempre com uma carriola – carriola é um carrinho de mão – e ele leva para lá e para cá com a caca. Não sei se eu posso falar esterco e estrume aqui, mas agora já falei. E leva para cá e leva para lá; é o porta schiti. Nas empresas, quando eu dou consultoria, se alguém vem para mim só falar problema, eu já chamo: “porta schiti”, e cai fora. As vendas caíram, perdemos o cliente, vamos fechar a filial. Não. Falar só problema, não. Traga sempre uma proposta. Você pode não ter a solução. Solução só é solução quando ela é exatamente do tamanho do problema. Para um câncer, não pode ser aspirina. Então a solução, às vezes, a gente não tem. Se discute, se constrói, senhor presidente, uma solução, em conjunto. Agora, só apresentar números bons, que nem sempre são, e só criticar números ruins, que nem sempre são, não é construtivo. A minha missão aqui é propor. Eu acho que esta deve ser a nossa função: trazer, levantar os problemas; mas sempre, para cada problema, uma proposta. Isso se chama, eu falo nas minhas aulas, cursos, palestras, enfim: DPP. Não quero aqui dar aula, senão vai virar... Aqui, agora, sou vereador. Não sou mais professor e consultor. Chama-se a sigla DPP: diagnóstico, prognóstico e propósito. Diagnóstico: está ruim. Prognóstico: vai piorar. A área odontológica faz isso. Qual é a proposta ou qual é o tratamento? Vamos fazer isso nesta Casa. Essa é a minha proposta. Vamos levantar os problemas? Sim. Mas qual a tua proposta? Os números da prefeitura, vereador Scalco, me assustam. O que eu vi ontem me assustou, os problemas. Eu sei que vão dizer “bem-vindo, professor Zanchin, a Caxias do Sul”. Sim. Mas temos muito o que fazer, muito que trabalhar, e não só levantar problemas. É isso.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Um aparte.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Um aparte, vereador Fiuza.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Obrigado, vereador Zanchin. Só para parabenizar pelo tema e dizer da importância que o senhor traz a esta Casa, de construção, um debate construtivo. De não apenas analisar os problemas, as dificuldades, mas também de ajudar com algumas propostas para que o Poder Executivo possa fazer o melhor para o nosso cidadão caxiense. Essa é a proposta de cada um de nós vereadores, de pautar as dificuldades, as situações, mas também procurar, de uma certa forma, o melhor para cada cidadão caxiense. Parabéns mais uma vez. Obrigado.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Obrigado. Vereador Cadore.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Vereador Zanchin, mais uma vez o senhor me impressiona pelo conhecimento, pelas colocações.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Um aparte, professor.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): O seu comportamento vem muito ao encontro do que eu penso. Eu sou um vereador propositivo, conciliador e valorizando o conjunto. E o senhor aqui realmente pontua. Há uma necessidade de recuperarmos, e não é uma crítica, aquilo que não foi feito no passado. Eu, sinceramente, faça o diagnóstico, uma das palavras que o senhor citou. O diagnóstico de que muita coisa já deveria ter sido feita. Quando o senhor fala em mercado público, é um assunto que vem sendo discutido ao longo de muito tempo. Eu tive o prazer de, há poucos dias, em uma visita que eu fiz ao escritório do nosso secretário Maurício, que ele vai tratar dos assuntos estratégicos da cidade, e ele me deu o projeto em que definiu que a Maesa vai ser recuperada. Esses 53 mil metros quadrados, que é um patrimônio que poucas cidades têm no coração da cidade, ele vai sair do papel. E o mercado público é uma coisa, é um projeto e é uma certeza que, dentro de poucos anos, vai acontecer. Então parabéns. E atração é uma palavra importantíssima. Atrair é, com certeza, uma certeza de que teremos sucesso. Muito obrigado.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Vereador Scalco.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Obrigado, vereador Zanchin. Parabéns pelas palavras. O senhor vem somar muito na bancada NOVO e a somar um projeto novo para Caxias. A gente vai avaliar muitas coisas que Caxias tem que melhorar e propor muitas soluções. Parabéns, professor.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Muito obrigado. Pessoal, encerrando meu tempo, senhor presidente. (Esgotado o tempo regimental.) Olhem esta foto. Esta foto é no centro de Detroit. Nas minhas redes sociais, eu tenho outras tantas cidades que eu visitei para aprender. Por motivos profissionais, tive que viajar. Mas o exemplo de uma falência de Detroit, uma cidade que tinha Ford e GM, com 15 bilhões de dólares de dívida assusta, e Caxias do Sul não pode seguir esse rumo. Obrigado.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Bom dia a todos. Professor Zanchin, desde a última vez, a primeira vez que o senhor esteve aqui, eu gostei do senhor. Tivemos a oportunidade de conversar ainda hoje de manhã. O tema que eu trago no Grande Expediente, eu falei hoje para o vereador Felipe de manhã, sobre a questão da Maesa, mas eu mudei o tema para educação, mas eu vou... Agora que o senhor fez uma fala da sua história de vida – e eu não estou aqui para brigar com o senhor, eu estou aqui para... A gente está numa Casa de correlação de forças e de pontos de vistas diferentes, não é. A Tebet anunciou ontem, a ministra do Planejamento, que a Reforma Tributária será encaminhada e aprovada, ela pretende, isso é um acordo que foi feito com o governo federal, até o dia 15 de julho deste ano, a Reforma Tributária. Mas o que eu digo para o senhor, vereador, eu não vi na sua fala isso, eu espero que o senhor, no decorrer do seu período aqui de dois anos, o senhor fala que capital não tem Pátria, até concordo, mas quem ganha um salário mínimo, os aposentados ou quem não ganha quase nada, vive de um auxílio-emergencial, de um Bolsa Família, esse não consegue nem botar um dinheiro no banco para botar em outros países para fazer investimento. O senhor falou que conhece vários países, que bom, eu não tenho a oportunidade de conhecer tantos, mas eu conheço o Reolon, o Santa Fé, o Canyon, conheço nome, sobrenome, a pobreza, as pessoas que moram do lado do esgoto, que não tem sequer um banheiro na sua casa, sete, oito pessoas dormindo e dividindo o mesmo quarto, e essas pessoas, vereador, não tem como sonegar um centavo, não tem como mandar para Paraíso Fiscal. As fortunas dessas pessoas, no máximo, é dividir um prato de feijão e arroz, e os pais ou talvez os irmãos ficarem sem o alimento. Isso é a realidade do nosso país. Então, espero que essa reforma econômica que vem, venha justamente para taxar as grandes fortunas. Ou agora os donos da Americanas, que eles fingiram que não sabiam que estava endividada, os 40 bilhões que eles sonegaram e as cerca de 40 mil pessoas começaram a ser demitidas aqui no nosso Estado e no Brasil, que dependiam de um salário mínimo ou um pouquinho mais para sobreviver...
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Eles continuam ricos milionários, e o pobre cada vez fica mais pobre se contentando com as migalhas, com auxílios. E quem paga essa conta, vereador? É divisão com o pobre, porque as fortunas não são taxadas. Agora eu estava na praia, em Santa Catarina, e eu vejo as lanchas de um lado para o outro, de um lado para o outro. O pobre, se quer andar naqueles banana bote lá, tem que pagar R$ 40 para uma voltinha de cinco minutos. Agora, o rico não paga imposto para ter suas lanchas, para ter seus iates, para ter seus helicópteros, para ter seus aviões. O pobre tem que pagar cinco e pouco em uma passagem de ônibus para poder ir para o seu trabalho, porque não consegue comprar um carro, não consegue fazer a carteira de motorista. Então, vereador, o senhor falou ali três palavras que eu achei legal: cortar, alongar e diminuir. Mas o salário do trabalhor, do aposentado... O meu pai e a minha mãe trabalharam a vida inteira e são aposentados com um salário mínimo cada um. Eles não têm mais onde cortar. Daí o senhor falou em alongar. Alongar é alongar as parcelas do carnezinho, não é; e diminuir é diminuir os gastos. Mas no que? Compro um remédio e deixo de comprar outro?
