VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, senhor presidente. Fiz um voto de pesar ao nosso amigo e companheiro Carlos Farias conhecido, praticamente por toda cidade, como Carlão do Diamantino. Foi uma pessoa que trabalhou por anos na Brigada Militar de Caxias do Sul e depois veio, nessa última campanha, integrar os nossos quadros de companheiro de luta, de batalha. Esteve conosco também cuidando do nosso comitê, enquanto a gente estava em campanha ele estava sempre junto conosco e mais uma pessoa que infelizmente perdemos para essa doença que a cada dia vem agravando e a gente acaba tendo que fazer aqui, quase todos os dias, um voto de pesar que não é o objetivo, mas queremos nos solidarizar a toda família do Carlos, do Carlão, nosso amigo, como era conhecido, Carlão do Diamantino, uma pessoa do bem, uma pessoa participativa, ativa da comunidade e são pessoas do bem que infelizmente a cada dia a gente... (falha no microfone) aqui na Câmara em falecimento. Então solidariedade a toda família. Seu aparte, vereador Xuxa.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Obrigado a todos os vereadores, presidente, obrigado vereador Bressan. Me pega de surpresa esse voto de pesar que você está fazendo, não sabia da morte do Carlão. Um grande amigo da gente, se tornou quase da família da gente e me ajudou tanto agora nessa luta passada das nossas eleições, trabalhou com a gente no comitê e o Carlão sempre foi prestativo à comunidade dele, do Bairro Diamantino, onde ele tinha um local e cuidava de umas crianças, fazia janta para poder se manter ali. Então também me junto ao senhor nesse voto de pesar desse grande amigo, o Carlão. Obrigado.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (MDB): Isso aí, Xuxa, ele era uma pessoa que ali no Diamantino era muito conhecido, que ele tinha, bem na entrada, um restaurante, um barzinho, enfim, onde ele fazia os seus eventos, as suas jantas. Ele era um cara apaixonado por isso, era fazer feijoada e janta para os amigos. Então é uma tristeza porque a gente sabe que muitas pessoas que frequentavam ali eram companheiros e amigos dele. Seu aparte, vereador Cadore.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Na verdade eu também fui pego de surpresa pela notícia. Eu tinha uma amizade muito grande com ele, de longa data e nesse período de campanha ele fez um trabalho muito importante no nosso comitê. Era uma pessoa de bem, era uma pessoa muito querida, muito envolvido na política, sempre, sempre teve uma atividade muito intensa em todas as campanhas em todas as campanhas nós últimos 20 anos, com certeza. Mas ele prestava um serviço muito grande no bairro, ele tinha realmente um trabalho social importante e, nos últimos dias, ele me convidou para algumas jantas também. Eu, por razões da pandemia e outras, recusei o convite. Quero me solidarizar à família também, porque esse momento realmente é um momento difícil, e mais uma vítima da pandemia. Obrigado pelo aparte.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, vereador Cadore. É isso, senhor presidente. A gente é solidário aqui à família, aos amigos. Dizer que não é o que a gente gostaria de estar fazendo no momento, mas, infelizmente, todos os dias a gente vai perdendo um conhecido, um amigo ou alguém próximo para essa pandemia, que a gente espera que esteja chegando ao final a cada dia. A gente só aguarda que... Obrigado, senhor presidente, senhoras e senhores vereadores.
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VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Queria fazer um voto de pesar aqui a uma colega professora. Trabalhamos juntos na Faculdade Anhanguera. Ela trabalhou na Central de Matrículas aqui em Caxias também. A professora Jocemara Trevisan, que fez a passagem ontem. Então, queria aqui me solidarizar a família, ao filho, enfim, aos familiares, aos amigos. Tão jovem que deixa um legado de amor pela educação, de compromisso pela escola, enfim. Está posto aqui esse voto de pesar. Força e coragem para a família. Obrigado, senhor presidente.
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VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Senhor presidente e demais vereadores, bom dia. Também tenho muitos votos de pesar para fazer, mas não vou fazer voto de pesar para que nós não venhamos a entristecer mais ainda com essa pandemia, que eu sei que não é fácil essa pandemia. Eu passei por isso aí, por esse vírus. Hoje, vou fazer um voto de congratulações. Quero parabenizar essas pessoas que trabalham na técnica aqui da Câmara de Vereadores. Hoje, bem cedinho, era 8 horas e eles já estavam trabalhando, talvez mais cedo ainda, mas já deu para nós visualizarmos ele trabalhando às 8 horas. Quero enviar o meu abraço e o meu carinho a todo esse pessoal que, de forma... Que, de remoto, estão trabalhando para nos deixar trabalhando dessa maneira via vídeos. A vocês, muito obrigado a todos. Que Deus proteja vocês, que sempre estão fazendo um trabalho tão bom o pessoal da Câmara e toda a direção. Obrigado, pessoal. Obrigado, presidente.
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VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Bom dia a todas as pessoas que estão nos acompanhando neste momento. Hoje, senhor presidente, utilizo este espaço do Grande Expediente para abordar alguns assuntos. Entre eles, quero destacar que estamos na Semana Municipal de Conscientização da Síndrome de Down. Semana essa que se tornou lei há cerca de dois anos, através da proposição de nossa autoria. No ano passado, nesse mesmo período, recebemos, aqui na Casa, o mascote da comunidade Down de Caxias, acompanhado dos integrantes da instituição, que utilizaram a Tribuna Livre para convidar todos os vereadores e a comunidade caxiense para participarem das atividades que estavam sendo propostas na época. Este ano, diante do agravamento da pandemia, infelizmente não conseguimos proporcionar esse momento. Nesse sentido é que estamos utilizando este tempo para destacar os avanços e as ações desse importante segmento da nossa comunidade. No ano de 2017, apresentamos também o PLC nº 578/2019, que acrescenta artigos no Código de Posturas do Município e obriga os hospitais de Caxias do Sul a registrarem, comunicarem o nascimento de bebês com síndrome de Down à instituição, entidades e associações especializadas no atendimento a pessoas com deficiência. O propósito é garantir o apoio, acompanhamento e intervenção com profissionais capacitados, com vistas à estimulação precoce; permitir o amparo aos pais e garantir o atendimento por intermédio de aconselhamento genético para ajudar a criança com Down e sua família; impedir o diagnóstico tardio; afastar o estímulo tardio, assegurando mais influências positivas no desempenho e no potencial nos primeiros anos de vida; garantir condições reais à socialização, inclusão e inserção social, gerando oportunidades. Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos colegas da legislatura passada, que aprovaram esse projeto por unanimidade, bem como ao Poder Executivo Municipal pela sanção do mesmo. Dessa forma, desde 2019, temos a presente legislação em vigência no nosso município, que se tornou um projeto modelo para inúmeras cidades brasileiras, justamente pela necessidade que temos de acompanhar e propor políticas públicas para todas as famílias que convivem com a síndrome de Down. Recentemente, solicitamos a adequação do Plano Municipal de Vacinação contra a covid-19 para que as pessoas com síndrome de Down estivessem inseridas no grupo prioritário de imunização, conforme o que preconiza o Plano Nacional de Vacinação. Nesse sentido, queremos agradecer à secretária da Saúde, Daniele Meneguzzi, e ao diretor jurídico da pasta, Mário Taddeucci, que imediatamente fizeram a correção e inseriram essas pessoas no grupo prioritário. Ficamos extremamente felizes em poder atuar e defender essa causa deste o primeiro dia que tivemos a oportunidade de estarmos aqui, pois entendemos que o Poder Público necessita atuar diretamente no acompanhamento e desenvolvimento dessas pessoas, a fim de inseri-las na sociedade como indivíduos capazes e autossuficientes. Quero compartilhar com os colegas vereadores, já que no último domingo, dia 21 de março, foi o dia internacional da síndrome de Down, a entrevista realizada pelo jornal Zero Hora, na semana passada, da primeira vereadora com síndrome de Down no Brasil, que felizmente é daqui do Rio Grande do Sul. Uma jovem fisioterapeuta e dedicada a combater o preconceito. Quem é a primeira vereadora com síndrome de Down no Brasil? A fisioterapeuta é Luana Rolim de Moura, tem 26 anos, e repete uma frase da qual se diz autora: “Não subi pelo elevador, e sim pelas escadas”.
 
A gaúcha fez história na política nesta semana. Com a licença do titular por problemas de saúde, foi empossada vereadora em Santo Ângelo, nas Missões, e se tornou a primeira pessoa com síndrome de Down a ocupar cadeira em um legislativo municipal. O ineditismo é confirmado pela União dos Vereadores do Brasil (UVB) e pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down.
A jovem teve 633 votos em 2020 e ficou na suplência. Apesar de votação maior do que a de alguns eleitos, não ganhou a vaga devido ao quociente eleitoral do seu partido, o PP.
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Em entrevista a GZH nesta quinta-feira (18), Luana não escondeu a felicidade. Reforçou, no entanto, que o cargo é de grande responsabilidade e que fez uma lista de iniciativas para melhorar a cidade:
— Estou escrevendo em uma agenda vários projetos que envolvem a síndrome de Down e outras deficiências. Preciso combater o preconceito, porque a nossa sociedade ainda é preconceituosa, e trabalhar por mais acessibilidade.
Devido à pandemia, os trabalhos no Legislativo ocorrem de forma remota, e sua titulação foi por meio de transmissão pela internet. Registrada pela família, uma foto da jovem com o braço estendido marcou o momento. A camiseta usada no evento tem um pedido abaixo da síndrome gerada pela trissomia do cromossomo 21: "Conhecer para respeitar".
— Ela é meu exemplo, minha estrela. Uma pessoa insaciável na busca de conhecimento — emociona-se o pai, o servidor público aposentado Pedro Tadeu Rolim de Moura, 75 anos.
Luana é filha única. Gosta de dançar, caminhar com a mãe e gasta horas em frente ao computador em pesquisas sobre os mais variados temas. O gosto pelos estudos a levou à graduação em Fisioterapia, em 2019, pela Faculdade Cnec. Trabalhou um ano no Centro de Emagrecimento e Qualidade de Vida Mara Personal.
— Dedicação, disciplina e comprometimento da Luana com os alunos e pacientes mostrou o quanto ela é especial — diz a educadora física Mara Helena Osório da Silveira, sua antiga chefe.
Orgulhosa, a parlamentar conta que já foi procurada até por um jornalista de Miami, nos Estados Unidos, além de receber contatos de diferentes veículos nacionais. Admite que ter deficiência representa um desafio, mas rebate:
— Não existem barreiras. Quem tem síndrome de Down pode tudo.
— A gente não precisa nem brigar pra ela estudar, sabe, como muitos pais — acrescenta Moura, não menos orgulhoso que a própria vereadora.
Por mais de uma vez durante a entrevista, a fisioterapeuta lamentou o preconceito que ainda sofre.
— Os pais, não quero que eles escondam em casa a pessoa com síndrome de Down. Quero que eles tenham mais amor a seus filhos.
A vereadora diz ter perdido as contas de quantos elogios recebeu nos últimos dias. Para o presidente da Câmara de Santo Ângelo, Nader Hassan Awad (PSD), a posse representa "uma vitória da democracia, com uma visão de inclusão e inserção social".
Ídolo de gerações que acompanharam o futebol nos anos 1990, Romário — atualmente senador pelo Podemos do Rio de Janeiro — enviou a GZH uma gravação em homenagem à gaúcha:
— Quero parabenizar você, Luana. Desejo sucesso no seu mais novo desafio. Você hoje é a primeira, mas tenho certeza e fé em Papai do Céu que muitas como você virão pela frente.
Romário conheceu Luana em um evento no Senado em 21 de março de 2019. A data marca o Dia Internacional da Pessoa com Síndrome de Down. O carioca tem uma filha com o mesmo diagnóstico e milita por igualdade para quem tem a alteração genética.