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Uma Declaração de Líder da bancada do PT.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Tem uma pessoa que eu conheço que teve um AVC, e ela teve esse AVC porque ela deixou de comprar um remédio porque ela não tinha... E aí tem um problema, está ali no Hospital Pompéia agora. Então, vereador, eu acho que realmente só olhar os dados aqui que a gente trata todo ano sobre a questão dos devedores, o prefeito anunciou ontem que vai ter o Refis. Vejam os dados os grandes sonegadores, os que não pagam as contas. Vamos fazer esse pedido de informações, vereador: quem são os grandes devedores para a Prefeitura de Caxias do Sul? São bancos, grandes empresas que decretam falência e não pagam os seus funcionários, e essas pessoas, vereador, elas estão indo para a Europa agenciar... Inclusive um dos maiores devedores do Estado, está indo para a Europa, foi para a Europa agenciar jogador de futebol. As pessoas estão passando fome; aqui os ex-funcionários dessa empresa. Tá! Quantas pessoas, vereador, não têm... E eu não estou pegando no seu pé, só estou mostrando o meu ponto de vista. Dessas pessoas que sonegam imposto e não pagam os impostos, não pagaram os impostos para a Prefeitura de Caxias, quantas escolas nós poderíamos construir? Quantas cirurgias a gente poderia fazer dessas 11 mil pessoas que estão aguardando na lista de esperas? Quantas cestas básicas a gente poderia dar para essas pessoas? Quantos Minha Casa, Minha Vida a gente poderia construir? Quantos asfaltamentos no interior a gente poderia fazer? Vamos fazer esse... O senhor, que é professor de economia, vamos fazer, professor Zanchin, um pedido de informações coletivo para nós analisarmos esses números dos grandes devedores de impostos. E o prefeito pode mandar o carnezinho, aquele lá, intimando via judicial, as filas que tem na prefeitura para pagar, e os vereadores com certeza estão recebendo as pessoas, são aqueles que devem dois, três anos de carnê de IPTU, que não puderam pagar, que deixaram nessa pandemia de pagar o IPTU para poder pagar um remédio, para pagar um medicamento devido, muitas vezes, a pandemia, o desemprego. E a prefeitura notificou, porque tem que notificar, e essas pessoas estão vindo pagar. Os grandes devedores não estão pagando e não pagam. E aí essas pessoas parcelam, deixam de... Vereador Zanchin, os grandes empresários ou os sonegadores, que tem ali nessa lista, que a vida inteira não pagam, eles continuam passando as suas férias em Miami, continuam passando as suas férias na Europa. Os pobres nem para Arroio do Sal nem para Curumim conseguem ir, nem para o Arroio Caí fazer uma pescaria porque não tem como sonegar, porque a tabela do Imposto de Renda não é corrigida para as pessoas. Os pobres pagam impostos, os pobres que sustentam o nosso Brasil. Porque o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre. E nós temos que inverter essa pirâmide, vereador. Eu quero aprender com o senhor isso. Mesmo que a gente tenha um ponto de vista totalmente diferente na questão econômica, mas a gente tem que cobrar das pessoas que realmente devem para o nosso país. Eu vou... Quem pediu um aparte? O vereador Lucas. Eu vou passar o aparte, mas eu só quero falar da questão da Maesa, aproveitar e ir falando. E também na sequência eu vou pegar Declaração de Líder. Eu ia falar sobre a Maesa, mas vou encurtar o tema, porque depois... A Maesa, vereador Zanchin, é o futuro de Caxias, porque nós estamos vendo uma movimentação global, a questão de novas tecnologias, do meio ambiente, a redução de gás de carbônico. O vereador Fantinel está promovendo uma reunião agora este mês para tratar sobre isso. Como as nossas empresas irão se comportar no cenário global disso? Como é que vai funcionar a questão de emprego, a diminuição de empregos frente essa situação? Caxias do Sul está preparada para isso? Eu tenho muitos amigos meus, e senhor tem razão, vereador, empresários que estão indo para o Espírito Santo. Aliás, eu dou aqui nome e sobrenome, Jobem Donada, o dono da Dompel. Faz cinco anos que ele está esperando lá na abertura da... Ali no final do Bela Vista a abertura de uma rua. As pessoas já quiseram construir um pavilhão e gerar 130 empregos, só que falta a abertura da rua, a detonação. Todo ano está vindo R$ 30 mil de IPTU para ele, e ele não consegue construir e gerar emprego. Então, vereador, Caxias do Sul precisa se reinventar e a Maesa, eu tenho certeza que ela vai ser essa porta aberta para movimentar a economia de Caxias. Nós podemos pegar os turistas, botar eles ali dentro, ter um grande centro de eventos. As pessoas já comprarem as suas lembrancinhas ali, fazerem a sua alimentação, poderem comprar uma roupa, um perfume. Vereador Felipe, o senhor que tem mestrado em turismo, eu dou dois exemplos aqui do Brasil, vereador. Salvador, eu estive em um congresso, tem um Centro de Convenções em Salvador, o governo construiu. Era um shopping. Eles remodelaram tudo e construíram um Centro de Convenções em Salvador. Grandes eventos do Brasil inteiro acontecem lá naquele espaço, mas tem restaurante, tem área de lazer, movimenta os hotéis, os postos de combustíveis, os ubers. Movimenta toda uma economia em cima disso. Um dia eu fui a Cuiabá e tem um espaço similar à Maesa, minúsculo, mas que o Sesc tomou conta. É Sesc Arsenal, se eu não me engano. E que tem o artesanato local, toda economia local. Por que na Maesa a gente não pode desenvolver isso? Aí, vereador, que diz que teve uma reunião com o Maurício, nós fizemos vários convites da frente parlamentar para ele vir aqui, inclusive em audiência pública, nunca pôde estar presente. Mas ele também nunca chamou a frente parlamentar, da qual sou presidente há sete anos, ele nunca chamou a frente parlamentar para gente discutir isso. Ontem foi anunciado pelo prefeito que, até a metade do ano, e o nosso presidente falou, a importância de vir até o final do ano o projeto da Maesa, mas nós queremos dialogar, nada goela abaixo. Por isso, vereador Felipe, vejo que a frente parlamentar e o senhor já falou várias vezes isso aqui, nós temos que até metade do ano fazer um roteiro, e eu peço ajuda do senhor para que a gente possa conhecer outras... (Esgotado o tempo regimental.) Uma Declaração de líder, presidente.
PRESIDENTE ZÉ DAMBRÓS (PSB): Segue em Declaração de Líder, Rafael Bueno.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Conhecer outras realidades no nosso país ou quem sabe em países vizinhos que deram certo, estão dando certo, mudaram a economia local, para que a gente possa ter um contraponto com o que vai ser apresentado em um futuro breve em Caxias do Sul. Porque senão a gente... Sem debate, a gente vai ter que engolir goela abaixo.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Daí a gente só fica com um ponto de vista, a gente não fica com uma visão ampliada, porque quanto mais próximo tu deixas do olho, menos campo de visão tu tens. Então eu vou lançar para senhor essa tarefa, o senhor que é membro da frente parlamentar, para que a gente possa montar um roteiro e visitar dois, três espaços, vereador. Porque como a gente escuta pela imprensa... Aí o munícipio vai buscar um investimento no BNDES para investir tudo para o privado e o município fica lá? Como que é a participação da comunidade nisso? Seu aparte, vereador Lucas, e depois, na sequência, eu dou o aparte.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Rafael. Acho que são muitas coisas que o senhor traz. Eu queria começar falando desse tema amplo da economia. Assim como o senhor, eu não sou economista, eu sou professor, e queria fazer de público saudar o professor Zanchin. Nós já falamos, mas publicamente queria deixar essa deferência. Mas de fato, vereador, eu, me preocupa quando a gente traz o debate da economia desconsiderando que, lá na ponta, a gente que está e que conhece a cidade da forma mais profunda... E a cidade real, a Caxias real. Não a Caxias da Alfredo Chaves, do Exposição, do Cinquentenário e do Colina Sorriso. Que são bairros, eu não estou desmerecendo. Eu quero dizer a Caxias real do trabalhador que fica uma hora, duas no ônibus ou que nem pega o ônibus, que caminha. Vou te citar um exemplo, vereador Rafael Bueno: uma senhora que é higienizadora e que sai da chapa e trabalha no São Ciro. Na chapa, no Planalto, mas ela faz a pé isso todos os dias. Ela sai às seis para poupar, porque ela precisa por conta de que tem vários problemas. Então quando a gente falar de economia, acho que a gente precisa considerar essas questões, porque, de fato, senão fica um debate desumano. Porque é isso, desumano. Às pessoas falta o dinheiro para comprar o básico, o elementar. Seja o aposentado, o remédio que não tem no posto de saúde. Enquanto os que têm muito se regozijam no olhar turvo do Estado, que muitas vezes faz vistas grossas para cobrar e para aplicar a lei. Então acho que... Parabéns pela humanidade que o senhor traz a essa discussão da economia, que é muito necessária e que não desconsidera “gentes” – no plural aqui. Segunda questão: eu ia entrar no tema de educação, mas acho que o senhor traz a questão da Maesa, compõe a frente da Maesa. A gente fez um voto de pesar pela pelo passamento da profe Heloisa Eberle Bergamaschi, que era historiadora, que lá à década de 70 e 80 fez vários trabalhos sobre o avô dela, o Abramo. Como ela chamava, o “nono Abramo”, não é? Então a importância que esse espaço tem. E nós precisamos que a feira da Maesa em algum momento passe para dentro da Maesa, não é? Acho que é uma outra discussão que a gente tem e estamos juntos. Por fim, vereador, eu queria saudar o vereador Lucas Diel, ou Diel, para nós não confundirmos os Lucas. É a primeira vez na história desta cidade que nós temos dois Lucas na Câmara de Vereadores. E a primeira vez na história desta cidade que nós temos um suplente de vereador que assume a base de um governo no terceiro ano e eu acho que o partido não está no governo. Isso não me diz respeito, porque eu não sou do PDT. Tenho um grande carinho pelo PDT, tenho vários amigos trabalhistas e espero que possamos construir pontes e frentes para retomar o desenvolvimento, a participação, o diálogo para esta cidade. E o senhor como líder... Eu li hoje no Pioneiro a declaração da minha amiga Cecília. Fica estranho o governo que, no terceiro ano, tem como líder um... Alguém que chega, que começa, que estreia na Câmara, o que não é problema, mas de um partido que parece não estar na base. Esse não é um problema do Partido dos Trabalhadores, mas pela relação de amizade que nós temos, vereador, acho que é uma situação inusitada no mínimo, para não usar outro termo. Parabéns pela sua atuação e eu tenho certeza, vereador Rafael Bueno, que nós, petistas e os trabalhistas, estamos e estaremos juntos em muitas frentes, num futuro bem-vindouro.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador Lucas. Na sequência eu lhe respondo a sua provocação. Vou conceder os apartes.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Rafael, olha que interessante este ano de 2023, a quantidade expressiva de professores. E o senhor, hoje, lhe parabenizo, deu aula sobre o que é em Caxias do Sul a questão de vulnerabilidade social, classe média, classe baixa. Isso é um orgulho. Porque eu, como assistente social, gosto desses embates, dessas discussões, principalmente que agregam valores para a nossa sociedade. E aqui eu cito como referência devedores de impostos como, por exemplo: Neymar, 188 milhões; Eike Batista, 172,6 milhões. Olha, esses dinheiros aí poderiam ajudar muito bem Caxias do Sul, o nosso Estado do Rio Grande do Sul. E diversos artistas famosos que estavam há pouquinhos dias em redes nacionais, inclusive em propagandas políticas, que estão aí com déficits tremendos em nível nacional, que poderiam ajudar o nosso país, exclusivamente Caxias do Sul. Vamos também levar em consideração, por exemplo, já está em outro mundo o Gugu, por exemplo, grande artista. Suga o dinheiro do nosso país e investe em outros países. Exemplo: Silvio Santos, grande empresário, suga o povo brasileiro e mora fora do país, investe fora. Então, é como você disse, os grandes empresários decretam falência, não pagam impostos e vão residir em outros países. Parabéns pelo tema.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador Valim. Seu aparte, vereador.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Vereador Rafael Bueno, é um prazer compartilhar. Eu queria compartilhar esta Casa com vocês. E deixar claro a diferença de harmonia para sinergia. Harmonia é quando todo mundo se dá bem, todo mundo torce para o mesmo time, todo mundo é da mesma religião, todo mundo é do mesmo partido. Isso chama-se harmonia. Talvez no céu a gente venha a ter isso. Sinergia é discordar, é divergir, mas construir. Temos visões completamente diferentes, mas vamos construir juntos. A ideia, por exemplo, é não gastar 5 bilhões de fundo partidário. Falo dos empresários, mas também tem fundo partidário, dinheiro dos impostos dos empresários e dos trabalhadores, que o senhor fala. Impostos que os senhores todos aqui, de todo mundo que trabalha e produz é recolhido. Não existe dinheiro público, existe dinheiro do pagador de impostos: Margaret Thatcher. Não existe recurso público, senhores; esqueçam. Todo o dinheiro que se fala orçamento, educação, sabe de onde vem? Vem do lojista, vem do empresário. Desses que os senhores falam que sonegam e etc., quantos empregos geraram? Quantas casas foram compradas por esses trabalhadores que tiveram emprego? Então o que eu falo aqui é oportunidade, é justamente trabalharmos juntos para tirar essas pessoas da zona de pobreza e Caxias parar de atrair ambulantes e traficantes. A nossa atração hoje é para traficantes e ambulantes. Nós temos é que atrair empresários. Esses vão gerar emprego. Com emprego você tem dignidade. Eu conheço a realidade de Caxias também, não só do exterior. Eu vou para o exterior para estudar, para aprender e por profissão. Mas vou aprender também com vocês aqui. O nosso objetivo é parar... Quando eu digo alongar, cortar, diminuir, são os gastos públicos. Eu trouxe um exemplo de Detroit, que faliu por problema de gastos e gestão pública, gestão pública. Quinze bilhões. Então, o canhão da economia não somos nós aqui. A gente só gera gastos. A política e o político devem ser iguais ao árbitro de futebol: quanto menos ele aparecer, melhor a partida. O canhão da economia é o empresário quando ele se arrisca a pagar impostos, a gerar emprego, a pagar multas. Abra um negócio qualquer para você ver o risco que se tem. Então essa é a minha ideia. E a melhor economia está em reduzir ou eliminar o fundo partidário. A minha campanha foi feita com doação, eu fui atrás de cada recurso. Eu acho que é assim que deve funcionar. Muito obrigado.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. Vereador Zanchin, eu também não tive nenhum centavo de recurso público, mas eu não marginalizo quem teve. Até porque, vereador, quem recebe de empresas ou empresários, agora com CPF, ou grandes empresas, e que os vereadores, principalmente negros, público LGBT e índio, que não têm acesso aos empresários, quando assumem seus mandatos, eles não servem para o interesse da maioria, eles servem para interesse dos poucos ou do bolso daquela minoria. Então eu prefiro e valorizo aqueles que recebem recursos lícitos ou daqueles que recebem dinheiro para servir a apenas alguns. Só para concluir, vereador. Eu não acho que o meu mandato seja despesa, ou o de alguns vereadores. Se olhar o meu mandato e botar na ponta do caderno vai faltar página do caderno para ver o que eu consegui de conquistas para Caxias do Sul, e que beneficiam milhares e milhares de pessoas, principalmente na área da saúde. Então, o meu mandato não é gasto, é investimento. Obrigado. A resposta eu te dou depois, vereador Lucas, no Pequeno Expediente. Me aguarde.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Primeiramente, muito bom dia a você que está nos prestigiando pelas redes sociais, TV Câmara. De antemão, quero agradecer a presença do meu nobre amigo e músico Ladir Brandalise, que está aqui nos prestigiando, do grupo Girotondo. Obrigado pela presença, Ladir. Hoje, o meu tema é sobre segurança pública. Quero ressaltar e quero que a TV Câmara de preferência aos slides e não a minha imagem aqui no momento, que é a Guarda Municipal e fiscalização de trânsito. Tive o privilégio de acompanhar o diretor e comandante Kulmann, que, representando a secretário Paulo, na força-tarefa lá na região do Bairro Serrano. Então, chama-se Operação Bairro Seguro, que aconteceu no Bairro Serrano entre outros bairros daquela região. Essa operação ocorreu na última quinta-feira, 26 de janeiro. Em dezembro do ano passado, ocorreu um vandalismo e depredação do patrimônio público na área de lazer lá do Bairro Serrano. Naquela oportunidade, realizei, através da minha assessoria, indicação ao Executivo, e à Secretaria de Segurança Pública, ao secretário Paulo, para que, naquele momento, ocorressem fiscalizações e rondas naquele espaço. De pronto atendimento, a área de lazer, entre outros pontos do Bairro Serrano, fazem parte da rota da Guarda Municipal, e de pronto atendimento. Tenho que agradecer ao comandante e diretor Kulmann, que coordena essas atividades e é sempre prestativo sempre que aciono. Tenho que agradecer também a toda a equipe da fiscalização de trânsito. Nesse contexto, faço neste momento algumas ponderações: nessa atividade, foram realizadas 89 abordagens, 30 autuações, alguns carros acolhidos, condutores sem habilitação, condutores com habilitação em categoria diferente, condutores com habilitação vencida, condutores sem curso específico, documentos recolhidos devido a CRLV, documentos recolhidos de CNH, motos recolhidas por irregularidades ou roubadas, visitas a diversos comerciantes da região, visita em algumas UBSs, cito como exemplo a UBS Jardim Eldorado, a integração dos guardas com as crianças e adolescentes em área de lazer. Abordagens junto a áreas de lazer, principalmente no entorno lá do campo futebol 11. Inclusive, nesse momento, a TV Câmara está exibindo o entorno do campo de futebol 11 lá da área de lazer, onde tinha uma quantidade expressiva de adolescentes e crianças e, nesse momento aí, a guarda... Chegamos de surpresa e ouviram algumas abordagens no entorno e tivemos o privilégio de conversar com lideranças lá da comunidade, e mostra o quanto é importante esse trabalho. Neste local, inclusive estou mostrando a visão ampla do Bairro Serrano. O vandalismo, aí tem uma caixa de água inclusive, tem uma quantidade expressiva de preservativos, tem um ponto de fuga na parte da mata ali. Por quê? Durante a noite é um descaso aí nesse espaço, mas espero que em breve o Executivo atenda as minhas reivindicações que foi a colocação de iluminação pública. Não adianta ir lá pintar, colocar tela, enfim, é importante? É! Mas se não tiver uma iluminação pública, de noite, eles vão lá e os vândalos acabam se apossando daquele espaço. Também mostra que essas operações tem grande relevância, pois coíbe práticas de irregularidades no trânsito e mostra segurança ao cidadão de bem e salva vidas. Muitas vezes se cobra por que blitz? Durante uma fiscalização pode se prender um foragido da justiça, pode se prender transporte de produtos ilícitos, exemplos drogas, pode se prender um sequestrador, produtos roubados, criminosos, bandidos, entre outros. Somente a presença das autoridades da Segurança Pública presentes nos bairros já mostra mais segurança e os criminosos, os bandidos já repensam antes de cometer atos que não condizem com a sociedade. Temos que também reforçar a falta de efetivo. O Executivo tem que olhar com mais atenção para a Guarda Municipal de Caxias do Sul. Necessita de mais nomeações. Concursos na área da Segurança Pública, salários dignos e condições adequadas de trabalho. Sei da falta de efetivo também na Brigada Militar, mas a Guarda Municipal também está com falta de efetivo e faz milagres com essas operações nos bairros de Caxias do Sul. Parabenizo a Guarda Municipal. Parabéns a quem teve essa brilhante ideia das operações Bairro Seguro. Olha que interessante: Bairro Seguro. Quem ganha sempre é a população que cobra por segurança. Lembrando, sou vereador de Caxias do Sul e não especificamente do Bairro Serrano. Essas operações estão ocorrendo em todas as regiões, bairros e interior de Caxias. Inclusive ontem, a Guarda Municipal e a fiscalização de trânsito estavam atuando na região do Bairro Desvio Rizzo, e não se preocupe, que o seu bairro, vai chegar sua hora. Então, mais uma vez, parabenizo esse trabalho que foi realizado lá na região do Serrano, Desvio Rizzo, entre outros que estarão nesse cronograma e também mais uma vez, a Guarda Municipal a fiscalização de trânsito está fazendo um trabalho fantástico na nossa região. Lembre-se a prevenção, esse trabalho faz sim a diferença. Olha essa imagem que a TV Câmara está exibindo ali. O comandante observando as crianças lá na área de lazer. Olha a foto dele junto com as crianças, junto ao centro social e também o espaço de lazer na frente lá da UBS Jardim Eldorado. As crianças, o adolescente tem uma imagem construtiva, positiva, o respeito com as autoridades. Porque isso sim faz a diferença na vida das pessoas, na vida desses adolescentes, dessas crianças que serão o futuro da nossa nação. Também reforço aqui ao Executivo que junto do setor de Segurança Pública, da Secretaria de Trânsito e Mobilidade Urbana, que essas operações sejam mais frequentes nos bairros, nas regiões. Por que dá resultado sim. Acompanhei de perto diversos pontos lá da região e o simples fato de uma blitz, onde que diversas pessoas com irregularidades, que foram ali notificadas, motos roubadas, olha isso não tem... Dispensa comentários do quanto é importante a segurança pública. Então... Também achei pertinente algumas abordagens, o intuito jamais é notificar e meter multas, mas sim conversar. “Oh, parabéns!”, eu vi lá o comandante falando. Tinha um outro guarda. “Parabéns! Olha o cinto de segurança aí no bebê-conforto”. Cara! Ele ainda disse: “Esse exemplo tem que ser seguido por outros cidadãos, aqueles que muitas vezes se envolvem em um acidente e morre uma criança por não ter lá o bebê-conforto, por não estar com o cinto de segurança”. Depois que acontece uma tragédia, não adianta lamentar, chorar e ir para cima de um caixão e implorar: “Perdi meu filho, perdi minha mãe, perdi um irmão, perdi meu pai”. A prevenção, isso sim é importante e agrega valores. Então Guarda Municipal, diretor Kulmann, secretário Paulo, sigam nesse caminho que vocês estarão, sim, fazendo a diferença. E com mais agilidade, vamos investir em maior efetivo. Executivo, prefeito, tenho certeza que até final de 2024, mas bem antes, vamos reforçar o efetivo e vamos dar mais segurança para a nossa população caxiense, de Caxias do Sul. Meu muito obrigado, presidente, demais colegas vereadores e vereadoras e especificamente a você que está aí nos prestigiando pela TV Câmara. Meu muito obrigado.