— Tenho uma filha com síndrome de Down, que me motiva a acordar todas as manhãs e saber que preciso ser um homem melhor — complementa.
 
Provocada se tem planos de alçar voos maiores, como Câmara dos Deputados ou até mesmo a Presidência, ela ri mais uma vez. E pede calma:
 
— Presidente, quem sabe, um dia. Mas vamos ver, né?
 
(https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2021/03/jovem-fisioterapeuta-e-dedicada-a-combater-o-preconceito-quem-e-a-primeira-vereadora-com-sindrome-de-down-no-brasil-ckmfpbg4l00cs016uj3bzk3v6.html)
 
Para finalizar, em nome de Tânia Rocha e Matheus Rocha, integrantes da comunidade Down de Caxias, queremos agradecer o belíssimo trabalho social que desenvolve de forma voluntária em favor importante dessa causa. Então está registrado aqui a nossa alegria, a nossa satisfação de no ano de 2017, quando recém cheguei, por 15 dias nesta Casa, no afastamento do colega vereador Felipe na época, que fez uma cirurgia, a gente pode propor esse projeto tão importante para essas pessoas tão queridas. Domingo, que foi o dia internacional da Síndrome de Down, a gente se emociona porque foi o primeiro projeto, são pessoas do bem, são pessoas que a gente convive e gosta de visitar. O Matheus Rocha é uma pessoa que trabalha hoje diariamente no hotel, ele é o mensageiro de um hotel aqui em Caxias. A gente já acompanhou eles por diversas vezes em Gramado, eles fizeram um filme. Então são pessoas que, sim, tem que serem inseridas, tem que dar toda a qualidade de vida que eles merecem e são pessoas de extrema importância para a nossa comunidade. Deixar aqui o meu registro. Pessoal, o meu segundo assunto de hoje é capa do jornal.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Questão de Ordem. O senhor vai solicitar Declaração de Líder?
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (MDB): Desculpa, senhor presidente, passei o horário. Não estava acompanhando. Peço Declaração de Líder da bancada do PTB.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Declaração de Líder da bancada do PTB. Permanece com a palavra o vereador Adriano Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (MDB): Então, pessoal, o nosso segundo assunto de hoje... A gente gostaria de falar, depois de tantas e tantas notícias ruins, notícias que entristecem a nossa Caxias do Sul, hoje, a gente ver a capa do jornal, a nova dona da Guerra, a Rodofort. A Rodofort, que tem sua sede em Sumaré, depois de cinco anos de processo judicial, até que enfim deu um desfecho feliz para a nossa massa falida da empresa Guerra. Foram arrematados por mais de R$ 90 milhões pela Rodofort de Sumaré. Para mim, uma das coisas mais importantes é que eles vão manter a marca. Vão manter a marca Guerra, que a gente, a mais de cinco anos estava... Pararam de fabricar, estava esquecida no mercado e, com a possibilidade de 500 novos empregos. Isso eu acho que a gente tem que aqui exaltar, parabenizar. A gente que defende muito o empreendedorismo, principalmente  na nossa Caxias do Sul. É uma cidade pujante, uma cidade com mais de 70 mil CNPJs, uma cidade que qualquer porão de casa a gente sabe que tem um torno, tem uma fresa, tem um CNPJ ali. E quando uma empresa dessas reacende a chama, reacende a possibilidade de novos 500 novos empregos, isso é de a gente ficar aqui com uma felicidade incrível. Depois de todos esses desastres, não é, vereadores Fantinel, que a gente acaba infelizmente sofrendo aqui na nossa Caxias do Sul, em todo nosso país, em toda nossa região, a gente clamando por vacina, clamando por remédio que possam vir, sim, a dar um suporte maior às pessoas que, infelizmente, testam positivo para covid-19. A gente confia, a gente acredita que tem um tratamento precoce no decorrer do positivo, de quando da o positivo, enfim, porque a gente entende que não pode ir para casa somente com remédio para febre e tudo mais, mas isso é um debate que a gente ainda pode alongar muito pela Casa, mas quando vem uma notícia dessas aqui no jornal Pioneiro, jornal da nossa Caxias do Sul, a gente fica emocionado, porque o que nós precisamos, não é, vereadores, é trabalho, renda e emprego. A gente, numa questão social, já é cobrado todos os dias, a gente já tem uma dificuldade de não poder mais ter pernas hoje aqui para poder ajudar toda a nossa comunidade aqui de Caxias do Sul, porque sabemos da dificuldade, sabemos que as pessoas estão passando fome. Em algumas cidades aqui, acho que foi, se não me engano, Sorocaba, que eu vi não, e não é de se espantar, não é vereador Fantinel, mas as pessoas... Uma família foi morar dentro de um galinheiro por não ter mais condições de pagar o aluguel. Tiraram todas as suas coisas de dentro de casa, geladeira... Eu li essa reportagem anteontem, tiraram a geladeira, tiraram a... Enfim, o que ainda sobrou, vereador Lucas, dentro da sua casa, e levaram para dentro de um galinheiro, porque eles não têm mais condições de pagar o aluguel porque ficaram sem trabalho, porque a tal da essencialidade do trabalho, que, para mim, todo o trabalho é essencial, acabaram dizendo para essa família, os poderosos, os estudiosos, os que conhecem tudo, tiraram a oportunidade daquele pai de família poder trabalhar. Ele, não tendo mais condições de pagar o aluguel... E a coisa mais importante, a gente sabe muito bem que primeiro vem a fome. Aí, não tendo condições, ele pegou e foi para dentro de um galinheiro e está lá com as suas coisas, para poder comprar comida, porque tem três filhos. Eu fico triste, porque a gente está empobrecendo a nossa comunidade, o nosso país. Infelizmente, e tenho certeza absoluta de que é de conjunto aqui de todos os vereadores aqui desta Casa, a gente jamais quer o empobrecimento da nossa sociedade. A gente (Falha no áudio) a nossa sociedade, sim, porque são pessoas de baixa renda social, de vulnerabilidade, mas a gente não quer isso, mas se a gente fechar, se a gente não der a oportunidade, se a gente não oportunizar que as grandes empresas, como é capa do jornal hoje... E tenho certeza de que isso reacendeu a esperança de diversas famílias aqui da nossa Caxias. Imagina, vereadores, 500 empregos. Quem está desempregado nesse momento, eu tenho certeza de que, se puder, está estourando foguete nessa hora, porque o que ele quer é trabalhar. As pessoas querem dignidade, mas a dignidade ao trabalho, dando oportunidade de poderem trabalhar, gerar a sua renda. Ninguém aqui quer ser ajudado, ninguém aqui quer uma cesta básica por semana ou por mês, enfim.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço um aparte?
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): As pessoas ficam chateadas. Seu aparte, vereador Sandro Fantinel.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Só para colaborar com o colega, eu queria aqui fazer, vou até ser bastante, digamos assim, simplório e fazer um pedido, uma súplica para todos os colegas da Casa, que cada um naquela região da cidade, naquele setor que tem mais força, mais representatividade, vamos de novo, vamos para a rua, vamos tentar conversar com cada um, com o seu pessoal que tem mais representatividade, que tem mais proximidade, para que o pessoal comece a se cuidar mais, que o pessoal comece a respeitar as regras, a usar a máscara, a usar o álcool gel, a respeitar o distanciamento. Vamos tentar. Eu sei que muitas vezes é difícil, mas, se a gente continuar batendo nessa tecla, daqui a pouco, nós vamos conseguir resolver o problema sem deixar as pessoas com o comércio fechado, com as lojas fechadas, com os restaurantes fechados. Acho que isso é um dever nosso de ir lá e conversar com esse pessoal e dizer: “Gente, olha, vocês estão ficando mais pobres. Vocês estão tendo menos condições? Por que vocês estão tendo menos? Porque vocês perderam o emprego, porque o patrão fechou a loja, porque o patrão fechou o bar, não tem mais onde trabalhar. Então, se você começar a se cuidar, a usar a máscara, a respeitar o distanciamento e as regras pode ser que a Prefeitura, que o Estado permita que os negócios venham a abrir novamente e você vai ter o seu emprego de volta e daí você vai conseguir dar a volta com as suas contas”. Eu penso assim que acho que é um dever dos nossos colegas de fazer a nossa parte. Obrigado pelo aparte, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Acho que esse, vereador Fantinel, é o caminho. A gente sabe das dificuldades. Eu tenho certeza que, olhando para vocês vereadores aqui, a gente que é do empreendedorismo. O vereador Marcon que tem loja também, que tem CNPJ. Tenho certeza que o vereador Felipe, que é um cara apoiador do esporte, que está sempre na linha de frente na questão da saúde, com os esportes, com as academias, enfim, o caminho neste momento é esse, a gente tentar conscientizar a comunidade, porque, senão, vai fechar novamente. Porque, senão, eu tenho certeza que as academiais... Eu tenho uma academia que fica na frente da minha casa. A gente conhece a rua quando academia está aberta. Quando a academia está aberta, a rua está completamente lotada de carro e não tem onde estacionar. É bonito de ver. Eu gosto de ver esse tipo de coisa. Olha eu, para vir aqui para o trabalho, ocupo todas as manhãs a entrada de Caxias do Sul, que é a Avenida São Leopoldo. A gente sabe, vereador Fantinel, a hora que o pessoa está indo para o trabalho porque ali está um congestionamento, ali está congestionado. E ali a gente... Eu não fico triste de ficar ali 15 minutos, às vezes 10 minutos, até abrir a sinaleira. Eu fico é feliz. A gente sabe que às vezes é melhor... Acorda antes. É só acordar uns 5 minutos antes que eu chego mais cedo, mas o que eu quero é isso. A gente quer congestionamento, a gente quer que vida normal, a gente quer que as pessoas tenham a sua renda, o seu trabalho, o seu emprego. Então vamos conscientizar essas pessoas pelo amor de Deus e vamos tentar que nunca mais feche. E os que estão fechados neste momento, que são as quadras de futebol, as escolinhas, as escolas e mais o pessoal das vans, a gente aqui fica muito triste com isso ainda. O seu aparte, vereador Cadore.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Parabenizar pelo assunto, Bressan. Realmente é uma notícia positiva. Ontem mesmo o gerente da franquia Rodofort, aqui em Caxias, o nome dele é Francisco Dalpubel, joga futebol comigo nas quintas-feiras, é uma amigo de longo tempo, me procurou entusiasmado, pedindo que eu agendasse uma audiência com o prefeito Adiló para que ele colocasse, enfim, compartilhasse junto ao prefeito essa grande novidade da Guerra voltar a funcionar. Vai gerar muitos empregos, como você citou muito bem, e o que eu achei muito positivo, vai tentar resgatar os funcionários antigos da empresa, já conheciam, já eram profissionais competentes, e conhecem e tinham uma afinidade com a Guerra. Isso, o fator emocional é muito importante. Então só queria registar isso. Estou agendando uma audiência como prefeito para que se estreite o relacionamento entre a gerência da Rodofort em Caxias do Sul. Obrigado pelo aparte.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Só para complementar, então, senhor presidente, sei que já estourou o meu tempo. Então quando pararam os trabalhos em 2017, tinham naquele momento 750 trabalhadores. E, a partir de maio, agora, a partir de maio, se Deus quiser, 200 novas vagas chegando possivelmente a 500 novas vagas. Então é motivo de felicidade neste momento tão triste que o nosso país está atravessando e nossa cidade também com tantos óbitos, a gente tem aqui é que comemorar essas situações. Parabéns à Rodofort, que fez esse investimento. Muito obrigado, senhor presidente, senhoras e senhores vereadores.
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VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Camillis. Parabéns pela sua manifestação. Viva a vacinação para todos! E gratidão ao Sistema Único de Saúde, que é quem está à frente da trincheira.