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Senhor presidente, nobres colegas, um bom dia a todos. Início de mais um ano de luta, de mais um ano de grandes debates. Saúdo aqui o professor Zanchin. Como dizia sempre a minha querida Marisol, o senhor é um bálsamo quando fala. Parabéns. Também gostaria de parabenizar o novo vereador também, mas não se encontra. Mas enfim, o Lucas... Diel. (Risos). Muito me é perguntado ali fora, desde o dia 1º do ano, como o Fantinel se comportaria nesta Casa neste ano, sabendo das grandes mudanças e sabendo do risco que cada um de direita corre hoje. Se disser “a água”, pode ser preso. Bom, Nelson Mandela foi preso; quando saiu da cadeia, virou presidente. Luiz Inácio Lula da Silva foi preso; quando saiu da cadeia virou presidente. Pode ser que acontecesse comigo. Então não tem que se assustar, não é? Eu acho que daqui a pouco está sendo uma coisa valorizada pela população. Tem que ser preso para poder se eleger. Então gente, eu quero dizer o seguinte: que hoje, infelizmente, está escancarado. Hoje, qualquer... E é independente de partido, não é? Esquerda, direita, centro, não importa. Qualquer presidente eleito neste país que for patriota, patriota que ame a pátria, o seu país, o seu povo, não será bem visto e não será aceito pelas potências mundiais. Será mal falado e será criticado. Será por quê? No final da minha fala, eu vou explicar o porquê. Queria dizer o seguinte: que se criou, então, nesse governo, a nova democracia. A democracia aquela, que diz: eu posso falar, você não. É uma nova democracia, não aquela criada em Atenas. Muito pelo contrário. Porque segunda as redes de TV que hoje recebem cachê – e não recebiam do governo –, a gente pode fazer uma comparação hoje, gente, entre bolsonaristas e o MST. Dia 8 e 9 de janeiro, bolsonaristas invadem os Três Poderes e há também depredações por parte desses. São taxados de terroristas, senhoras e senhores! Criminosos, golpistas, perigosos! E mulheres e crianças presas. Tá. Sou contra as depredações. Quero deixar claro isso. Mas, senhoras e senhores, pasmem: e aí, a nova democracia, em junho de 2006, quando o MST invadiu e quebrou toda a Câmara dos Deputados, deixando 20 funcionários feridos e deixando na um na UTI com traumatismo craniano. Eles foram taxados de manifestantes reivindicando direitos. Ué, como assim? Manifestantes reivindicando direitos? Mas se agora os outros são criminosos, são terroristas. Terroristas, vereador Valim, para mim eram aqueles que botavam as bombas no peito e se explodiam. Não é? Em 2022, senhoras e senhores, agora, em Porto Velho, Rondônia, o MST invadiu uma fazenda, queimam as casas. O que foi queimado em Brasília dias 8 e 9? O que foi queimado? Queimam casas, queimam as máquinas, queimam os galpões, tudo destruído. Um morador teve que se esconder na mata, de medo. E foram tachados de... Agora, em 2022. Foram tachados pelas televisões: manifestantes em busca de terra para plantar. Olhem a nova democracia. Eu gostaria que viesse alguém aqui e dissesse que é mentira o que eu estou falando, que é mentira. Terra para plantar. Mas como? Mas e a democracia? Não são terroristas? Nem presos foram, gente. Nem presos foram. Nem sequer interrogados foram. E aí, qual democracia? Aquela que serve? Ou aquela que serve a todos? O que o povo não se flagrou ainda é que a esquerda criou uma democracia... E quando falo esquerda não estou falando do PT, estou falando de toda a esquerda. O que o povo não se flagrou ainda é que esquerda criou uma democracia só dela, onde a verdade só parte dela e qualquer um que pensar diferente é traidor e é golpista. A questão da Lei Rouanet, vários artistas da Globo, vocês se lembram, que teve muitas artistas da Globo que disseram que, se o Bolsonaro se reelegesse, elas iam ter que se prostituir para poder sobreviver? Isso está registrado. Beleza, venceu o outro lado. Aí uma dançarina ganha R$ 5 milhões para fazer dancinha. E eles vêm falar aqui que os pobres precisam de casa, que os pobres precisam de ajuda. Eu faço uma pergunta para quem quiser explicar e para quem souber me explicar: Quantas casas populares dariam para fazer, vereador Zanchin, com R$ 5 milhões? Não, mas dancinha vale mais. A dancinha é mais importante. Vereador Valim, o senhor que luta tanto por aqueles que mais precisam, cinco milhões, quantas casas populares davam para fazer? Não, tem que atender os artistas, não é? Já estão afirmando, senhoras e senhores, que vão doar, doar, com o apelido de empréstimo, bilhões de reais para a Argentina, Venezuela e outros. Eu pergunto: Com esse dinheiro, quantos quilômetros de asfalto davam para fazer? Quantas pontes davam para fazer? Quantos hospitais davam para construir? O que o Lula deu de presente para países comunistas quando ele era governo no passado dava para construir 189 hospitais como o Pompéia. Então, gente, a questão é essa. Vamos trabalhar para os nossos pobres ou para os outros pobres? Ou para os pobres estrangeiros? Para eu explicar por que eu disse antes que nenhum presidente, independente de partido, nenhum presidente que seja patriota neste Brasil vai ser aceito pela comunidade internacional, vocês sabem por quê? Falaram e falam tanto do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas eu vou dizer para vocês a herança que ele deixou em quatro anos de mandato: uma Itália e Portugal juntas. Estou falando do território, gente, do território. Uma Itália e Portugal juntas, cobertas de soja. Uma Irlanda e uma Inglaterra cobertas de milho. O México inteiro coberto de gado e pastagem. Uma inteira Suíça, senhoras e senhores, coberta de arroz e feijão. Uma inteira Holanda coberta de frutas e verduras. Uma Bélgica inteira coberta de trigo.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereador.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): A França e a Grécia... E aí eu vou lá: “Não, o cara destruiu a floresta. O cara é contra o meio ambiente. Está destruindo todo o ecossistema.”. Ele deixou a França e a Grécia juntas em reservas indígenas. Isso é registro internacional da ONU. Uma França e Grécia juntas de reservas indígenas. “Ah, mas os índios estão morrendo de fome.” Porque não querem mais caçar, porque não quer mais pescar. Eles querem a comida, a roupa, o iPhone. Eles querem a internet, eles querem tudo. Não é, gente. E aqueles que estão aparecendo na televisão, a maior parte deles faz parte da Amazônia venezuelana, que vieram para cá para matar a fome. Entendem? Então, gente, o que eu quero dizer para vocês é muito claro, isso é informação da ONU, não é nada de informação de quinta categoria. A Bélgica... Não. A França e a Grécia juntas de reservas indígenas, e agora, para completar a minha fala – peço desculpa que não vai dar para passar para fazer aparte –, agora é a parte que mais interessa a todos e o porquê que um presidente patriota não pode ser bem aceito na comunidade internacional: por causa de todas essas riquezas. E hoje, senhoras e senhores, hoje, toda... Território eu estou falando, toda uma Europa junta de reservas ambientais o Brasil tem hoje. Toda uma Europa junta de reservas ambientais. Essa foi a herança de Jair Bolsonaro. Essa foi a herança. E sendo que, só para concluir, senhor presidente, e sendo, com toda essa riqueza, com todas essas áreas de preservação, com todas essas produções que estão tendo no agronegócio nosso país, lembrem-se: 27.4% de toda a riqueza obtida no nosso país é produzida pelo agronegócio, e se não fosse o agronegócio – eu acho que é unânime aqui, não é – durante a pandemia talvez o nosso país, como o vereador Zanchin falou, teria ido à falência. Então, o cara errou? Errou em muitas coisas. O Bolsonaro cometeu muitos erros. Isso é verdade e eu aceito isso, mas essa foi a herança. Vamos esperar daqui quatro anos para alguém, se eu não estiver aqui, vir aqui no meu lugar e dizer qual foi a herança. Muito obrigado.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores e vereadoras, aos demais que nos assistem pela TV Câmara, canal 16. Primeiramente, eu gostaria de iniciar a minha fala parabenizando a fala do vereador Valim. É muito importante a integração dos órgãos de segurança e essas operações Bairro Seguro. E já lhe respondo praticamente um questionamento que o senhor fez em sua fala, na verdade uma afirmação parabenizando de quem foi a iniciativa, mas a iniciativa foi do próprio comando da Guarda Municipal. Isso que é importante, porque se dependesse de outras pessoas, como eu falei ontem, a Guarda Municipal estava escondida e não estava fazendo esse belíssimo trabalho que está fazendo, que fez no seu bairro, que fez ontem no Desvio Rizzo, inclusive estive presente e está nas imagens aí para a TV Câmara mostrar juntamente com a vereadora Gladiz, que é do Bairro Desvio Rizzo. Estivemos presentes. E também membro, a Gladis, vereadora Gladis, membro da Comissão de Segurança Pública. Mais uma vez reforçar e parabenizar, e está em diversas rádios tanto ontem, quanto hoje, o belíssimo trabalho que a Guarda Municipal fez nessa operação, inclusive no dia de ontem, prendendo um traficante. Abordou e prendeu, conduzido para a Delegacia, e hoje está lá no presídio o traficante. Isso é importante. Isso traz a segurança próximo da população, próximo aos bairros e principalmente de toda a população caxiense. Mas vim aqui no dia de hoje falar sobre outro assunto, que chegou ao meu conhecimento, que é referente ao nosso Colégio Tiradentes da Brigada Militar em Caxias do Sul, instalado no ano de 2022 em nosso município. Aqui eu trago dados estatísticos do Ideb a nível do nosso estado, onde que as melhores escolas, dos oito Colégios Tiradentes, seis estão no ranking do Ideb. Seis. Sendo que o Colégio Tiradentes de Ijuí está a nota acima de 7. Por que isso? Tirando toda aquela questão que eu sempre trago aqui, da hierarquia, da disciplina, do modo de se portar numa escola, num ambiente de ensino, eu trago esses dados porque o Colégio Tiradentes de Ijuí implementou em comum acordo com os pais, em comum acordo com a CREE responsável por aquela região, a Coordenadoria Regional de Educação, implementado um material didático que refletiu nessa nota no ano de 2019. Em 2021 também saiu a tabela do IDEB, eu não consegui buscar essa tabela, mas ela... Os Colégios Tiradentes também estão classificados dentro da tabela de 2021. Aqui eu quero dizer que estão tentando implementar esse material didático no Colégio Tiradentes de Caxias do Sul. Porque