VEREADOR GILFREDO DE CAMILLIS (PSB): Vereador, gostaria de avisar que hoje é o meu dia da vacina, vou ser vacinado.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Parabéns, vereador! Bom, que venha para todos e que venha logo. Que bom, vereador Camillis! Boa notícia! Agradeço imensamente a sua cedência do tempo aqui no Grande Expediente e quero começar essa fala destacando o momento difícil e triste que a Câmara Municipal de Vereadores de Caxias do Sul vive. A Câmara Municipal de Vereadores de Caxias do Sul é um espaço que já foi ocupado por homens e mulheres da grandeza de Percy Vargas de Abreu e Lima, de Luiz Pizzetti, de João Ruaro, de Marino Cury, de Rachel Grazziotin e de Geni Peteffi. E esse mesmo espaço de poder, que é um dos mais antigos da cidade de Caxias do Sul, ontem, passou por um momento muito triste que foi a ameaça de morte a duas vereadoras legitimamente constituídas e eleitas desta Casa, que são a vereadora Estela e a vereadora Denise. Ambas foram desrespeitadas numa lógica de propagação de ódio e de fascismo. O fascismo tem como égide acabar com a existência do outro pelas suas ideias, pelas suas posturas, e foi isso que aconteceu. A Marielle Franco, que era vereadora da cidade do Rio de Janeiro, morreu, e ela morreu em razão do ódio e das posturas que defendia. Nós, o Partido dos Trabalhadores, as duas vereadoras representaram, registraram ocorrência. E eu espero que esta Casa tome as atitudes para coibir esse tipo de ação e para que, amanhã ou depois, a gente não tenha que ter um velório aqui na Câmara de Vereadores de uma das nossas vereadoras ou de qualquer parlamentar por ser aviltado, por ser desrespeitado e por ser morto, já que foram ameaçadas em razão de uma manifestação como essa. E não me surpreende que essa manifestação tenha um caráter extremamente misógino, já que ataca exclusivamente as vereadoras mulheres do PT, numa postagem em que parlamentares tentaram, num projeto interno, regularizar a utilização de portes de armas nas dependências desta Casa. Então isso é muito grave. E aqui eu quero dizer que nós, vereadores, nós não somos responsáveis por aquilo que os eleitores ou que qualquer pessoa posta ou se manifesta. Logicamente não, as pessoas têm direito. Agora, o que a gente faz aqui, as posturas que a gente defende, elas ecoam e reverberam como é o caso desse cidadão que ameaçou de morte duas vereadoras mulheres do nosso Legislativo. Isso é muito importante, notícia veiculada pelo jornal Pioneiro e, nacionalmente, em várias plataformas, em vários sites. Eu quero falar de um tema que foi discutido nesta Casa e pela imprensa, que se refere ao porte de armas. Eu não discuto porte de arma com ninguém, porque eu não tenho condições, não tem acúmulo para isso e não é minha função. Agora, uma coisa que eu tenho certeza: a população caxiense não está interessada em porte de arma; a única arma que a população é que a Câmara de Vereadores precisa estar interessadas é na arma da vacina, de emprego e renda para as pessoas. É essa arma que a gente precisa. Liberar ou propor a liberação da utilização de armas no recinto da Câmara é um acinte à democracia. Nós estamos em um espaço de liberdade de ideias, de condições iguais para a gente divergir e para a gente discutir. Como é que eu posso ir para uma discussão ou para uma divergência com alguém que está armado? Qual é a condição de igualdade que eu vou ter diante dessa situação? No Senado, no Congresso Nacional, na Assembleia Legislativa não existe essa possibilidade. Vários vereadores se manifestaram para nós da bancada do PT que serão contrários, e eu espero que esta casa dê o exemplo. Aliás, os vereadores que propuseram essa medida, que retirem, porque isso é pedagógico e incentiva que situações como essa, de uma ameaça de morte se ampliem, porque esse cidadão que ameaçou fez inúmeras colocações posteriormente à ameaça. Não só ele, outros, vários, dizendo que vereador tem que morrer... E eu nem quero destacar as outras colocações que foram feitas. Vamos lembrar que na história, o pai do ex-presidente Collor, que era Fernando Collor, senador, ia armado à época da ditadura e matou um colega em uma discussão, um colega que estava tentando apartar a briga. Vai ser ótimo aqui em Caxias em uma discussão nós termos esse tipo de situação. Aliás, quero falar aqui para o vereador Bortola. O vendedor Bortola publicou um vídeo e nesse vídeo o vereador Bortola diz o seguinte: “O PT defende o direito de vagabundo que rouba na esquina, rouba na farmácia e rouba no comércio.” Vereador Bortola, eu quero lhe dizer que eu sou o PT. O PT não é uma coisa. O PT é um partido composto por pessoas, e tem que ser bem didático nessa resposta. Aqui, eu, vereador Lucas, a vereadora Denise e a vereadora Estela, e todos os petistas que eu conheço, não respondo por todos, mas os que eu conheço ninguém é vagabundo e ninguém defende crime. Segundo, o senhor vai responder judicialmente por essas acusações infundadas que o senhor fez ao PT. Terceiro, esse tipo de atitude só contribui para a promoção do ódio e para a promoção da violência, e nós, como homens e mulheres públicas, temos todo direito de divergir, temos todo direito de vir aqui para esta Casa e colocar a nossa opinião, discutir, mas, jamais, de promover o ódio. Da minha parte, nunca, nunca ataquei um partido. Nós já divergimos aqui, tivemos divergências ferozes, mas eu não coaduno com nenhuma atitude que envolva a morte das pessoas, que ofenda a intimidade das pessoas, que generalize as pessoas. Isso da nossa parte não tem concordância e eu imagino que da maioria dos vereadores também não. Eu ouvi em inúmeros pronunciamentos nesta Casa a palavra respeito à diversidade, do nosso prefeito. O nosso presidente Uez, de forma muito correta, ponderou em certa feita, sobre que imagem nós estamos passando para a população caxiense. Eu imagino que promover o ódio, a violência, discutir a utilização de arma dentro do Legislativo, não sejam pedagógicos num tempo em que a intolerância se coloca de uma forma tão feroz, desrespeitando pessoas que desrespeitam, que agridem nas redes sociais, que aviltam o direito básico, que é o direito à vida das pessoas. Então, aqui, eu quero me solidarizar com as vereadoras Denise e a vereadora Estela, que são minhas colegas de bancada. Eu estou muito triste pelo que aconteceu, muito triste. Como eu disse, vereadoras, eu não prevaricar e eu não vou ser responsável por, daqui a pouco, nós estarmos tendo que fazer velório, na Câmara de Vereadores, em razão de gente que é criminosa. E ao cidadão que fez essa postagem, pela informação que eu tenho, deve ser chamado à delegacia hoje para se explicar.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Então assim, é uma fala forte, mas que nós precisamos fazer aqui na Câmara, porque é responsabilidade nossa, como legisladores, repudiar esse tipo de atitude e ser pedagógicos em atitudes que promovam o respeito à diversidade e a tolerância. Aparte concedido, vereadora Tatiane.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Vereador Lucas, primeiro quero me solidarizar com a vereador Estela e a vereadora Denise. Dizer que somos contra qualquer tipo de forma de violência. E que, declaradamente, a gente vê, sim, uma declaração mixógena, machista. Isso tem que ser combatido. O direito à opinião das pessoas é uma situação; mas é necessário, sim, que as pessoas tenham consciência do que suas declarações podem impactar e respondam por esse tipo de declaração. Então, qualquer forma de discriminação, qualquer forma de violência é inteiramente combatida por todos nós. Especialmente, falo também em nome da bancada de mulheres da Câmara de Vereadores, externo aqui a minha solidariedade à vereadora Denise e à vereadora Estela. Com certeza nós repudiamos qualquer ação nesse sentido.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereadora Tatiane. O meu tempo já acabou, vereadora Gladis.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Concluindo.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Bem rapidinho, vereadora Gladis. Pode fazer sua fala bem rapidinho.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Não tem mais tempo para aparte.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Não tem mais tempo, vereador Uez?
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Para o senhor concluir, sim.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Então, vereador Uez, para concluir, eu só quero dizer que as lágrimas da vereadora Denise são as lágrimas da democracia e desta Casa, que foram aviltadas. Eu espero um posicionamento firme das autoridades para que a Denise, para que a Estela, para que eu e qualquer vereador não tenha que chegar em casa e chorar ou ficar com receio de que a gente não volte a abraçar os nossos filhos e as nossas filhas por motivos políticos e por razões fascistas de quem não respeita a democracia. Obrigado, senhor presidente.