a qualidade de ensino é um apoio a mais que o Estado vai ter na parte da educação em específico no Colégio Tiradentes, que os pais do Colégio Tiradentes de Caxias do Sul, querem aportar o valor porque ele não é muito alto, é muito mais abaixo do que um ensino particular, mas muito mesmo. Porém, o que chegou ao meu conhecimento é que a 4ª CREE não quer que se implemente esse material didático. E até aqui eu quero dizer que nos próximos dias, hoje mesmo estaremos entrando em contato com a CREE para agendar uma reunião, e aos vereadores que quiserem se somar e se fazer presentes, estamos juntos nesta pauta, para entender o porquê não querem implementar. Porque, se é um ensino, se é um material didático que dá um suporte para o aluno, os pais dos alunos querem, vai melhorar e muito os índices do colégio, melhora o ensino, melhora a educação o porquê não vai implementar senão vai ter um real de gasto público. O estado vai investir quanto? Zero. E aí; “Não, nós não queremos”. Como não quer. “Não, mas não pode.” Não pode por quê? Se no Colégio Tiradentes de Ijuí tem? Sabe, ficam uns questionamentos assim que a gente nem precisava estar falando isso aqui. Se a gente tivesse falando, “ah o governo do estado tem que apertar um grande investimento”, até aí a gente entende. A gente sabe da dificuldade das finanças dos estados e dos municípios, até mesmo do país. Mas é um absurdo. Os pais querem inclusive no início deste ano. Os pais dos novos alunos que vão ingressar no Colégio Tiradentes, a diretoria do Colégio Tiradentes, e o comandante, o major Juliano, solicitou a esta Casa para fazer uma reunião com os novos pais, foi apresentado o projeto. Por unanimidade, os pais aceitaram. E aí a CREE diz que não pode, que não dá. E sem explicação aparente. Mas como que não dá? Por que na outra CREE dá, que trabalha em conjunto com o Colégio Tiradentes em Ijuí e com os demais colégios também. Eu cito Ijuí aqui porque é o maior de índice do IDEB. Então fica esse questionamento e nós vamos procurar junto com os vereadores, demais vereadores que querem se fazer presentes nessa reunião, pois posso repassar o dia. Nós vamos procurar esclarecimentos e com certeza tentar implementar, e nós vamos implementar, vereador Scalco, este ano, esse material didático no nosso Colégio Tiradentes que tanto lutamos depois de 11 anos para implementar no Município de Caxias do Sul. E graças a Deus hoje é uma realidade. É um também referente ao dia de ontem sobre a minha fala. Não esperava que fosse repercutir tanto. Repercutiu! Inclusive, eu estava falando antes de começar a sessão com a vereadora Marisol, em alguns momentos a gente tem que, quando a gente entende, obviamente, tem dar o braço a torcer e, neste momento, eu parabenizo o Governo do Estado pela nomeação do chefe de polícia, que é o delegado Fernando Sodré. Ele é aqui de Caxias do Sul, serviu o 3º GAAAE aqui em Caxias do Sul, trabalhou como delegado em Caxias do Sul e ontem ele mandou uma mensagem para o nosso delegado regional: “Assisti a fala do vereador Bortola, e nós vamos aportar efetivo da Polícia Civil para contemplar a comunidade caxiense, porque eu sei da necessidade da comunidade caxiense. Eu já estive em Caxias do Sul, eu sei as condições da delegacia. Isso é um verdadeiro chefe de polícia, que ele não só foca, vereador Felipe, na região metropolitana de Porto Alegre; foca no interior do estado, foca na segunda maior cidade do Estado do Rio Grande do Sul, na primeira maior cidade do estado em interior. Esse tipo de pessoa que nós temos que valorizar, essa vontade de querer ver não só Porto Alegre bem, mas todos os demais municípios do Estado do Rio Grande do Sul. Como eu falei ontem aqui. E aí, vereador Lucas, nós vamos conseguir pelo menos uma parte com esse efetivo maior vindo para Caxias, resolver um pouco dos problemas que nós temos na Polícia Civil, que é principalmente a falta de efetivo. Aportando um bom número, com certeza a população caxiense vai ter agilidade no atendimento para registro de ocorrência na delegacia, no plantão. Com certeza a população caxiense e os órgãos de segurança pública também, quando conduzem um cidadão que cometeu delito, cometeu crime na rua, vai ter agilidade no plantão. Os delegados das delegacias especializadas vão dar celeridade no trabalho para dar a resposta necessária e efetiva para a comunidade caxiense. Então a gente traz todo esse contexto do dia de ontem e vários outros delegados, inclusive da região metropolitana, parabenizaram. Eu não sei como se estendeu tanto o vídeo que a gente fez da fala de ontem, mas fico feliz. Fico feliz porque estão atentos ao discurso desta Casa Legislativa, estão atentos às necessidades da população caxiense e sabem que, em termos de segurança pública... Inclusive pelo menos de janeiro, que teve um alto índice de homicídios. Comparado à redução que vinha acontecendo no nosso município tanto em 2021 quanto em 2022, em janeiro aumentou e muito. Então é isso que nós gostaríamos de trazer, são esses avanços e é essa a importância de também... E a gente sabe que a vereadora Marisol tem uma ligação muito forte com o governo do estado e é isso que nós vereadores temos que fazer também. (Esgotado o tempo regimental.) Não é porque nós somos vereadores que nós não podemos e devemos cobrar do governo estadual. E graças ao bom Deus, o governo estadual, em diversos outros termos e outros assuntos, está tendo olhos para Caxias do Sul e região. Mas ontem... E só para concluir, presidente. Ontem também estava escutando a Rádio Spaço, do nosso querido amigo Rogério. O pessoal do MobiCaxias estava lá falando exatamente o assunto que a gente falou aqui ontem. E tem que reverberar essa cobrança, que é o cercamento eletrônico, que são as operações conjuntas, porque Farroupilha tem cercamento eletrônico.
PRESIDENTE OLMIR CADORE (PSDB): Para concluir, vereador.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Já estou concluindo. Só um pouquinho, vereador Cadore. Entendeu? Então tem que reverberar. Farroupilha, Flores da Cunha, até Vacaria tem. Tenho um monte de parentes lá. Até Vacaria, por que Caxias do Sul ainda não tem? Então vamos continuar cobrando cercamento eletrônico no Município de Caxias do Sul. Obrigado, presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Bom dia, então, a quem nos acompanha. Quero saudar aqui a vinda do vereador Lucas Diel. Desejo-te um bom trabalho. Uma árdua tarefa aí pela frente, não é? E também o meu colega, que assumiu ontem comigo, vereador Zanchin. Nós temos vários debates para fazer e eu acho que isso é importante para a cidade. Nós temos soluções a serem resolvidas, mas também nós precisamos fazer o debate ideológico aqui. Eu acho importante, porque isso permeia as nossas ações no dia a dia. Eu tinha me inscrito para conversar um pouco também com o vereador Zanchin a respeito dessa palavra “atrair”, porque eu acredito o mesmo. Tem que ser esta a palavra da nossa cidade. Mas tem que ver como nós podemos e o que nós vamos atrair, porque daí aqui eu me somo ao vereador Bortola, que me antecedeu: nós precisamos de uma cidade segura. Nós precisamos de uma cidade segura para a população, para as mulheres, que não se resolve só com policiamento ostensivo. Nós precisamos investimento no turismo, mas não só para as grandes ou médias empresas, que precisa também. Nós precisamos resgatar aquele turismo rural, que dá muito para a nossa economia e que já foi muito efetivo na nossa cidade. Teve uma época que eu participei da rede urbal de turismo rural e eu lembro, tinham casas caindo aos pedaços lá na 3ª Légua, na região de Criúva. E essas pessoas foram para a Itália aprender sobre o turismo rural para  os pequenos trabalhadores da área rural e começaram a resgatar suas casas, preservar suas casas e aí aumentar a economia da cidade. Nós precisamos atrair através da educação, as pessoas; da limpeza e da preservação da cidade. Porque, eu também não conheço tantos países assim, mas eu conheço a nossa cidade, vereador Lucas Caregnato. Agora tem que dizer o sobrenome, não é? Não é só o Reolon, não é o Panazzolo, o Exposição. Outro dia eu falava com um médico, ele me disse: “Eu moro no Exposição, em uma área nobre, e não dá mais para caminhar nas ruas, porque são buracos, são árvores nascendo no meio da calçada, mato.”. Nós víamos isso. É o Rio Branco, é aqui o Panazzolo. A nossa cidade está abandonada. Então nós precisamos atrair pessoas, mas nós precisamos ver em quem nós vamos investir. No pequeno agricultor, no artesão, naquele que às vezes vai lá à praça vender. Os camelôs precisam também de renda. Então acho que essa discussão da economia é uma discussão que nós vamos muito fazer aqui, porque ela permeia o que nós vamos fazer na área da educação, ela permeia o que nós vamos fazer de investimento na saúde, como nós vamos trabalhar no cotidiano dos nossos cidadãos e cidadãs brasileiras. Mas eu também quero dizer que, como ontem se falou de que cidade nós estamos falando aqui, quando o prefeito veio aqui falar dela, eu também vou ter que perguntar de que país nós estamos falando, quando o vereador Fantinel...
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereadora.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Já te dou. Quando o vereador Fantinel vem aqui falar novamente mentiras. Ele desafiou a gente que viesse aqui desmentir, e eu desminto. Eu acho uma pena, porque eu não tenho problema algum. Eu tenho 40 anos, neste mês de janeiro, de filiada ao meu partido, e eu não tenho problema algum de debater com qualquer pessoa com posição diferente. Isso faz parte da democracia, é saudável. Mas vamos debater em cima de fatos concretos. É mentira, é mentira que foi dado cinco milhões para uma bailarina ou dançarina. Não lembro o termo que ele usou. Claudia Raia. Esse valor é permitido que ela faça a captação de recursos. Não é só... Ela vai captar recursos com empresas que vão financiar seus projetos. Esse projeto dela não é para ela. A cadeia cultural do país é uma das maiores cadeias produtivas de empregos neste país. Porque na frente de um espetáculo tem gente que faz a limpeza, a rede de figurino, de elétrica. São milhares de trabalhadores investidos na economia cultural de um país. Segundo, qualquer projeto... Alceu Valença também ganhou três milhões agora. Ninguém embolsa esse dinheiro. É a possibilidade de captar esse dinheiro com empresários. Tem que ter uma contrapartida. Essa contrapartida da Claudia Raia, por exemplo, ela vai dar cursos de teatro e dança, de 40 horas, para mais de mil estudantes da rede pública, de escolas e universidades do país. Mil pessoas que terão a oportunidade de estudar dança e teatro sem pagar. Pessoas essas que não teriam essa condição. Então vamos começar a falar a verdade. E, sim, aqueles atos de 8 de janeiro foram terroristas, foram ilegais, foi um absurdo o que foi feito. E eu não estou só de queimar, de destruir, que aí são várias coisas. Eu estou falando, e aqui eu falo até com advogada, do mote daqueles atos. O mesmo aqui na frente do quartel. O mote era pedir uma intervenção do Exército.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Uma Declaração de Líder do PTB, senhor presidente. 