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VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Senhor presidente, nobres colegas, nosso povo caxiense querido que nos assiste através da TV Câmara. Eu tenho três tópicos aqui que talvez me levem bastante tempo. Então, se alguém pedir a palavra, se tiver algum tempo no final, terei o maior prazer de passar. Bom, primeiro lugar, em nome da bancada do Patriota, em nome do vereador Sandro Fantinel, eu quero fazer aqui, em sessão pública, uma nota de repúdio às ameaças recebidas pelas colegas do Partido dos Trabalhadores. Eu defendo, sim, a minha ideologia; defendo, sim, a minha forma de pensar; mas, sobretudo e sobre todos, devemos respeitar a democracia. A democracia dá a liberdade para que todos possam se expressar da sua forma de pensar, da sua forma de agir e do seu modo de entender as coisas. Eu não posso simplesmente aceitar ameaças desse tipo a qualquer um que seja dos colegas aqui presentes. Não importa partido, não importa ideologia, não importa a posição, não importa a visão. Nós, aqui, somos um Parlamento. Parlamento é derivado da palavra parlare que, em italiano, significa falar, debater, conversar, trocar ideias, discutir, se for preciso. Mas, quando passa dos limites, como aconteceu esta semana com as colegas Estela e Denise, é impossível que uma pessoa que defenda a democracia como eu defendo aceitar uma coisa dessas. Então eu quero dizer aqui que eu me solidarizo, mas e muito. E falo isso diante de todos os meus eleitores, de todos aqueles que são de direita como eu, que a gente tem, sim, como lutar e alcançar aquilo que a gente quer e aquilo que a gente busca, mas sempre respeitando certos limites. Eu também, querida vereadora Estela e Denise, recebi várias ameaças, há dias, e tenho inclusive os boletins de ocorrências, só não publiquei, mas estão comigo porque recebi várias ameaças. Por quê? Por defender a minha maneira de pensar. Vocês receberam as ameaças por defender a forma de vocês pensarem. Quem faz isso quer calar as diferenças, quer calar as pessoas que pensam diferentes. Numa democracia é necessário que existam as coisas diferentes. Onde não existe diferença é a ditadura, como existe na Venezuela, onde o povo não tem como expor a sua vontade, as suas ideias e os seus pensamentos porque tem que obedecer ao tirano porque só ele tem razão e eu sou totalmente contra isso. Então eu quero aqui me consternar com as colegas e dizer que repudio, mais uma vez, esse tipo de ameaça. Sintam-se solidarizadas por essa bancada e por este vereador que não aceita, em hipótese alguma, esse tipo de ameaça aos parlamentares desta Casa, independente de partido, cor ou gênero. Essa seria, então, a minha nota de repúdio ao que aconteceu e a minha solidariedade as vereadoras. Depois eu gostaria também de fazer um complemento e fazer um repúdio também aos comentários de alguns radialistas que adoram inflamar a situação para criar mais pânico, para criar mais pavor na sociedade e, pior, colocar as diferenças uma contra a outra, que é o que está acontecendo. O que ouvi nas rádios? Estou falando isso porque falaram no meu nome, nas rádios falaram o meu nome: vereador Fantinel ele quer que os vereadores vão trabalhar armados, porque ele quer que os vereadores vão trabalhar armados na Câmara de Vereadores. Bom, vamos começar pelo começo. Quando a gente fala Câmara de Vereadores a população, a grande parte da população, entende como plenário. Para o povo Câmara de Vereadores é o plenário. Eles não conseguem separar plenário de prédio administrativo da Câmara de Vereadores. São duas coisas totalmente diferentes. Eu serei sempre, mas sempre, contra, totalmente contra, que qualquer pessoa, tenha ela o porte, não tenha, tenha autorização, não tenha, entre no plenário armado, com qualquer tipo de arma, não só arma de fogo, porque hoje a gente viu quase perdemos o nosso presidente com uma facada. Não foi tiro, foi facada. Então qualquer tipo de arma deve ser extremamente proibido dentro do plenário. Agora, quem tem que dizer se uma pessoa pode ou não andar armada é a Polícia Federal. Não é um vereador, não é um administrador da Casa e não é um radialista e não é nem mesmo o povo porque existem as instituições que devem ser respeitadas. Se a Polícia Federal permitiu que esse cidadão tenha o porte de arma é porque ele está extremamente preparado para isso, mas jamais dentro do plenário, jamais dentro do plenário. Agora, ele vir da sua casa, entrar no seu gabinete, guardar a sua arma no seu cofre do gabinete e depois ir para o plenário eu não sou contra porque esse direito quem deu a ele não fui eu, quem deu a ele foi a Polícia Federal que é o órgão competente. Seria a mesma coisa que eu dizer: Ah, eu vou lá no hospital agora e fazer uma cirurgia no cara que está doente. O cara vai morrer porque eu não entendo nada de medicina. Então a gente não deve meter o bico onde a gente não entende, cada segmento faz o seu trabalho. A Polícia Federal disse que o cidadão tem o direito ao porte, então quem responde é a Polícia Federal. Dentro do plenário eu deixo aqui claro, sou extremamente contrário a qualquer tipo de arma no plenário. Então, só para concluir mais essa parte aí, porque disseram que o Sandro apoiava o pessoal a entrar armado na Câmara de Vereadores. Só que o povo entende Câmara de Vereadores como o plenário. O povo não entende que existe o prédio dos gabinetes da Câmara de Vereadores. São duas coisas totalmente separadas. Não tem nada que fazer uma com a outra. É no plenário que a gente discute. Como o vereador Lucas disse que o pai do Collor deu o tiro no cara, foi no plenário, foi no plenário. Eu sou de acordo com o senhor, concordo com o senhor, vereador Lucas, cem por cento: dentro do plenário, nenhum tipo de arma tem que entrar. Agora, o prédio administrativo é outro assunto. Ali, a competência é da Polícia Federal dizer se o cara pode ou não andar armado. E ali é um ambiente de trabalho, ele chega de casa, entra no gabinete, bota no cofre a arma e vai para o plenário. É isso que o Fantinel não é contra. Deixar claro, é isso que o Fantinel não é contra. E mais, concordo com outra coisa: a população não quer saber se tem porte de armas ou se não tem, discutir se entra ou não entra na Câmara; ela está preocupada com coisas mais importantes. Então, não vamos levantar esses assuntos, e vamos levantar assuntos mais importantes, que é o que o povo precisa. Depois eu quero fazer também aqui um agradecimento ao prefeito Adiló por ter me atendido prontamente ontem, eu e minhas lideranças de todos os restaurantes, e garçons, da nossa cidade de Caxias do Sul. Onde ele nos recebeu, conversou com as lideranças, transmitiu a elas bastante esperança que ele vai lutar para conseguir abrir os restaurantes até às 22 horas, e que, inclusive, eu coloquei uma coisa que vai criar um pouco de polêmica, mas eu assumo o que eu falo. Eu disse: prefeito, por que os supermercados, que até hoje, desde o início da pandemia, nunca tiveram nenhum prejuízo? Porque sempre ficaram abertos. Sempre. Por que os supermercados têm que ficar abertos até às 10 horas e o restaurante não pode ficar aberto até às 10 horas? Por que não baixam um decreto para que o supermercado feche às 8 horas e que daí os restaurantes possam abrir até às 10? Porque aquele fluxo de pessoas, que fica nos supermercados até às 10 da noite, ficariam só até às 8. Então teria menos giro de pessoas na rua, isso poderia ajudar na pandemia e ajudar também o povo dos restaurantes, os garçons e todos aqueles que trabalham na noite até às 22 horas. Então deixo aqui essas três colocações, e todas as três são do mais profundo sentimento e do coração aos nobres colegas. Muito obrigado, senhor presidente.
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VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Bom dia, senhor presidente. Bom dia, colegas vereadores. Eu quero falar três assuntos, três temas positivos, bons, que têm acontecido nos últimos dias em Caxias. Quero falar de emprego, alimentação e habitação. Quando eu falo emprego, eu falo da Rodofort, que o Bressan já comentou anteriormente e que com certeza vai girar muito a economia com posto de gasolina, com a mulher que vende pastel lá na frente, os motoristas de van, e com certeza nós teremos também o acerto com todo esse pessoal que não foi... Não recebeu com os problemas da Guerra. Outro assunto que eu falo, muito importante, e eu tenho muita admiração pelo Frei Jaime, é sobre o Restaurante Comunitário e as 800 refeições por dia que nós teremos. Eu, quando estive conversando com o Frei Jaime, fiquei encantado, encantado, porque não é só alimentação. É o acolhimento, é saber como está a família, é daqui a pouco encaminhar para fazer um curso. O Frei Jaime tem todo nosso respeito e também a Secretaria da Agricultura, através do Rudimar, que não mede esforços. O Rudimar é uma pessoa de um coração incrível, que também não está medindo esforços para que aconteça, então, a abertura desse restaurante para Caxias. Como dizia o Frei Jaime, não vai chegar na metade da fila e cortar a fila: “Não tem mais alimentação”. Não vai ser assim. Então vai ter alimentação. Parabéns também ao Edson da Rosa, que está lá trabalhando no Banco de Alimentos, e também à secretaria, à Secretaria de Segurança, através da Sueli. Acho que isso é muito importante. A fome é muito triste, nós sabemos disso. Então, parabéns, Frei Jaime. Parabéns ao prefeito Adiló. Eu sou um defensor, porque eu sei das dificuldades que estão tendo aí o CRAS e, enfim, essas regiões. A Zona Norte é menor IDH da cidade, todo mundo sabe. Então eu vejo que vai ser muito bom para Caxias a volta e com a presença do Frei Jaime, com a presença do Mão Amiga, com a presença do acolhimento. Então parabéns à Prefeitura por essa bela ação. O tema habitação, por último, eu quero dizer que estou visitando todos os secretários, todos os secretários. Que bom que o prefeito tem... Nas reuniões, com certeza, nas reuniões com o secretariado deve dizer: “Olha, sofri com o Guerra. Não quero que os vereadores sofreram sem atendimento dos secretários”. Então, eu escutei atentamente que o prefeito atendeu o nobre colega Fantinel. Ontem estive falando com o Fontana, da Habitação. Eu trago alguns dados para os senhores importantíssimos, importantíssimos. Por exemplo, a ideia... Até essa é uma ideia que, há muito tempo, a gente vem conversando. Tem que dar lotes, tem que dar terrenos. Não é dar, financiar. Então, o Funcap, que tem mais cinco mil inscritos aguardando, ele vai ter um pequeno alívio com a construção de casas lá no Campos da Serra. E também, a pessoa que tem condições de construir a casa, vai financiar só o terreno, e vai criar seu mundo ali. A convivência é melhor. Vai poder fazer um puxadinho com o tempo, fazer um cercado. Então é importantíssimo. Também sugeri a ele, porque nós temos mais de 50% dos inscritos, os que estão pagando Funcap, estão em débito com a Prefeitura. Isso é ruim. Porque poderíamos ter muito mais que 17 milhões no fundo. Poderíamos ter muito mais. Então que tenha um Refis, um Refis do Funcap. Então, ano que vem, vai vir para esta Casa, porque daí vence os cinco anos, e nós teremos aqui o Refis do Funcap, que vai entrar muito mais recursos. O cara mora lá no Pôr do Sol, está devendo? Coloca em dia. Fica um período com mais dificuldade, mas coloca em dia. Então muito importante. E outra questão...
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Um aparte, Dambrós.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Sim, vereador Renato, já passo. A construção de casas, por exemplo, hoje é em torno de 25. Com 25 mil tu tens uma casa construída num terreno.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Um aparte quando possível, vereador.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Sim, logo adiante. Então assim, eu quero dizer para os senhores que é muito importante que nós tenhamos, através do Funcap, terrenos, terrenos. E aí, se o morador quer financiar também a casa, é muito mais vantajoso licitar aí 150, 200 casas, do que ir lá e comprar uma casa. É muito mais barato. Então eu acredito muito. Principalmente nessa época que nós estamos, imaginem sem emprego, imaginem ter que pagar aluguel. Então parabéns. Seu aparte, vereador Renato, que fez um trabalho magnífico também na Secretaria da Habitação.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Em primeiro lugar te parabenizar pelo tema que trouxe hoje à Casa. Importante esse último tema teu, que é especial, a habitação. Vejo que é muito importante a questão do terreno, principalmente para as pessoas. Porque a família tem condições, depois, de ter a sua casinha e consegue estender, ao lado, atrás ou na frente, como a pessoa achar, para o seu filho que casou, para a sua filha que casou, enfim, para se colocar um próximo do outro. Mas nós como estivemos na secretaria fomos fazer uma coisa um pouco diferente, como tinha recurso do governo federal procuramos gastar o recurso do governo federal e não investir em lote porque não tínhamos mais lotes em Caxias e agora a gente sabe que tem terrenos porque batalhamos para isso, fomos a Porto Alegre regularizar alguns terrenos e pode se dizer que ali próximo do Reolon tem terrenos, próxima da... foi falado sobre a empresa Guerra e o Giovani Fontana é um baita secretário, a gente sabe do trabalho dele e tem uma equipe boa ali também e um rapaz bastante experiente. Apesar de jovem sabe bem como tratar esse assunto. Então vejo que ele tem feito um belo trabalho e vai continuar fazendo esse trabalho e a questão dele pensar também e é um prefeito também do prefeito Adiló, de fazer a questão do Funcap e essa situação precisa ser tratada como está sendo tratada hoje, não tendo recurso do governo federal é preciso que faça... o Funcap tem que ser... investido do Funcap. Então Dambrós, mais uma vez, parabéns pelo tema e te agradeço, eu sei que a questão do frei Jaime, a questão da alimentação, 800... parabéns mesmo, esse tema você tem levantando não só hoje, tem levantado historicamente, conhece bem a nossa região.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Obrigado, Renato. Eu acompanhei o teu trabalho, principalmente no Rota Nova, foi impressionante. Deu dignidade para mais de 400 famílias. Meu colega, vereador Wagner Petrini, contigo.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado, vereador Dambrós, nosso líder da bancada do PSB na Câmara de Vereadores, traz assuntos importantes para a Casa, faz um belo trabalho. É bem rápido, quando você falou em habitação há poucos dias estive falando com o secretário e uma notícia importante para a região do Desvio Rizzo e até para a nossa cidade, a gente tem um ponto, para quem não conhece, no viaduto torto, Dambrós, no início de Caxias do Sul, na Rota do Sol, a gente tem a saída do Desvio Rizzo e ali eu tive a informação que vão retirar todas aquelas casas. Então vai dar um aspecto melhor para a nossa cidade, para quem chega, vai dar oportunidade para aquelas famílias também poderem seguir a sua vida. Deixar um recado aqui para o líder do governo que possa passar à Codeca, ao pessoal do governo que quando a gente fala em habitação a gente não pode só pensar no futuro, nas próximas, a gente tem que também valorizar a questão da habitação já existente. Eu digo a respeito do Vila Lobos, o pessoal entrou em contato conosco, em nosso gabinete, pedindo uma atenção na entrada no bairro e nas  proximidades a questão da roçada, da pintura na entrada bairro e nas proximidades. Então fica aqui o meu pedido ao líder de governo e obrigado pelo aparte, meu vereador Dambrós.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Para finalizar, senhor presidente, dizer que através do fundo e aquele recurso que tinha do Campos da Serra deve iniciar a escola de ensino fundamental no Campos da Serra e também a Habitação está criando o banco de áreas públicas, isso é importantíssimo para a cidade, para construir moradias perto do seu habitat, perto da sua vida, perto do seu convívio. Então mais uma vez parabéns a Secretaria da Habitação que está com poucos recursos, mas está trabalhando muito. Obrigado, senhor presidente.
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VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores, eu queria primeiramente agradecer a fala do vereador Lucas, uma fala com bastante conteúdo e acho que importante para esse momento que a gente está vivendo. Também agradecer a fala do vereador Sandro Fantinel, que demonstra que existem posicionamentos e radicalismos de diversos lados. (Falha no áudio) A garantia democrática, o exercício do nosso mandato e de podermos dar voz às pessoas as quais a gente representa aqui neste parlamento, porque no parlamento é o espaço onde ocorre a maior divergência, as maiores divergências. Porque aqui de fato existe a democracia, aqui de fato tem a maior representatividade. Não é só quem ganha a eleição para a prefeitura que tem a representação na Câmara, são também os outros partidos que não compõem governo. Então é neste espaço que a divergência é bem vinda para construir as melhores alternativas para a nossa cidade. Então quando a gente recebe esse tipo de ataque pelas redes sociais, a gente também precisa mostrar que as redes sociais não são terra de ninguém. As redes sociais também tem lei. Você não pode atacar as pessoas, você não pode ameaçar as pessoas e, mais grave ainda, pelo pensamento divergente ou por ser mulher. Mulher na política! Porque é isso que eu a vereadora Estela sofremos. Quero agradecer também a vereadora Tatiane que se manifestou em solidariedade. Dizer que para nós, eu estou aqui a quatro mandatos, e esse acirramento de pensamento, essa incitação à violência tem se agravado cada vez mais. Eu sinto em dizer que as atitudes que nós tomamos aqui na Câmara acabam fazendo com o que os nossos seguidores, os nossos apoiadores se sintam mais à vontade para trazer esse grau de violência, talvez, mais aguçado. Sim, a proposta que foi trazida pelos vereadores que talvez por serem de primeira legislatura talvez não consigam compreender essa gravidade, porque vivemos em um tempo de pandemia, porque talvez vocês não conheçam a rotina da Câmara de Vereadores em tempos normais. Porque em tempos normais a Câmara é tomada por manifestações, muitas vezes as manifestações não ocorrem só plenário, é numa sala de comissões que está cheia, que está lotada, muitas vezes nos corredores ocorrem manifestações e são manifestações muito acirradas. Então essa proposta de proibir o uso de armas apenas no plenário... Eu posso imaginar que vocês tenham pensando, como o vereador Fantinel falou: “Bom, no deslocamento, pode ser garantida a segurança, mas onde tiver um ambiente de debate isso não poderia ocorrer, uma discussão mais acirrada”. Mais acontece que as discussões ocorrem em todo o prédio da Câmara, não é só no plenário, é na sala das comissões, no espaço Marino Kury, em vários espaços ocorrem discussões. É público que inclusive ocorreu um ato de violência entre dois vereadores há pouco tempo atrás. Os vereadores Renato e Felipe estavam aí e ocorreu praticamente ali na saída do plenário. Daqui a pouco, em um acirramento, em um debate, as pessoas não se controlam, porque é assim que ocorre a violência, os homicídios, as brigas de trânsito, quando você está com o calor da discussão. Então é importante dizer que em nível nacional, e a gente sempre seguiu por assimetria as regras da Câmara de Vereadores, sempre foi considerada assimétrica com as regras de outras casas legislativas. Se no Congresso Nacional ninguém entra com arma, a não ser os profissionais de segurança, mas tem que deixar na entrada da Câmara em um cofre, então o ideal seria que os vereadores retirassem essa proposta e sugerissem à Mesa, à Câmara que instalassem um cofre na entrada, porque, senão, como vai ter a fiscalização se o vereador vai guardar, ou não, a arma, numa sala ou outra. Então essa questão de deixar livre a entrada de armas dentro da Câmara, eu quero dizer para vocês que isso acaba intimidando inclusive os eleitores, a população em geral que tem mandado mensagem que tem medo de entrar na Câmara, que vai passar a ter medo de entrar na Câmara. Aí é importante de dizer que na, Lei do Desarmamento, traz lá inclusive que não é assim, “você tem o porte, você anda onde você quiser”. Na Lei do Desarmamento também tem um dispositivo que diz que é proibido entrar em locais públicos que tenham aglomeração de pessoas, em estádios, não é assim “eu tenho o porte, eu ando onde eu quiser com arma”. Não é assim. A Câmara de Vereadores muitas vezes tem aglomeração de pessoas, tem reuniões com mobilização. Então não é “eu tenho o porte, eu faço o que eu quero”. Então a gente tem que ter cuidado quando a gente levanta esse tipo de debate...
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Permite um aparte, vereadora?
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): ... porque a gente acaba criminalizando políticos e faz com que as pessoas se sintam à vontade de ameaçar duas vereadoras, porque não discordam desse posicionamento. Eu vou pedir licença de dar primeiro o aparte à vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Então, bom dia a todos e todas. É um assunto muito sensível de estar falando ainda hoje, principalmente porque eu imagino que com a vereadora Denise também tenha ocorrido de receber uma ligação da nossa avó, da nossa mãe com medo de nós estarmos nos posicionando dentro desse espaço democrático é algo que machuca muito. E é isso que meus familiares agora sentem. Eles sentem medo que eu me posicione, sendo uma vereadora eleita, dentro desse espaço que está posta a democracia. Quero agradecer a solidariedade de todos e todas dos colegas vereadores, mas também a todos partidos do Partido dos Trabalhadores, dos Movimentos Sociais que, nacionalmente, prestaram a sua solidariedade nessa situação que, infelizmente, não é um fato isolado. A gente vê o aumento estrondoso do discurso de ódio e a gente precisa dar o exemplo aqui dentro, tendo em vista que nós apenas estamos expondo as nossas opiniões, defendendo aquilo que nós acreditamos que é o certo de forma propositiva, apresentando diversas opções para o Poder Executivo, opções para o desenvolvimento, que nós acreditamos ser o desenvolvimento ideal da nossa cidade. Eu nunca mais quero passar por uma situação onde eu veja minha família com medo dos meus posicionamentos dentro desse espaço. Eu acho que isso precisa partir de todos nós, isso precisa ser um exemplo que parta de todos nós, pois o que nós falamos aqui dentro, o que cada pessoa dentro do poder, dentro de um espaço de poder fala, dentro de um espaço de representatividade fala impacta diretamente nas pessoas. As pessoas se baseiam nas nossas falas, se baseiam nos nossos posicionamentos, e a gente precisa ter muita responsabilidade para garantir o respeito, para garantir a segurança e para que nós não tenhamos medo de nos posicionar e não tenhamos medo de sair na rua. Eles não irão nos calar! Muito obrigada a todos e todas mais uma vez pela solidariedade.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Obrigada, vereadora Estela. Vereadora Marisol.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Muito obrigada, vereadora Denise. Eu só, no momento anterior, na fala do vereador Lucas, eu ia solicitar aparte, mas ficou muito reduzido o tempo, mas eu queria só reafirmar o que vocês já sabem do nosso total e absoluto repúdio em relação a isso. A internet não pode ser, com tu bem disseste, como a senhora disse há pouco, inclusive, essa questão de um território sem lei. A gente sabe que a internet traz vários benefícios, mas, ao mesmo tempo, vira esconderijo muitas vezes para quem quer incitar o ódio, para quem quer fazer ameaças, e a gente sabe que isso não pode ser assim. Então eu reforço aqui a minha solidariedade às vereadoras, Denise e a Estela, realmente é algo que nos choca, nos machuca. E eu acredito totalmente que é inadmissível que nós sejamos ameaçados por conta dos nossos posicionamentos e, principalmente, por saber que as estimativas provam que as mulheres são as principais vítimas. Então o diálogo e respeito absolutamente sempre. Vocês já nos contaram que as providências foram tomadas, e isso é muito importante sempre. E a gente torce que sejam, realmente, apuradas, investigadas, e que a justiça seja feita nesse sentido. Obrigada, vereadora.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Obrigada. Vereadora Gladis.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Vereadora Denise, eu também vou ficar nessa linha. Dizer que eu estou muito triste, muito aborrecida com o ocorrido. Peço, assim, encarecidamente, perdão para as senhoras, tanto para a Denise quanto para a Estela em saber que a nossa sociedade está dessa forma. E nós estamos em três meses de mandato e nós já vimos duas vezes ofensas às mulheres, ameaças às mulheres. Primeiro à vereadora, agora vice-prefeita Paula Ioris, e agora a senhora e à Denise. Então a humanidade precisa mais de paz, de solidariedade e o que a gente vê é totalmente ao contrário. Essas pessoas são a minoria, vou dizer isso, mas que machucam, como disse a vereadora Estela. Isso compromete o psicológico da pessoa, dos familiares e o medo de talvez se pronunciar naquilo que realmente é importante, que vocês façam o que nós façamos. Então quero dizer que sou solidária, repudio essa manifestação dessa pessoa, bem como daquela que fez à vereadora e vice-prefeita Paula. Muito obrigada, vereador.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Concluindo, vereadora Denise.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Bom, só agradecer a todos. Os vereadores que se manifestaram em redes sociais. Vereador Renato, não vou conseguir lhe dar o aparte, mas lhe agradecer e agradecer as pessoas, a comunidade em geral que tem nos dado um apoio, que nós não estamos sozinhas e com certeza é importante seguirmos lutando. Obrigada, Estela, por estarmos juntas.