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): E uma intervenção do Exército, numa democracia, é o fechamento dos três Poderes e o Exército acima de todos os outros Poderes. Isso não é, não faz parte da democracia. Não faz parte da democracia! Ninguém... O vereador Fantinel, e eu não ouvi nem a imprensa falar dos 180 médicos que o MST mandou lá para a reserva dos Yanomamis para ajudar naquela tragédia humanitária que está sendo vivida lá. 180 médicos criados no Movimento Sem Terra. Quem conhece a história do Movimento Sem Terra, sabe que a invasão ou, eu prefiro dizer ocupação, são de terras improdutivas, o governo federal... É uma pressão para que o governo federal desaproprie aquelas terras, pague o proprietário e, a partir daí, cobre para os pequenos trabalhadores morarem lá, e tem uma série de coisas para eles ficarem lá, tem obrigatoriedade das crianças estarem na escola, tem uma série de coisas que eu acho que, antes de fazer espaço, ocupar esse espaço tão importante e com tanto alcance, as pessoas têm que estudar e conhecer um pouquinho. Não dá, gente. Não dá para dizer que eram atos democráticos aqueles na frente do quartel, quando eu moro ali perto. Tinham carros andando na contramão. Eu, um dia, fui para casa, numa despedida da minha escola, entrei ali naquela rua do lado do quartel, e sorte que eu entrei mais à direita, não é, porque se eu tivesse fechado a minha curva, dois carros embandeirados com a bandeira do nosso país, que também faz parte do fascismo, não é, roubar os nossos símbolos, estavam na contramão. Uma terça-feira, 10h30 da noite. Tenho certeza de que, se tivesse batido e se eu descesse lá e fosse cobrar, custava... Se não demorasse se eu iria ouvir: cada um paga o seu e era isso. Eu liguei para o secretário de Trânsito naquela noite. As pessoas estacionadas na contramão. Então, é uma série de coisas que estavam sendo burladas, e que nós não podemos, enquanto poder público, aceitar ou nos omitir, porque, se não teve conivência, teve, no mínimo, omissão. Eu poderia falar de várias outras coisas, não é, várias outras coisas aqui que foram colocadas, mas acho que nós teremos tempo para isso. Quero te dar aparte. Desculpa, vereador Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereadora Rose, o povo vive uma paranoia coletiva, não é. Fake news... São novos tempos. Mas a fala do vereador Fantinel da questão dos índios: “Ah, porque os índios querem iPhone, porque eles não querem mais pescar, caçar.” Gente, nós estamos vivendo no Século XXI. Sabe, vereadora Rose, uns quatro anos atrás, e eu falei, vereador Zanchin, eu conheço o Brasil muito bem por fazer mochilão. Uma vez, eu peguei um barco de Belém e fui até Manaus. Fiquei cinco dias dormindo na rede, no Rio Amazonas, e conhecendo as pessoas, buscando alimentos, que vai as rabetinhas, as pessoa que estão no barco jogam alimento e jogam as roupas para aquelas pessoas que moram nas casas de palafita na beira do rio. Sabe, vereadora Rose, aquelas pessoas hoje têm rabeta para poder ir para a escola, porque não tinham e foi dado para elas para poderem estudar. Que bom que elas têm acesso à internet e ao computador, que elas não vivem na era primitiva. Nós vivemos numa Pátria onde o meu imposto tem que ser distribuído para todos aqueles que não têm condições; agora, enquanto uma mãe vê o seu filho passando fome, famílias passando fome e as pessoas dizerem: “Ah, porque é de outro país.” Mesmo que seja de outro país, mas se está no nosso país, ninguém tem o direito de passar fome. Todo mundo tem que ter, no mínimo, uma alimentação. E a gente trata isso com... Mas o que é isso? E os índios... Nem vai ter internet lá no meio da Amazônia. Então, é cada coisa que se cria, fatos, que eu acho que, às vezes, eu estou estou aqui num...
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Num outro país.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Num sanatório.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Obrigada, vereador. Obrigada.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Senhor presidente, senhoras vereadoras e senhores vereadores. Inicialmente, uma saudação especial aos três novos vereadores que fazem parte da Câmara, o vereador Lucas, a vereadora Rose, o vereador Zanchin. Eu vou seguir no seu tema, vereador Zanchin, que o vereador Rafael, que o vereador Rafael vem trabalhando há bastante tempo aqui na Casa. Que é com relação à Maesa e até a questão do turismo na cidade. Eu tenho certeza, vereador Rafael, que o senhor vai utilizar muito bem as Declarações de Líder do PDT este ano aqui na Casa. Vão ser importantes para a gente poder debater esses assuntos todos. Porque, vereador Zanchin, como é bom poder lhe ouvir propositivo e provocativo, entre aspas, porque é isso que a gente precisa até para nós termos mais força, não é, vereador Rafael? Para poder fazer com que a Maesa realmente pare de ser tratada como um prédio histórico importante para a cidade, que realmente se torne um prédio importante para a cidade. A gente viu a importância que o governo dá para o turismo na fala ontem aqui. Foram três segundos de citação sobre o turismo na fala, ontem CVC e marca da cidade. Se eu não estou equivocado, a gente pega o discurso aqui e pode... Está nos Anais. Isso é importante. Acho que os Anais são importantíssimos nesses períodos que a gente vem vivendo aí. Essa sua provocação também, vereador Rafael, e que eu lhe faço há alguns anos já de conhecer lugares, eu acredito que é extremamente importante para a gente poder dar o norte que a Maesa precisa, que parece que está tudo atirado para o ar e a gente não tem uma sequência lógica de atuação. É isso que passa para gente, essa dificuldade toda. Quando o vereador Zachin hoje fala em captar, nós temos diversos exemplos. Se nós pegarmos o que Porto Alegre vem fazendo nos últimos anos, e aí não é só esse último governo, são os outros governos que vieram fazendo. E a revitalização do Caes está sendo feita por etapas. Não tem condições de uma cidade fazer um investimento daquele de uma vez só. Assim como não tem condições de a cidade fazer um investimento na Maesa de uma vez só. Então que se mostre. Nós vamos investir na Maesa por etapas, que etapas serão? É isso que a gente quer saber, vereador Rafael. Quais são as etapas? Onde vai começar? Quando é que a Secretaria do Meio Ambiente vai entrar na Maesa? É uma etapa. Qual é a segunda etapa de investimento na Maesa? Então a importância da captação desse espaço do município, ele começou lá quando a gente conseguiu garantir mercado para cidade, essa foi a primeira captação, manter a Maesa de Caxias do Sul, não perdê-la, e foi ameaçada mais de uma vez inclusive. Eu não tenho qualquer dúvida de que a evolução da Maesa representa geração de emprego e renda para a cidade. Ela representa a preservação da cultura, a preservação da história. Forte atração turística, forte atração turística! Percebam as cidades que têm mercados públicos em atividade ou áreas revitalizadas, o quanto muda o clima na cidade. Não é só um local, não é só... É um envolvimento que gera na comunidade e nas pessoas que virão de outras cidades trazendo situações positivas para Caxias do Sul. Então é muito maior do que possa imaginar. E, quando a gente vê que a coisa não vai, que não sai do lugar, ou que a gente não consegue ficar sabendo é em cima de tudo isso que a gente se refere. Eu já comentei, vereador Rafael, já apresentei aqui inclusive, que eu acho que tem uma cidade que ela pode ser utilizada, como uma grande referência de nós visualizarmos o que acontece, que é Montevidéu. Montevidéu tem quatro mercados, construídos em prédios históricos recuperados, que é o mercado do Porto, que é o mercado Agrícola, que é o mercado da Abundância e que é o mercado Ferrando. São quatro pontos em Montevidéu que são prédios históricos. Um é uma antiga madeireira, a madeireira do Uruguai. O outro é um espaço que era do porto de 1902, se eu não me engano, e estão todos lá em funcionamento, em pleno funcionamento. Inclusive o mercado Agrícola, a última vez que estive lá, ele só aceitava empresas locais. Então eles beneficiavam a Cervejaria Artesanal do Uruguai, a Farmácia Uruguaia, a fruteira Uruguaia. Eram empresas do local que estavam instaladas lá dentro, valorizando tudo aquilo que acontece dentro da própria cidade, dando oportunidade. Só que nós temos um prédio grande aqui que dá para fazer tudo isso num lugar só. O mercado do Porto é só alimentação em Montevidéu. O mercado Agrícola são essas mini empresas. O mercado da Abundância faz apresentações culturais com alimentação. E aqui cabe tudo. Aqui cabe tudo isso. A gente pode ir a Porto Alegre ver como é que foi a recuperação do mercado público em Porto Alegre depois do incêndio, e está lá. É aqui do lado, 115 km. Tem em Pelotas, tem em Salvador, tem em Fortaleza, tem em São Paulo, tem em Barcelona, tem em Madrid, tem em Amsterdam, que tem o mercado das flores. Então formas de visualizar e entender como funciona, tem milhares. Na minha visão, neste momento, basta ter vontade política. A construção, obviamente, tem que ser coletiva. E eu acredito que a gente pode evoluir muito nisso. Pode evoluir e não só centralizado no mercado público, na Maesa. Nós estamos esperando a vinda do Cidade Jardim para debater aqui. Eu espero agora que com o vereador Daneluz lá, esse processo ganhe força e que a gente possa votar. E é o que eu disse: vamos votar por etapas. Se está com problema na questão das águas, vamos votar a outra parte do projeto que tem pessoas querendo investir em Ana Rech. Tem empresa querendo investir em Ana Rech. O Passo do Vinho, pelo que eu sei, está na Casa já. O prefeito comentou aqui da vinda de um dos projetos que vieram para a casa é do Passo do Vinho, que era a única cidade que não estava atuando era Caxias do Sul. Farroupilha estava fora e já está dentro. Então eu acho que são situações. Mas eu aceitei, vereador Zanchin e vereador Rafael, porque eu acho que nós temos que dar mais visibilidade para isso. O senhor, vereador Rafael, como presidente da Frente da Maesa, vai ter um papel fundamental em utilizar o seu espaço aqui, o do partido que tanto defendeu a Maesa até hoje. Para mostrar, o quanto isso precisa evoluir, o quanto a gente pode ganhar como cidade e quando a gente pode ser polo atrativo de outros investimentos, através desse mercado em funcionamento, por etapas. O que circula já na Maesa, nós temos cervejarias próximas que funcionam, que estão a pleno vapor. Nós temos a Feira da Maesa que já está funcionando, nós temos as visitações e as pessoas já estão entendendo a importância de recuperar o prédio. Agora nós precisamos ter efetividade, e colocar em prática essa captação. E eu entendo a sua forma de falar captação, vereador Zanchin, que ela não é só de atração de empresas ou de recursos, mas a captação é das pessoas. Nós temos que humanizar a cidade. A cidade precisa ser humanizada e investimentos como esse humanizam e transformam as cidades. Peguem o que era Buenos Aires antes da reforma do Porto Madeiro. Peguem o que está ficando Porto Alegre agora com a revitalização do Cais e nós poderíamos abrir outras possibilidades aí de Santiago no Chile, enfim. Até no Paraguai nós temos bons exemplos do que pode ser visualizado e o que pode ser utilizado por aqui, mas, como sugestão, eu volto a reforçar, eu acredito que em Montevidéu, nós temos tudo aquilo que a gente precisa ver. Não estou aqui falando da forma de gestão, da forma de gerir o processo ou da forma de atuação da comunidade dentro dos espaços. Mas Montevidéu é uma cidade que tem nesses quatro e ainda de quebra nós teremos algumas feiras para poder conhecer Montevidéu, que é a feira lá do Parque Rodó ou a Feira de Tristán Narvaja, que são espaços que a comunidade está lá todos os finais de semana, se utilizando desses espaços e fazendo convivência. Então fica aqui a minha humilde colaboração para que a gente possa, quem sabe em 2023, evoluir e fazer andar de verdade a preservação desse prédio histórico, o resgate desse espaço cultural e o incentivo de verdade ao turismo. Obrigado, senhor presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Bom dia, senhor presidente, senhoras e senhores vereadores. Obrigado, meu líder, vereador Velocino, pela cedência do espaço de líder da bancada do PTB. Não pude acompanhar muito a fala do vereador Zanchin, mas conversando aqui com a minha colega Marisol ela me passou um pouquinho. Fico feliz, vereador Zanchin, que volta à Casa um vereador que pensa no empreendedorismo, que pensa onde tudo começa, onde tudo se inicia para uma vida melhor, para uma posição melhor de vida na sociedade das pessoas. Quando infelizmente eu aqui, escutando atento, e vejo a vereadora Rose vir até esta tribuna e se preocupar com a Claudia Raia, que ganhou R$ 5 milhões, e vem me dizer que ela vai dar contrapartida, e aí vem falar do terrorismo, eu gostaria, vereadora Rose, já que a senhora é vereadora e parlamentar desta Casa e tem que estar atenta quando fala de um assunto, que estivesse preocupada com aqueles, do que eu sei hoje, 87 veículos, ônibus que estão aprendidos e que esses empresários não podem trabalhar. Esses empresários que hoje estão com esses ônibus... Eu estou num dos grupos, vereador Zanchin, desse pessoal que são empresários limpos, não têm nada com aquilo que aconteceu, não devem nada para ninguém, muito menos para esse ditador que está aí ditando as regras e fazendo o que quer. Eu gostaria que ele fosse responsabilizado, sim, porque ele está quebrando empresas de famílias, que foram construídas lá atrás, com os esforços. Tem gente lá, vereador Fiuza, com ônibus preso que vale um milhão e 400, R$ 1,5 milhões. Mas não ganhou do governo. Ele pagou para isso, ele trabalhou, foi suor de anos e anos, desde os seus filhos, seus netos, que estão agora assumindo as empresas e que, infelizmente... Como eu respeito muito a imprensa... Tentou desde o início me colar nessa situação, mas não levou. Eu tentei ficar quieto. Eu tentei não vir até a tribuna levar essa situação que eu passei. Eu sou proprietário e um dos acionistas de uma empresa aqui de Caxias que está sofrendo a mesma coisa. Eu poderia trazer aqui cinco famílias que dependem dessa empresa, que estão arrasados neste momento e que sequer mais querem empreender. Querem desistir pela vergonha que passaram. Eu sou vereador, aguento, como se diz, aguento no osso. Aguentei a vergonha que fizeram comigo no início do ano. E não estou falando da imprensa de Caxias, porque vocês sabem muito bem onde leram, que foi a imprensa do meio do país. A vergonha. Por que eu não posso? Eu não posso ser empreendedor? Eu não posso votar no candidato Bolsonaro? Eu respeito, eu perdi a eleição e respeitei. Eu fiz um trabalho de relação comercial entre empresa e cliente, onde o cliente pagou, foi justo, pagou com a sua... com o que se faz, que foi um contrato de relação comercial. A gente fez o nosso dever e, mesmo assim, hoje, sem papel nenhum, sem documento nenhum, não posso afirmar aqui, porque obviamente a gente não tem provas, mas a gente ouviu, só que eu não posso afirmar, maioria ou uma grande parte dos policiais rodoviários federais que fizeram a apreensão desses veículos disseram “nós nem sabemos o que estamos fazendo”. Olha só. A autoridade não sabia, porque ele não tinha sequer um documento. Eles estavam, bem da verdade, hoje, roubando o ônibus dessas pessoas. Por que cadê o documento? Está preso por quê? O ônibus quebrou a vidraça? Gente, eu faço locação de veículos todos os finais de semana, porque é meu ganha-pão e tenho o maior orgulho de ter há 10 anos essa empresa. Agora, eu levo um pessoal a Porto Alegre, no sábado, vão lá para uma formatura. Porque a gente faz por demais esse tipo de trabalho. Aí acontece infeliz, lá dentro, uma briga que seja, não vamos nem dizer uma morte, vamos dizer que aconteceu uma briga, chegou a polícia: “não, culpado é o cara que trouxe”. Mas da onde? Cada um responde com o seu CPF, e não é trabalho meu de saber se aquelas pessoas foram lá e bagunçaram e fizeram tudo aquilo, ou se não fizer e são realmente inocentes. Não é trabalho meu. É trabalho do Seu Alexandre de Moraes, que vá fazer o seu trabalho, mas que não prejudique essas empresas, que hoje estão... Quantos dias? Foi dia 8, daqui a pouquinho vai fechar 30 dias. Sabe o que é ficar 30 dias com um veículo de um milhão e meio de reais parado, com prestações altíssimas, o banco batendo na tua porta? O que é que vão fazer? Vão recolher os ônibus? Recolhe, então. Acabe de uma vez com... Eu não sei, eu não tenho o número exato, mas deve chegar a mais de 100 empresas. Mas então acaba, acaba. Aí vai empreender ele. Ele que compre ônibus, que bote os funcionários trabalhar, que sustente essas famílias que dependem desses veículos, que é um trabalho honesto, um trabalho de respeito, um trabalho que eu me orgulho muito de quando eu não estava aqui talvez na Casa, quando eu não estava com certeza, mas quando a gente, às vezes, sai do nosso horário de trabalho, por diversas vezes, tenho o maior orgulho de levar essas pessoas ou para um aeroporto, ou para uma formatura. É um trabalho honesto, digno, de respeito. O seu aparte, vereador Zanchin.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Vereador, eu só gostaria de reforçar. Eu sugeriria que todos que gostam de ler, leiam o livro A Revolta de Atlas, de Ayn Rand, que está hoje entre o quarto ou quinto livro mais vendido nos Estados Unidos. A Revolta de Atlas é quando todos os empresários cansados, desistem. Ayn Rand escreveu isso, e acontece nessa ficção, e o que eu temo muito é de tanto trancar o empresário, o empreendedor... E nesse livro, os empresários desistem, cansam. E, na ficção que ela escreve, some uma Rondon, não tem mais; some uma Marcopolo, some uma Ford. Os empresários vendem ou fecham e vão pescar no Caribe, vão fazer outra coisa, e aí não tem a empresa “A”, não tem a empresa “B”, não tem a empresa “C” e ocorre que depois, uma série de pessoas, não têm emprego, porque não tem o quê? Empresários.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Empresários.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Então, quando a gente fala aqui de pobreza, é tirar as pessoas da pobreza. Claro que tem que dar assistência, é claro que tem que ajudar, mas fazer com que a mudança seja de tirar essas pessoas daí. E como é que se tira essas daí? Qual é o maior programa social do mundo? É renda e emprego. Então, quem tiver gosto pela leitura, só que o livro é muito grande, viu? São três livros em uma... Ou procure conhecer o que é Revolta de Atlas. Isso aconteceu saber aonde, vereador? Na Venezuela. Não tem empresário mais lá.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, vereador Zanchin. Eu queria aqui, meu colega vereador Velocino, me sensibilizar com esses empresários por todo o nosso país, aqui de Caxias é a nossa empresa, que é o que eu tenho de conhecimento, de Garibaldi é uma empresa também, olha, da melhor qualidade, enfim, que está sofrendo a mesma situação, e todos esses outros empresários país afora que, infelizmente, estão sendo injustiçados, estão com os seus bens lá. Você imagina o seu bem lá preso, sem tu poder trabalhar, sem tu poder, sabe, levar o teu ganha-pão para casa. Sabe, é uma vergonha. Então, eu me sensibilizo aqui a todos os empresários deste país e que o Judiciário, por favor, por favor, vamos analisar urgente a situação desses empresários e liberar esses veículos para essas pessoas poderem trabalhar, porque elas não têm relação nenhuma com aqueles ataques ou com aquelas manifestações que aconteceram em Brasília. Elas não têm. Elas simplesmente fizeram uma relação comercial. Por favor! Olha, vereador Scalco, eu fico preocupado, porque, sabe, a gente se preocupa aqui muito com a saúde das pessoas e isso está afetando a saúde das pessoas, a casa das pessoas, a mentalidade das pessoas, e podem fazer uma besteira. E aí quem é que vai trazer essa vida de volta? Gente, é séria a situação. É séria. Então, gostaria aqui de deixar o meu desabafo. A gente sofreu muito. A gente é simplesmente um empresário neste país, mas que, infelizmente, não temos mais comando e nem temos mais, vamos dizer assim, a propriedade. Não temos mais. Eles que decidem, eles que sabem e a hora que eles quiserem. Por favor, vamos avaliar. Eu respeito muito o Judiciário, mas que nos ajudem neste momento para que não tenha nenhum tipo de prejuízos a mais do que a gente já está sofrendo. Empresários, vamos acreditar na justiça e que a justiça seja feita o quanto antes, por favor. Obrigado, senhor presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Bom, eu não vou não vou entrar aqui nesse debate, porque são cinco minutos, vereador Bressan. Mas quero dizer que eu acho que eu acredito no devido processo legal. Assim como teve na história, no dia a dia aqui da nossa cidade, inclusive, muitos presos, muitas pessoas de forma ilegal, respondendo processo, isso vai ser tudo resolvido. Agora se a sua empresa foi justificada e tal, isso aí vai ser resolvido. Agora, tem empresas de um milhão de reais que cobraram R$ 200,00 para as pessoas irem, para transportar aquelas pessoas. Sim. Isso tem que ser investigado. Eu concordo. Acho que foi comprovada a sua situação, mas quem estava lá sendo conivente, omisso ou fazendo crime, são criminosos e vão ter que responder por isso, não é? Eu quero aproveitar aqui para me somar aos esforços que o vereador Felipe e o vereador Rafael estão fazendo nessa questão da Maesa, é uma coisa muito importante e nós vamos juntos fazer essa luta para atrair as pessoas das nossas cidades. Em relação aos índios, eu não vou me manifestar também porque o Rafael já se manifestou. Realmente, ele fez a minha fala, mas eu, como professora de História, eu digo para as professoras, Marisol, inclusive dos pequenininhos, não precisa no Dia do Índio, que são povos indígenas vestir as crianças, pintar de sainha e achar que indígena é só aquele que mora em oca e na toca e usa cocar. O povo indígena está do nosso lado e ele tem que ter direito a todos os benefícios que a nossa sociedade tem.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereadora.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Tu queres um aparte, vereador? Eu vou te dar porque senão eu vou...