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VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores, bom dia a todos. No primeiro momento, gostaria de me manifestar sobre esse assunto que está sendo amplamente debatido na imprensa e em diversos municípios ao longo do nosso Estado, e reforçar e me associar às palavras do vereador Fantinel. Inclusive foi divulgado em minhas redes sociais, e no dia de hoje saiu na imprensa, a nota de repúdio que fizemos contra aquele cidadão. Não tenho conhecimento e nunca tive contato em nenhum momento da minha vida com aquele rapaz, com aquele cidadão, e também me solidarizo às vereadoras Denise e Estela porque ameaça de morte é gravíssimo, é crime, obviamente, por isso que foi registrado o Boletim de Ocorrência. Eu, mais do que ninguém, sei o que é ameaça de morte porque na minha função do município já tenho registrado de ocorrências, mais de 10 ou 15 ameaças de morte. Eu sei muito bem o que é isso. Então a pessoa realmente fica com medo e cada um procura de maneira que entende por bem se defender, registrando BO, pedindo reforço na segurança pública, que é o que a gente faz, a gente defende esse reforço na segurança pública em todas as corporações e tem como ter o direito de adquirir e portar uma arma. Escutei aqui na sessão de hoje em diversos momentos algumas palavras que foram discursos de ódio, de fascismo, então, trago aqui algumas palavras que foram utilizadas hoje na sessão, abre aspas: “Que bom que vai ter bandeiraço na praça, pois da direita quanto mais morrerem de Covid, de câncer fulminante, de tudo, para mim é melhor. Já que a gente não pode fuzilar, então que vão na praça fazer bandeiraço e, se Deus quiser, que morram tudo de Covid. Mas olha adultos, mulheres, idosos e crianças não vale um, não se salva um”. Fecha aspas. Professora do município, Munique Emer, que apoiou o candidato à época do Partido dos Trabalhadores, Pepe Vargas. O discurso de ódio, como foi dito, em verdade ele não tem lado, esquerda, direita, centro, ele não tem lado nenhum. Ele representa a ausência de coletividade, da falta de capacidade de convivência em sociedade. A questão que deixo aqui e que fica é incoerência. Um discurso dessa magnitude que atingiu e repugnou quase toda a sociedade caxiense, para não dizer o Estado e o Brasil, teve o apoio, mesmo que indireto, por alguns sindicatos e partidos do município, pasmem! Mas, enfim, quero me colocar à disposição e dizer que esse mundo armamentista, não é, porque existem milhares de pessoas que são a favor da posse e do porte de armas, e também temos os caçadores, atiradores, colecionadores, os atiradores esportivos. Então, envolve também uma classe por parte do esporte, envolve uma classe da defesa pessoal e as pessoas que gostam realmente, que são, como eu falei, caçadores, outros atiradores e outros colecionadores, não é. Eu queria dizer também que a gente vai fazer. Agradeço as palavras da vereadora Denise e, por ela ter mais experiência na Casa, a gente vai fazer essa proposição, vereadora, da retirada da Resolução do Código de Ética, dessa alteração, e vamos propor, sim, à Mesa Diretora, a instalação de um cofre na entrada, vereadora. Concordo também, eu acho que no âmbito do plenário, obviamente, em nenhum momento deve-se entrar com arma, porque realmente o debate se aflora, ele se acalora, então acaba sendo bem complexo, mas, a gente vai fazer essa retirada, sim. Já redigimos o documento, minha assessoria redigiu, e vamos propor à Mesa Diretora a instalação de um cofre que, em conversas informais, era o que a gente já tinha suscitado e levantado essa hipótese, mas por um motivo ou por outro, foi encaminhado dessa maneira. Então, peço desculpas por fazer todo esse, digamos assim, estardalhaço na imprensa, porque é complexo e, mais uma vez, me solidarizo com a senhora e com a vereadora Estela.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Como eu falei, foi feita a nota de repúdio e divulgada também na imprensa, não só nas minhas redes sociais. A gente vai fazer esse pedido á Mesa Diretora para a instalação de um cofre na entrada da Casa.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): O seu aparte, vereador. Já lhe permito, vereadora.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Depois, um aparte, vereador.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Só para complementar, colega Bortola, eu queria dizer que, realmente, a ideia da colega Denise é fantástica, inclusive vou ressaltar o que você acabou de dizer: nós já tínhamos conversado entre nós a respeito dessa possibilidade de ter um cofre, porque fora das dependências da Casa, quem tem direito ao porte, tem o direito de portar a sua arma. Então, eu sou de acordo a aquisição desse cofre na entrada e, com certeza, todos os colegas vão aprovar. A ideia foi muito boa, vereadora Denise. Lhe parabenizo.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): O seu aparte, vereador Alaor de Oliveira Denise. (Pausa) Vereadora Denise?
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Vereador Bortola... (Falha no áudio)
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Não estamos lhe escutando, vereadora Denise.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Garante o meu tempo, presidente.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Lhe comprimentar... Vou tentar de novo. Vereador Bortola, eu reconhecer que...
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Denise, não da para escutar nada, Denise.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): ...da Câmara. (Falha no áudio)
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Questão de Ordem, vereadora. Vereadora Denise, o áudio está muito...
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Com o fone melhora? (Pausa)
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Melhorou.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Não. É a internet.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): É a internet.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): É a internet que está travando.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Tente mais uma vez, vereadora Denise.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Interior é complicado, não é.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Presidente, assegura o meu tempo, por gentileza.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Sim, a gente está tolerando bastante hoje para fazer igualdade com os colegas. O tempo está assegurado.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Vereadora Denise?
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Passa para o Marcon, então, que vou tentar logar pelo outro...
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Agora melhorou, vereadora Denise.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Agora deu.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Vereadora Denise, com aparte, se manifeste.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Bom, eu queria então deixar registrado e reconhecer que o vereador Bortola, assim que o vereador Velocino, presidente da Câmara, informou que não poderia utilizar armas nas dependências da Câmara, o vereador Bortola já encaminhou um ofício de imediato dizendo que não usaria mais. Então acho que esse é um reconhecimento que a gente precisa fazer, porque algumas pessoas dizem que teria que abrir um procedimento na Comissão de Ética, a gente sabe que, no final de um processo de Comissão de Ética, acabaria resultando provavelmente numa advertência e que seria a mesma eficiência do ofício que foi encaminhado. Então acho que a gente resolveu isso de uma forma muito mais simples, mas foi resolvido. E agora, com essa iniciativa dos vereadores de retirar o projeto, a gente também acaba avançando nessa questão de uma forma muito propositiva. Então é importante deixar esse reconhecimento por parte do vereador Bortola, mas também quero deixar o registro que, na Câmara, embora a gente não tenha nada regrado sobre armamento referente a assessorias, acho que também a gente precisa regulamentar isso. Não é só vereador que não deva entrar armado na Câmara, mas as assessorias também, porque é um local público. Assim como nas outras Casas Legislativas, então isso acho que também a gente precisa regrar. Deixar essa sugestão também para a Mesa Diretora.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Perfeito, vereadora Denise. Obrigado. Passo a palavra ao vereador Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Só para te cumprimentar, Bortola, acolhendo então a ideia do cofre, enfim, eu, assim que soube também, eu vi que a vereadora Estela fez um post contra a manifestação, eu fiz também uma nota de repúdio nas minhas redes sociais. A única coisa que eu queria pedir é que o repúdio que a gente falasse aqui na Câmara não fosse seletivo, vereador Bortola. Como o senhor bem tratou aí da professora Monique que queria matar meus filhos, queria matar os filhos de quem é de direita, a gente não teve uma nota de repúdio do PT. E eu, como o senhor, a gente fez uma nota de repúdio dos dois casos, porque quem defende a democracia, defende que seja repudiado esse tipo de atitude independente de onde é que vem. Então me fez falta, sim, naquele momento, uma nota de repúdio do PT, já que era uma pessoa ligada à esquerda que queria fuzilar as pessoas, as de direita, diga-se de passagem, então me fez essa falta, inclusive eu espero, acho que o prazo está vencendo hoje de ela ser demitida, e eu espero, sinceramente, que o Município tome providências, como eu espero também que a polícia tome providências quanto às ameaças feitas às vereadoras. Então a lei tem que valer para todos. Não é quando fala mal dos de direita está tudo bem, a gente não faz nota e fica quietinho e, quando é de esquerda, a gente faz nota e é o fim do mundo. Acho que os dois são o fim do mundo, os dois têm que ser repudiados da mesma forma. Obrigado, vereador Bortola.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Vereador Bortola, um minuto para a conclusão.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Não sei se algum vereador tinha pedido aparte. Acho que o vereador Fantinel tinha? Não?
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Só concluindo, agora, um minuto de tolerância já foi dado.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Então vai ficar, como eu falei anteriormente, a gente vai fazer a retirada da proposição e a gente vai fazer uma indicação à Mesa Diretora para que instale um cofre na entrada. Que nem a vereadora Denise falou, nós temos que verificar também todos que entram nesta Casa, para que não ocorra novamente se entrar com arma, enfim, de qualquer... ou seja, arma branca ou arma de fogo que se tenha o cofre instalado ali na entrada, para que a gente consiga também respeitar essa questão da lei federal, que permite para quem segue todos os pré-requisitos e regramentos dessa lei federal e do Estatuto do Desarmamento e que tenha o porte, para que se consiga ter esse direito aí. Tá bom, presidente? Muito obrigado. Obrigado, senhoras e senhores vereadores.
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VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Muito bom dia, presidente, vereadoras, vereadores e demais que estão nos prestigiando pela TV Câmara e demais redes sociais. Uma notícia muito importante no dia de hoje, pois em meio a essa pandemia essa notícia importante da Rodofort, empresa que comprou a massa falida da empresa Guerra, empresa que é sediada em Samuré, São Paulo, que a partir de abril inicia a contratação de aproximadamente 200 colaboradores. Então eu tenho uma observação muito importante, presidente e quem está nos assistindo, porque juntando os membros da família aproximadamente 800 pessoas serão mantidas em condição de vida. Por quê? Porque no terceiro ano o objetivo da empresa é gerar aproximadamente 500 empregos, mas tem mais os indiretos que incluindo dá mais 300, aproximadamente, podendo chegar a 3.200 pessoas sendo beneficiadas porque o calculo se faz assim, que são 800 empregos você multiplica porque geralmente é um colaborador ou colaboradora que geralmente é casado e geralmente tem dois filhos. Então olha a quantidade expressiva de pessoas que irão se manter graças a essa empresa. Então olha a importância da empresa AB Rodofort que adquiri a empresa Guerra. Também, além da geração de empregos, gira a economia de Caxias e vou citar alguns exemplos. Por exemplo, o funcionário vai poder, mesmo dessa crise, devido a pandemia, comprar o seu apartamento, a sua casa própria, utensílios domésticos, o seu carro, a compra das suas vestimentas, a reforma do seu patrimônio, entre outros. As empresas também dependem do transporte, tanto de ônibus, tanto do trabalho com vans. Muitas pessoas dependem. Então é uma cadeia, uma corrente de emprego muito importante e a qualidade de vida para a nossa população caxiense e até mesmo das empresas arredores que vão ser as empresas que vão prestar serviços para essa empresa aqui de Caxias. E também algo muito importante, que é a arrecadação de impostos tanto para o município como para o estado e em nível federal. Olha a quantidade de benefícios. E também aqui faço um convite ao prefeito Adiló, a nossa vice-prefeita para que de fato, junto comigo, vereador e demais vereadores, mas já estou tomando à frente, já estou entrando em contato com essa empresa, a Rodofort, para nós ampararmos, recebe-los bem em Caxias. Mas não só isso, nós temos que ver também as formas de auxiliar essas empresas no seguinte, além da geração de emprego, ver formas... porque tem o imposto chamado ISSQN, sobre a prestação de serviços e também de IPTU... e não só ela, mas as demais empresas já existentes em Caxias que geram emprego. Nós estamos perdendo as empresas para muitas cidades aqui próximas porque existem benefícios que ajudam, principalmente agora em época de crise. Caxias é o segundo maior pólo metalomecânico do Brasil. Nós temos que ser exemplo em atração de emprego, em geração de emprego. Então nós temos que trabalhar forte nesse segmento. Então peço um apoio também do secretário Élvio Gianni, que é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego, convido essas autoridades a estarem junto comigo. E nós, como Câmara de Vereadores, temos que ser exemplo nesse segmento. Não adianta, por exemplo, alguns políticos, vamos citar aqui, por exemplo, ir nas empresas tirar fotos, valorizar: Oh, tem um produto novo que vai ser um modelo para o segmento de produtos elétricos no Brasil. Nós temos que ir lá e mostrar que estamos junto com as empresas porque eles também visam o lucro, mas o colaborador depende de emprego e também ter um salário digno. O sindicato, não adianta ir para frente da empresa quando a empresa já está decretando falência e indo embora de Caxias para outros estados. Nós temos que nos preocupar com as empresas agora, no presente. É para ontem, não é para amanhã. Nós temos que estar juntos, ter uma união, uma corrente do bem: Legislativo, Executivo e sindicatos de Caxias do Sul. Temos que estar presentes, isso é parte social, parte econômica. É menos pessoas para estar entrando na cadeia de vulnerabilidade social, que é a pessoa aquela que não tem um mínimo de (Falha no áudio.) de sobrevivência. Então, nós temos que estar juntos nessa etapa. Também, dando sequência aqui, fiz algumas anotações, e também quero aproveitar este espaço da TV Câmara e das redes sociais para divulgar que a empresa Rodofort, a partir de abril, começa as seleções. Vou deixar aqui, pra quem já quer encaminhar os seus currículos, vou citar aqui o e-mail, que também é algo importante da TV Câmara, que é prestar esse trabalho de informação ao cidadão. O e-mail: recrutamentoguerra@gmail.com. Espalhem, quem está assistindo à TV Câmara, que as pessoas possam encaminhar os seus currículos, para começar e, quem sabe em breve, estarem empregadas. Parabéns aos veículos de comunicação. O jornal Pioneiro fez essa excelente matéria. (Falha no áudio.) Rádio São Francisco, entre outros veículos de comunicação, que estão divulgando esse grande benefício para Caxias do Sul. Quero passar a palavra ao vereador Dambrós. Por gentileza, vereador. (Pausa) Vereador Dambrós. VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Presidente, solicito uma Declaração de Líder.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Dambrós?