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Sim, porque não vai dar tempo. Eu quero aproveitar, vereador Rose, porque o seu colega Lucas Caregnato citou o PDT, citou o vereador Lucas, quando ele estava na posse, estava na posse e eu, enquanto líder do PDT, da bancada do PDT, e o Lucas, que foi anunciado ontem na tarde pelo prefeito Adiló como líder do governo Adiló, nós recebemos uma nota, a bancada, da presidente do partido, eu fui oficializado no dia 2 de fevereiro, hoje. E era um ofício que já tinha, onde então a presidenta cumprimentou a gente e solicita uma reunião com os vereadores da bancada do PDT sobre questão de equívocos ou ruídos de comunicação dentro da bancada. Então nós teremos uma reunião para tratar segunda-feira desse tema. Sobre a questão do PDT, vereador Lucas, que o senhor falou. Eu não sou advogado até porque o vereador Lucas Diel ele é advogado. Mas também da mesma forma o PDT foi convidado, como muitos outros partidos, para compor a base do Adiló, como PSB, PP, todos os partidos que não compõem e foram convidados. No dia 12 de janeiro, o PDT emitiu uma nota, nota de esclarecimento, e me permite, vereadora:
 
O PDT de Caxias do Sul vem a público esclarecer que não estará na base do Governo Municipal de Caxias do Sul, embora as lideranças partidárias tenham sido convidadas e participado de uma reunião com prefeito municipal Adiló Didomenico. O PDT agradeceu e declinou do convite para compor o governo.
Esclarece também que eventuais cargos que sejam ocupados por filiados ao PDT/Caxias do Sul são da cota pessoal do prefeito, não configurando que o PDT/Caxias integra a base do Governo.
 
(Texto fornecido pelo orador.)
 
Uma nota assinada pela Cecília. Então posteriormente a essa convocação que o prefeito fez ao Lucas Diel, o PDT se reunirá para tomar as definições possíveis. Então eu não posso falar em nome do Lucas, que ele assumiu essa responsabilidade junto ao prefeito Adiló, mas o partido irá conversar. Inclusive a questão do vereador Daneluz que assumiu um importante cargo na prefeitura sobre o destino dele por causa das possíveis punições, enfim. Mas não serei eu que vou fazer, porque eu não sou presidente do partido, e nem componho a executiva provisória do PDT. Obrigado, vereadora.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Agradeço também o aparte e quero me solidarizar inclusive com a minha amiga Cecília, que é uma companheira de luta no movimento de mulheres. A gente tem muitas pautas em comum e vamos seguir, com certeza, lutando e fazendo a oposição consciente e responsável a esse governo. Muito obrigada.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, senhor presidente. Vou pegar esse cinco minutinhos aqui justamente, vereadora Rose, só para esclarecer, e eu sei que aqui a gente se entende. Conversando e com diálogo a gente sempre se entende. O que eu quero dizer, vereadora Rose, é que, se houve e se está havendo empresários que estão envolvidos, eu sempre digo uma coisa: cada um tem o seu CNPJ e cada um tem o seu CPF. Agora, já foram, vereadora Rose, investigadas as empresas, já foram, vereador Rose, quebrados os sigilos bancários das empresas. E também o que aconteceu? As empresas que não estão envolvidas já foram declaradas que não estão. Estão segurando os ônibus por quê? Essa é a pergunta. E quando a senhora diz, e eu sei que a senhora é advogada, é do meio jurídico, e a senhora diz: “Mas vai ser resolvido”. Com certeza vai ser resolvido, vereadora Rose. Só que, quem é empresário e quem tem a coragem de ter um CNPJ neste país, ele não pode esperar, vereador Fiuza e vereador Velocino, sequer uma hora ou um dia, porque ele está correndo os riscos de perder o seu patrimônio hora após hora, minuto após minutos, porque ele depende disso, vereador Rafael. Ele depende disso. E a prestação, ela não espera, porque os juros de um dia, de meia hora, de duas horas é o mesmo. Não pagou no dia? Ele vem e a paulada é grande. E, assim, se continuar desse jeito, o judiciário lá, eu acho que vai botar uma frota de ônibus, e aí eles que vão empreender e vão saber o que é bom. O seu aparte, vereador Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Bressan, o senhor que é presidente e presidente neste ano a Comissão de Educação e foi um tema levantado hoje por quase uma hora da sessão, e eu não consegui falar justamente pela fala...
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um aparte, vereador, se possível.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Que eu já tinha me preparado. Mas o que é que acontece? Hoje, a secretária veio ali, fez toda uma explanação e ontem, na reunião com o prefeito, eu disse o seguinte: espero que este ano letivo inicie sem nenhuma criança na lista de esperas. E o senhor também foi taxativo para a gente fazer um grande mutirão para aquelas mães que estão ficando embaixo de sol para tentar conversar com a Central de Matrículas. Vereador, o presidente da comissão no ano passado foi o vereador Wagner Petrini. A secretária veio aqui na Câmara e prometeu que em novembro iria iniciar as matrículas, rematrículas e a gente teria o ano letivo iniciado sem esse gargalo. Não é o que a gente está observando. Crianças que moram lá em Galópolis conseguem vaga lá em Ana Rech, uma que mora no Rizzo... (Manifestação de um vereador sem uso do microfone.) Outra consegue aqui no Cristo Redentor. Então está tudo errado o sistema. Então, vereador, nós precisamos fazer um grande mutirão para que essas crianças consigam, o mais próximo da sua casa, estudar. E que nenhuma criança, porque nós ficamos em junho do ano passado com mil crianças fora da escola. Nós não podemos admitir que uma criança fique sem estudar. Obrigado, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Vereador, antes de passar aqui, só para complementar. É exatamente. Vereador Rafael, a gente estava naquela reunião juntos. Quando a gente dá boas ideias, tem que ser acatado. Nós estamos aqui para ajudar. Eu acho que dei uma boa ideia: puxa lá sete, oito, 10 CCs e ajuda na hora da matrícula, da rematrícula, da transferência; e o senhor deu aquela outra ideia de ir nas escolas para poder ver quantos alunos teria cada sala de aula para nós podermos corrigir essa situação. O seu aparte, vereador Lucas.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Bressan. O senhor sabe que a gente está junto em várias questões trabalhando e pensando. Componho a Comissão de Educação pelo terceiro ano e quero lhe dizer que é um acinte novamente nós vivenciarmos a crônica, na metáfora, de uma morte anunciada. A crônica de uma morte anunciada. A secretária apresentou aqui. Nós falamos... Pensem no seguinte: uma criança que mora no burguinho, ali na frente do finado Recreio Guarany, a vaga é disponibilizada na escola do Desvio Rizzo. Ela vai ter que subir até o Luciano Corsetti para pegar um ônibus, que vai ser pago e vai para o Rizzo. Mas aí eu pergunto, vereador Muleke: a escola do Rizzo já vai ter que dar conta da demanda de todo o Rizzo, que é estrangulada. Então quem está fazendo esses roteiros não conhece a cidade, é irresponsável e não dialoga. Por fim, vereador Rafael, eu quero lhe dizer que o governo Adiló é o governo do Apartheid. O  governo Adiló é o do Apartheid, porque, se vocês têm essas reuniões que alguns vereadores são convidados, ouçam a oposição, convidem os demais vereadores. Eu não estou me referido ao senhor, não é, estou me referindo ao prefeito, porque isso nós conversamos. Eu e o vereador Bressan, eu como presidente da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, e o vereador Bressan, como presidente da Comissão de Educação, vamos fazer uma reunião pública mais uma vez com a secretária, a coordenadora da 4ª CRE, para que nos expliquem o inexplicável; e quem sofre é o povo, mais uma vez.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado. Era isso, senhor presidente.
Parla Vox Taquigrafia
Ir para o topo