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Eu não pedi aparte.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Não? Quem tinha pedido um aparte?
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Quem pediu foi o Cadore.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Cadore, por gentileza.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Só comentando, empolgado também com essa grande novidade para Caxias do Sul e região. Parabéns pela abordagem, vereador. Assim como todos vereadores abordaram aqui empolgados com essa grande novidade. A nossa famosa Guerra volta a existir e propiciar empregos e renda para toda população. Só continuando que foi agendada reunião com o prefeito no dia 6, às 16 horas, do prefeito municipal com o Flávio Fortuna e o proprietário Sr. Ivo. Então, será um encontro importantíssimo. Eu sei que o Adiló sempre defendeu a empresa, a renda, a sociedade como um todo, a geração de empregos. Com certeza ele está empolgado e nós teremos audiência... Aliás, já está marcada para o dia 6, às 16 horas. Obrigado pelas considerações e também obrigado pelo aparte.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Um aparte, vereador Valim?
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Por gentileza, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Parabenizar, eu acho que eu já tinha até puxado no início, mas é muito importante todos os vereadores nesse momento, que nem eu disse, de tantas desgraças, vamos dizer, uma notícia de grande relevância para a nossa cidade. Parabenizar o vereador Cadore que já marcaram a reunião. Parabéns, vereador Cadore. É isso aí.  Não importa quem seja a pessoa, aqui não existe o pai da criança, todo mundo aqui tem que ser solidário. Parabéns que o prefeito já vai receber o novo proprietário e parabéns ao senhor que fez a intermediação. Obrigado, vereador Valim.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Isso aí, vereador Bressan. Vereador Cadore, é muito importante, sim, essa parte social, a parte que nós como autoridades, vereadores, Executivo. Essa reunião é de extrema importância. Quanto mais pessoas envolvidas, melhor para o bem comum da nossa sociedade caxiense. Também aqui quero ressaltar que emprego é vida. Então é um meio de sobrevivência,  é questão de vulnerabilidade social também. Só tenho a agradecer a essa empresa que... Ninguém foi atrás dela, ela que, atrás de um leilão, achou pertinente, interessante e vem investir na cidade de Caxias do Sul. Temos que acolher da melhor forma possível. Prefeito Adiló e nossa vice-prefeita Paula Ioris, show de bola. Parabéns! E reforçando que o sindicato também faça a sua parte, estando presente nessas causas nobres da nossa cidade de Caxias do Sul. Volto a repetir, não podemos ir atrás das empresas, ir lá com caminhão, junto dos funcionários, os colaboradores, ir lá fazer aquele clamor. Mas depois que as empresas estão indo embora de Caxias não adianta. Então temos que fortalecer. Parabéns a essa empresa que está vindo para Caxias. Volto a repetir, nós temos que ver formas...
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Questão de Ordem, Valim. Já passou dois minutos.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Só para concluir, presidente. Valorizar essas empresas na questão de impostos, para termos mais geração de emprego e que as empresas não saiam de Caxias. Muito obrigado, presidente, demais vereadores, vereadoras. Excelente quinta-feira a todos.
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VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Presidente, senhores vereadores, senhoras vereadoras. Eu não gostaria de me manifestar hoje; mas, em virtude dos temas que estão sendo, vou me manifestar. Porque já tinha... Quero me solidarizar com as vereadoras, porque tinha conversado com elas, com as duas vereadoras, com a vereadora Denise e com a vereadora Estela. Vejo que isso é muito triste para Caxias, como a vereadora Gladis falou. Enfim, as vereadoras colegas ali da Casa se manifestaram, tanto a Tati como todas, enfim. Porque é um momento triste quando vejo isso. Agora, eu lembro que eu estou na Casa há bastante tempo e, nesse período, lembro que o vereador Gustavo Toigo, que é policial, estava licenciado, voltou para a polícia se não me engano, eu não lembro, em nenhum momento, nunca soube que ele foi armado para a Câmara, que ele foi armado para a Câmara. Então assim, quero parabenizar os vereadores que tiraram essa proposição, essa proposta, esse projeto deles da Câmara. Que bom que vocês retiraram, porque para nós é importante isso, tirar esse projeto. Essa ideia do cofre, quero dizer que eu, da mesma forma como foi retirado, vai ser retirado ou foi retirado o projeto... Quem vai pagar esse cofre? Quem vai pagar esse cofre? É a Câmara de Vereadores que vai pagar ou vai ser descontado dos vereadores esse cofre? Porque isso aí é uma coisa pessoal. Porque eu sei que o... Eu admiro o trabalho também do vereador Bortola, o trabalho que ele fez ali no Município. O trabalho dele foi árduo, difícil. Eu acredito mesmo que ele teve até ameaças de morte. Acredito mesmo, pelo trabalho que ele fez frente às secretarias, frente às suas pastas. E mais colegas, não só ele. Acho que mais pessoas. Então vejo que essa situação é um debate bastante... Precisamos debater mais.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Um aparte, vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Precisamos debater mais a fundo. Porque, se for isso, vai ter um cofre ali na Câmara, vai ter um cofre ali na Prefeitura, vai ter um cofre lá na UBS. E quem vai pagar esses cofres? Porque nós estamos pensando agora...
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Um aparte, vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Quando a gente vê esses assuntos... Já vou conceder os apartes logo aí. A questão dos empregos, importante essa situação. A questão da fome, que o vereador Dambrós falou. Agora nós vamos discutir um assunto... E não discuto a legalidade, por exemplo, de o vereador Bortola ter o seu porte, como fez todo... Eu vi, há poucos dias, um vídeo dele. Todo um regramento para ele ter isso. Não foi fácil para ele chegar e tirar esse porte. Não é qualquer pessoa que consegue tirar o porte. Então assim, vejo isso. Mas quero conceder os apartes. Agora a vereadora Denise. Depois, posterior, o vereador Bortola. Pois não, vereadora.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Vereador Renato, primeiro também lhe agradecer pela solidariedade. Dizer que concordo com o senhor sobre essa questão de custo de um cofre. Acho que esse é também o debate, neste momento, se é interessante se gastar recurso público para a compra de cofre, talvez por uma demanda pessoal de algumas pessoas. Quando eu disse, sugeri isso para os vereadores, eu disse que a única alternativa que seria, dentro do âmbito da Câmara, ao invés de fazer essa resolução, a alternativa seria que eles fizessem uma indicação de colocar um cofre. Agora, o custo disso também entendo que talvez não seja o momento de se gastar com o Poder Público ou de recurso do Poder Público. Talvez os interessados possam arcar com o custo, não sei, fazer essa doação para a Câmara, isso é uma questão. Mas nesse momento eu quero dizer que também não acho que seja viável nessa conjuntura que estamos vivendo, a gente tendo o Hospital Geral pedindo recurso que a gente possa repassar. Então acho que tem outras questões. Também dizer, tanto para o vereador Bortola quanto para o vereador Marcon que citaram o episódio da professora Monique, dizer que eu, enquanto líder do PT, no ano passado, falei na sessão, também falei repudiando as manifestações. Sobre a questão do Partido dos Trabalhadores, a manifestação do partido, nunca foi em defesa da Monique, nunca foi em defesa da Monique, foi referente a outras situações que aconteceram por parte de outros professores que se sentiram ameaçados e foi uma fala que inclusive a nossa foi anterior aos áudios chegarem ao conhecimento do Executivo ou do partido. Isso não foi... a gente não passou a mão na cabeça da Monique, tanto que o partido e as lideranças vieram a público manifestar solidariedade a Paula que era vereadora naquele momento. Então nós repudiamos, sim, todas as formas de retaliação com o pensamento político, tanto a mim, a vereadora Estela, mas também quanto a vereadora Paula naquele momento e que hoje é nossa vice-prefeita. Então está registrado nos Anais da Câmara, tanto no ano passado quanto agora. O deputado Pepe vargas também veio a público manifestar, várias lideranças vieram a público manifestar. Então não vamos distorcer aqui e dizer que tem dois pesos e uma medida. Obrigada, vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereadora Denise. Vereador Bortola.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado pelo aparte, vereador Renato Só para deixar claro, acabei me esquecendo de falar na minha Declaração de Líder, mas até onde se sabe, dentro desta Casa, a princípio, sou eu a única pessoa que tem esse direito, que encaminhou e obteve o porte de arma de fogo. Então não sei quais são os tramites necessários para tal, mas deixo aqui registrado que vou efetivar a compra, eu mesmo, do meu bolso, do cofre e vou fazer a doação para a Câmara Municipal de Caxias do Sul dado o momento da pandemia e toda situação que está se impondo aí e que realmente nós temos que gastar dinheiro nas vacinas e, que nem foi levantado aqui, na questão do Hospital Geral. Depois eu verifico os tramites com a Casa, mas agradeço as suas palavras, vereador Renato, e também agradeço por ter assistido o vídeo e entendido um pouco o meu lado.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Com certeza, eu sei do seu trabalho e já tinha notado até o nome do vereador Sandro, me solidarizar com ele, também já vou lhe conceder o aparte, vereador Sandro, o senhor registrou, o seu fez registro também na polícia quando o senhor foi ameaçado. Então já lhe concedo o aparte, vereador. Primeiro ao vereador Sandro.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Eu pedi um aparte.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Já lhe concedo. Primeiro o vereador Sandro e depois já lhe concedo.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Obrigado, vereador, pelo aparte. Eu só queria transmitir para o senhor uma boa notícia, o senhor fez um comentário comigo, me fez um pedido na outra sessão, para entrar em contato com o governo federal. Eu entrei em contato com o governo federal, tive o retorno hoje de manhã do ministro Onyx Lorenzoni, que me ligou hoje cedo, me dizendo que vai fazer todo possível dentro do Palácio do Planalto para ver como ele pode fazer para disponibilizar um valor razoável para o Hospital Geral. Só para dizer para que o senhor me pediu e eu me solidarizei com a situação. Então foi feito o pedido, veio a resposta hoje cedo e agora vamos aguardar. Era isso, vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Lhe agradeço de coração, vereador Sandro, o senhor sabe que fez por este vereador, o senhor fez por Caxias, fez pela região, por esses 49 municípios. Muito obrigado mesmo. Vereador Cadore, o seu aparte.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Pensei em não me manifestar, mas acho que a minha opinião é importante, e eu sempre me posiciono. Eu fico triste com o que está acontecendo, eu não defendo lado nenhum. Eu fico sensibilizado com os agredidos, os ameaçados tanto de um lado quanto do outro. Confesso para vocês que jamais pensei que, como vereador, eu presenciasse uma discussão como essa, especialmente em um momento crítico de pandemia. Temos assuntos importantíssimos para tratar na nossa sociedade. Não que este assunto também não tenha a sua importância, mas temos assuntos importantíssimos para tratar na nossa sociedade. A pandemia, que é repetido “n” vezes nas nossas reuniões; e eu entendo e peço a todos, e essa é a minha posição, que vire-se a página e que esse assunto não volte mais a ser discutido, cada um faça sua mea-culpa dentro dos seus pronunciamentos, e que este assunto seja retirado, na minha opinião particular, da discussão das nossas sessões. Não digo que não seja importante, não passo por cima disso, mas eu entendo que o momento é impar no sentido negativo de nós discutirmos outros assuntos bem mais relevantes e que dizem respeito a todas as pessoas da sociedade caxiense. Nós vereadores temos que dar exemplo. Acho que o momento é de recuar, e que esse assunto, na minha opinião, repito, não seja mais discutido de uma forma como está sendo discutido por nós vereadores. Essa é a minha posição. Eu repito, me solidarizo e entendo o momento de tristeza por essa situação.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Concluindo.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Cadore. Acho que ninguém gostaria de estar falando nessa pauta, nesse assunto. Agora, quando alguns vereadores são ameaçados, quero dizer que não gostaria nem de falar sobre porte de armas, que eu entendo pouco ou nada sobre o assunto. Então, estamos discutindo um assunto... Só queria dizer que dei o exemplo aqui do vereador Gustavo Toigo, que eu lembro que ele esteve na Câmara muitos anos e não lembro, nunca ouvi falar se ele tinha uma arma na Câmara, não é. Só para dizer isso. Não estou dizendo que... “Ele foi armado?” Não sei. Nunca ouvi falar, nunca, nunca. Só para dizer isso. Mas, respeito, que nem o vereador Bortola que sabe bem, ele é o estudioso do assunto. Respeito a posição de todos. Mas nesse momento era uma pauta e estamos discutindo juntos. Era isso, presidente. Muito obrigado.
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VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Obrigado, senhor presidente. Eu não ia fazer Declaração de Líder. Acho que o assunto já foi exaurido, mas, como a vereadora Denise citou e o vereador Renato também, citaram a questão dos gastos da Câmara, não é. Primeiro, eu gostaria de dizer que eu concordo plenamente, o Bortola já tinha me falado também, que eu acho que a Câmara não tem que gastar com cofre. Concordo plenamente com vocês e eu acho que isso a gente vai conseguir através de doação, vai conseguir através de vaquinha. A gente tem que dar o nosso jeito, não é; dar o pulo, como se diz por aí, para resolver o problema. Mas falando em gastos da Câmara, eu gostaria de chamar a questão, como foi deixado claro aqui que há preocupação dos vereadores de esquerda com os gastos da Câmara, primeiro, eu gostaria de pedir a questão – se eles pudessem assinar o documento –, que pede a diminuição do número de vereadores de 23 para 17. Como bem o vereador Daneluz fez contas e me mostrou as contas, nós estaríamos economizando R$ 10 milhões a cada quatro anos. É um valor, com certeza, bem superior a um cofre, não é. Acho que essa preocupação é válida. Hoje a gente tem sete assinaturas. Posso dizer aqui que a minha, a do Scalco, a do vereador Bortoluz, a do vereador Fantinel, a do vereador Valim, a do vereador... (Pausa) Olha o que é a memória da gente, não é. Rafael Bueno e do vereador Valim, acho que eu citei todos. Então, se o pessoal puder dar uma ajuda na assinatura dessa proposição, a gente precisa de 12 assinaturas para levar essa proposta à frente. Não entendo que isso vai ser aprovado, mas que a gente discuta essa diminuição, que, sim, faria diferença de R$ 10 milhões, uma economia que, por exemplo, nós poderíamos concluir o Hospital Geral. Não vejo que exista nenhum prejuízo à população e a gente pode levar essa proposta à frente. Dando segmento, então, a gente tem outras coisas na Câmara, por exemplo, dois jornais por gabinete. Será que é necessário? Também o pessoal poderia abrir parte... Se não quiser abrir tudo, abre de uma parte do jornal e fica com um. Já seria mais uma economia. O pessoal está preocupado com o cofre, vamos para a economia, então. A TV a cabo no gabinete da liderança, são 20 pontos que foram contratados pela Casa, 20 pontos, por um custo de, aproximadamente, R$ 1 mil por mês, R$ 12 mil por ano. O que o pessoal acha de todo mundo junto dar um exemplo para a sociedade? Mostrar que a gente está economizando, que a gente está fazendo algo realmente concreto e abrir mão desses pontos de TV a cabo. Alguns vereadores vieram até mim para dizer: “Bah, Marcon, mas a minha equipe acessa as sessões remotamente pela TV para acompanhar agora que não pode, enfim...” Não, tudo bem, então a gente pode fazer um acordo que, quando o pessoal puder voltar a assistir às sessões, todo mundo abra mão. Eu acho que é um momento ímpar agora, a gente tem que ver que está faltando dinheiro para a saúde, e nós, algumas das nossas lideranças aí, a gente tem TV a cabo no nosso gabinete. Então fica aqui o pedido aos nobres colegas que possam abrir mão, então, dessa regalia que eu acho completamente desnecessária, até porque, hoje, a gente consegue acompanhar a sessão no celular, no computador, então não precisa ter esse gasto de R$ 1.000,00 que, querendo ou não, faz falta para o Município. Mas, indo além, é um assunto que eu ia entrar em outra oportunidade, mas como tem o assunto da Covid, a gente não tem entrado, é a questão dos 30 milhões de prejuízo da Codeca. Volto a dizer, o Hospital Geral poderia ter sido concluído três vezes, três vezes com esse valor. A gente vê o vereador Rafael Bueno aí tendo um trabalho engajado nessa causa, a gente vê o vereador Fantinel também fazendo contatos, a gente vê toda a comunidade engajada e a gente tenta botar dinheiro para o hospital de um lado e a gente bota no ralo por outro. Eu estou falando de 30 milhões, vereadores, 30 milhões em cinco anos. E isso não é o pior. O pior é que eu sei que todos vocês recebem reclamações diariamente por causa do serviço da Codeca, diariamente. Eu, aqui na minha rua de cima, postei uma foto esses dias com um mato que conseguiu superar a minha altura de 1,85. No dia seguinte, foi cortado, mas não pela Codeca; o pessoal do prédio, acho que ficou constrangido, foi ali e cortou. Mas, atravessando a rua, tem outro de um metro e pouco. Então, assim, a ineficiência estatal, ela não é só ineficiente no serviço, ela é ineficiente na drenagem dos recursos que a gente tem que são poucos, muito poucos. Então eu acho que a gente tem que trazer esse debate para a Câmara. Eu sei que tem vereadores que são contra a privatização, respeito a opinião. Até como bem o vereador Lucas falou, aqui é uma democracia, aqui nós estamos representando o povo, não é vereador Lucas? Então, como tem gente que acha que tem que privatizar, tem gente que acha que não tem que privatizar, como vocês. Então é bom que a gente traga essa discussão com o intuito de, pelo menos, se a empresa continuar pública, que ela não drene os recursos do cidadão caxiense. É inaceitável que nós, vereadores, não tenhamos ainda, e aqui eu faço a minha parte de culpa, trazido esse problema. Nós estávamos, ontem, numa Frente que o vereador Bressan muito bem encabeçou ao presidente, conversando com a Helen, que é a presidente da...
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Um aparte, vereador?
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Já lhe concedo. Que é a presidente da Codeca, a gente viu “n” problemas na imprensa, e uma frase que me chamou muita atenção, vereador Cadore, é a seguinte: “Se fosse uma empresa privada, ela já teria fechado." Mas como é uma empresa pública, tem o cidadão que paga o imposto, que era para ir para a saúde, para a educação e para a segurança, está colocando numa empresa deficitária. Então aqui cabe o meu lamento e eu torço muito, eu vi que a presidente Helen é uma pessoa muito engajada, eu vejo que ela tem muita vontade de recuperar a empresa, então eu acho que isso foi... quem participou da reunião teve a mesma percepção. Então eu torço, caso não seja privatizado no governo Adiló, como o prefeito  Adiló já falou que não vai privatizar, mas que pelo menos seja saneado esse ralo que é feito com o dinheiro público. Eu, particularmente, prefiro que o meu dinheiro dos impostos vá para um hospital e não vá para tapar furo da Codeca. Vereador Scalco.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Obrigado, vereador Marcon. Como você bem explanou, a gente conversou ontem com a Helen, e me parece uma excelente profissional, a gente tem várias pessoas falando bem dela, ela está fazendo um excelente trabalho frente à Codeca. E até algumas coisas que a gente sabe que dinheiro não dá em árvore, não é, mas uma coisa muito interessante que ela falou para nós da Frente foi que, devido aos lockdown, que fecharam restaurantes e demais empresas de Caxias, a própria Codeca sofreu com isso perdendo arrecadação, porque tem vários serviços terceirizados pela Codeca. Isso mostra que esse lockdown, esse fechar tudo do comércio, das empresas, até as empresas públicas... Então não podemos mais fechar nada. Se continuar com as empresas abertas, a economia ganha... (Falha no áudio)
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Um apartezinho, vereador?
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): ...É o emprego, e precisamos lutar por isso. Obrigado, Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Vereador Bressan, por favor, seu aparte.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Eu tinha pedido um aparte também, vereador, se for possível depois.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Desculpa, Lucas, assim que o Bressan falar.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Vereador Marcon, acho que é bom aqui a gente ressaltar e a gente lembrar os fatos. Ontem o senhor também participou da reunião, foram mais de duas horas de reunião, a gente entende, sim, que a presidente Helen... acreditamos muito que ela vai fazer um grande trabalho, mas ressaltar que os maiores prejuízos e os prejuízos realmente que aconteceram na Codeca foi no governo PT e no governo Guerra. Então que fique claro essa situação só para nós podermos ser aqui justos. Os governos mais que deram prejuízo ou que deram prejuízo, sim, foi no governo do PT e no governo Guerra. Então os governos que conseguiram fazer grandes administrações na Codeca ela foi feliz, foi ativa e a gente tem que também dar crédito a essas pessoas que conseguiram fazer grandes gestões. Obrigado, vereador Maurício Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Obrigado, vereador Bressan. Vereador Lucas.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado pelo aparte, vereador Marcon. Aqui só para reforçar que ontem a gente teve essa... estamos na frente de acompanhamento da Codeca e eu acho, vereador Marcon, e aqui é uma proposta em relação a frente, claro que o senhor tem o seu posicionamento, a gente diverge, mas em relação a frente acho que cabe nós solicitarmos, presidente da frente, vereador Bressan, dados referentes a questão financeira da empresa para que a gente tenha mais subsídios para fazer qualquer tipo de colocação. Inclusive nesse tempo de pandemia, se isso influenciou ou não, quando o senhor fala, vereador Bressan, das gestões, que a gente tem as informações corretas, financeiras, de arrecadação, enfim, de receita da empresa, sobre os diferentes governos e quais eram as políticas que os governos que passaram adotaram em relação a Codeca. E por fim, vereador, Marcon, destacar a importância que os trabalhadores da Codeca têm no sentido de prestar serviço. Eu acho que a gente precisa ter muita responsabilidade ao falar em qualquer tipo de atitude na empresa que é um patrimônio da nossa cidade. Então lhe agradecer o aparte e que a gente vai estar conversando, divergindo ou não, sobre esse tema.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Vereador Lucas, obrigado. Sempre bom discutir com o senhor, eu tenho um carinho bem especial construído aqui nesses três, quatro meses, sempre um debate de alto nível. Obrigado pelo seu aparte. Só queria concluir, infelizmente não vou mais conseguir conceder apartes, mas eu usei uma expressão que ela vale para tudo na vida: craque não fica desempregado. Então eu tenho certeza que 99% dos trabalhadores da Codeca são craques. Então eles não precisam se preocupar com desemprego, com nada disso, cara que é bom não fica desempregado. Agora, a turminha que existe em todas as empresas, não só as públicas, poca voia, essa sim tem que temer. Então aqui eu me preocupo com os recursos públicos em primeiro lugar porque o cara que está lá precisando de leito eu tenho que ele preferiria que o dinheiro estivesse em leitos do que estar drenando recursos para tapar furo da Codeca. Obrigado, senhor presidente.
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Não houve manifestação

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